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Balázs Adolf impede hepta de Sebastian Brendel e Hungria vence Mundial de Canoagem Velocidade

Balázs Adolf e Sebastian Brendel fazem joinha e sorriem em barcos

Com quatro ouros neste domingo (19), a Hungria acelerou para terminar o Mundial de Canoagem Velocidade na frente, com 7 ouros, 8 pratas, e 6 bronzes, 21 medalhas no total. Destes apenas 1 ouro e 2 bronzes foram na paracanoagem, modalidade dominada pela Grã-Bretanha, com 5 ouros e 5 pratas. Com atletas apenas na paracanoagem, o Brasil não disputou provas no último dia e terminou com 1 ouro, 1 prata e 1 bronze, 4º na paracanoagem e 12º no geral.

Como se não bastasse, a Hungria ainda levou os três últimos ouros em disputa no Lago Bagsværd, ao norte de Copenhague, capital da Dinamarca, pulando do quarto lugar para a liderança do quadro de medalhas no momento final, algo que não acontecia desde 2014 e lhe escapou em 2019, quando sediou o torneio em Szeged.

No C1 masculino 5.000m, em um autêntico duelo de gerações, o húngaro Balázs Adolf de 22 anos repetiu o duelo do último mundial contra o alemão Sebastian Brendel, de 33 anos, e que é o Rei desta prova, tendo vencido as últimas seis edições desta prova, entre 2013 e 2019. Mas se ele perdeu em 2019, em casa nas águas de Szeged, desta vez ele venceu de maneira apertada o veterano alemão e sagrou-se finalmente campeão mundial. 

Sebastian Brendel e Balázs Adolf de pé na canoa
Sebastian Brendel e Balázs Adolf lado a lado na Dinamarca (Foto: Bence Vekassy/ICF)
 

Apesar da derrota, a medalha de prata foi a única conquistada por Brendel, quatro vezes medalhista olímpico, nas águas dinamarquesas. O bronze ficou com o russo Kirill Shamshurin. Em seguida Emese Kohalmi levou o ouro no K1 feminino 5.000m, a frente da irlandesa Jennifer Egan e da britânica Lizzie Broughton, que havia sido campeã em 2018.

Completando o Mundial, uma prova de altíssimo nível em que três atletas se desgarraram e brigaram pelo ouro no K1 masculino 5.000m, com vantagem decisiva de Bálint Noe, levando a Hungria ao topo do quadro de medalhas. Fernando Pimenta, prata, levou sua terceira medalha no campeonato e também deu a Portugal a melhor campanha de todos os tempos com cinco medalhas, mesmo número de pódios da Dinamarca, cujo representante Mads Pedersen terminou em terceiro.
Anna Lucz e Kolos Csizmadia sorriem e mostram medalha de ouro
(Foto: MTI/MTI Fotószerkesztóség / Szigetváry Zsolt)

A primeira medalha de ouro da Hungria havia sido no K2 misto 200m, Anna Lucz e Kolos Csizmadia ficaram com o ouro, enquanto Messias Baptista e Francisca Laia conquistaram a prata para Portugal. O bronze foi para os pescoços dos poloneses Marta Walczykiewicz e Bartosz Grabowski.


Resultados históricos e novas estrelas em ação no último dia

Em uniforme todo preto, Aimee Fisher respira aliviada em barco

Já no K1 500m feminino, Aimee Fisher representou bem a Nova Zelândia na ausência da campeã mundial e olímpica Lisa Carrington e levou o título mundial (foto acima, por Bence Vekassy). A húngara Tamara Csipes ficou em 2º e a dinamarquesa Emma Jorgensen terminou em 3º. 

No C1 200m feminino, Katie Vincent levou o ouro para o Canadá, terminando a frente da espanhola Antia Jacome e da polonesa Dorota Borowska. Foi a primeira medalha na categoria para a canadense (foto abaixo, por Bence Vekassy), saindo das sombras da compatriota Laurence Vincent-Lapointe, vencedora de seis dos últimos oito títulos.  

Katie Vincent levanta a mão para o céu

No C2 500m masculino, Nicolae Crăciun e Daniele Santini, da Itália foram os campeões mundiais, enquanto os húngaros Jonatan Hajdu e Adam Fekete ficaram em segundo lugar. Viktor Melantev e Vladislav Chebotar, da Federação de Canoagem Russa, terminaram em terceiro.

Outro ouro para a Itália veio no K1 200m masculino, em que Andrea di Liberto venceu uma corrida eletrizante, sagrando-se campeão mundial com apenas dois centésimos de segundo contra o sueco Petter Menning. O jovem de 24 anos (foto abaixo, por EPA) levou o primeiro título mundial para a Itália em uma prova olímpica desde 2001. O Letão Roberts Akmens ficou com o bronze. 

Andrea di Liberto levanta o braço em caiaque



Mais apertada ainda foi a final do C2 200m feminino com a dupla espanhola formada por Patricia Coco e Maria Corbera chegando a apenas 1 centésimo de distância das cubanas Yarisleidis Duboys e Katherin Segura. Giada Bragato e Bianka Nagy levaram o bronze para a Hungria.

Mais um ouro para a Espanha no K2 500m masculino, com Marcus Walz e Rodrigo Germade. Tobis Schultz e Martin Hiller foram medalhistas de prata para a Alemanha, enquanto Samuel Balaz e Denis Mysak, da Eslováquia, conquistaram o bronze.

O alemão Conrad Scheibner conquistou seu segundo ouro da competição no C1 masculino 500m, batendo o tcheco Martin Fuksa com mais de um segundo de vantagem. Numa disputa eletrizante pela terceira colocação, Oleg Tarnovschi da Moldávia e Carlo Tacchini chegaram no mesmo tempo e dividiram o bronze. 

Conrad Scheibner comemora muito em barco
Semanas após Jogos Olímpicos decepcionantes em Tóquio, Scheibner leva dois títulos mundiais (Foto: Bence Vekassy)

Na prova não olímpica do C2 misto 200m, Irina Andreia e Ivan Shtyl levaram mais um título mundial para a Rússia. Os poloneses Michal Lubniewski e Dorota Borowska terminaram em segundo, enquanto David Korisanszky e Kincso Takacs, representando a Hungria terminaram em terceiro. 

Belarus também fez bonito no domingo, levando três ouro, com destaque para as disputas de quatro. No C4 feminino 500m, a embarcação composta por Alena Nazdrova, Nadzeya Makarchanka, Aliaksandra Kalaur e Volha Klimava chegou a frente da Hungria e Ucrânia.

Quatro canoístas de Belarus remam em barco

Já no K4 feminino 500m, Marharyta Makhneva, Nadzeya Papok, Volha Khudzenka e Maryna Litvinchuk (foto acima, por Bence Vekassy) venceram os barcos representantes da Hungria e Federação Russa de Canoagem.

O país conhecido por ser a única ditadura da Europa ainda levou dois ouros no individual. O primeiro foi no K1 masculino 500, com Mikita Borykau. João Ribeiro, de Portugal, levou a prata e o alemão Mortiz Florstedt terminou com o bronze. Já o segundo ficou com Volha Klimava, que sagrou-se bicampeã mundial no C-1 feminino 5.000m e ainda levou o segundo ouro na competição.

Foto no topo: MTI/Szigetváry Zsolt (arquivo)

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