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Guia Paralimpíadas Tóquio 2020: Tiro esportivo

Como funciona o tiro esportivo nas Paralimpíadas

O TIRO ESPORTIVO

Modalidade que exige concentração, técnica e prática, o tiro esportivo está nos Jogos Paralímpicos desde a edição de 1976, em Toronto. A princípio, apenas homens participavam. Depois, as mulheres entraram na disputa. Hoje, existem provas mistas, masculinas e femininas no programa, formato que está fixado desde Atlanta-1996.

Há dois tipos de armas nos Jogos Paralímpicos, carabina e pistola, e há duas classificações, SH1 e SH2, de acordo com o equilíbrio, mobilidade dos membros, força muscular e o grau de funcionalidade do tronco. Em Tóquio, serão 13 disputas de medalha, sendo nove na carabina e quatro na pistola, sendo que apenas três delas serão da SH2 (todas da carabina e mista), em três distâncias (10m, 25m e 50m) e em posições distintas (em pé ou deitado).

Local de disputas do tiro esportivo nas Olimpíadas e Paralimpíadas de Tóquio
Asaka Shooting Range durante as competições nas Olimpíadas (Foto: sportsvideo.org)

As provas do tiro em Tóquio serão disputadas no Asaka Shooting Range. Ao todo, serão sete disputas mistas (carabina de ar 10m SH1, carabina deitado 10m SH2, carabina deitado 50m SH1, carabina deitado 50m, pistola de ar 25m SH1 e pistola de ar 50m SH1) e três provas masculinas e três femininas (carabina de ar 10m SH1, carabina três posições 50m SH1 e pistola de ar 10m SH1). Todas provas são individuais.

CLASSIFICAÇÃO

A classificação dos atletas é feitas de acordo com o equilíbrio, a mobilidade dos membros, a força muscular e o grau de funcionalidade do tronco. Atletas com diferentes tipos de deficiência podem competir juntos. Dependendo da classe (SH2), eles podem usar suporte para arma. Os atletas são divididos em duas classes, SH1 e SH2.

SH1: atiradores de pistola e de carabina que não requerem suporte para arma

SH2: atiradores de carabina que não possuem habilidade para suportar o peso da arma com os braços e precisam de suporte para atirar

Classificações funcionais do tiro esportivo nas Paralimpíadas
Atletas da SH2 competindo na prova pista dos Jogos Parapan-Americanos (Foto: Washington Alves/Exemplus/CPB)

HISTÓRICO DO BRASIL

O Brasil participou de apenas quatro edições de Jogos Paralímpicos no tiro esportivo e nunca conquistou uma medalha. A primeira aparição ocorreu justamente na estreia da modalidade no programa, em 1976. A segunda só ocorreu 32 anos depois, com Carlos Carletti em Pequim-2008. Carlos ainda participou dos Jogos de Londres 2012 e da Rio 2016.

Além de Carlos, o Brasil teve outros três representantes na última edição: Alexandre Galgani, Débora Campos e Geraldo Rosenthal. Nenhum deles, porém, conseguiu passar pelas eliminatórias. Quem chegou mais perto foi Débora, com o 13º lugar na pistola de ar 10m SH1 (apenas os oito avançavam). Geraldo von Rosenthal foi 15º na pistola de ar 10m SH1 e na pistola 25m SH1.

Classificações funcionais do tiro esportivo nas Paralimpíadas
Carlos Garletti competiu em três Paralimpíadas (Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPB)
Em Tóquio, o Brasil terá um único representante: Alexandre Galgani, que vai à sua segunda Paralimpíada. Natural de Sumaré, ele tem 38 anos de idade e compete na classe SH2. O atirador ficou tetraplégico aos 18 anos, após bater a cabeça no fundo de uma piscina. Entre suas principais conquistas como atleta paralímpico, está a prata na carabina de ar misto em pé 10m nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019.

Em Tóquio, ele vai competir na carabina de ar em pé 10m, carabina de ar deitado 10m e carabina deitado 50m, todas mista na classe SH2.

BRASILEIROS EM TÓQUIO-2020

Alexandre Galgani: SH2
Idade: 38 anos
Participações paralímpicas: 1 (2016)
Medalhas: 0

Brasileiros no tiro esportivo nas Paralimpíadas de Tóquio
Alexandre Galgani, o único representante brasileiro do tiro esportivo na Paralimpíada (Foto: Wasghinton Alves/Exemplus/CPB)

Disputas

Homens: carabina de ar 10m SH1, carabina de três posições 50m SH1 e pistola de ar 10m SH1

Mulheres: carabina de ar 10m SH1, carabina de três posições 50m SH1 e pistola de ar 10m SH1

Misto: carabina de ar deitado 10m SH1, carabina de ar 10m SH2, carabina de ar deitado 10m SH2, carabina deitado 50m SH1, carabina deitado 50m SH2, pistola de ar 25m SH1 e pistola de ar 50m SH1

CALENDÁRIO

carabina de ar 10m em pé fem SH1
qualificatória: 29/08, às 20h30
final: 29/08, às 23h

carabina de ar 10m em pé masc SH1
qualificatória: 29/08, às 22h45
final: 30/08, às 01h15

carabina de ar 10m em pé misto SH2
qualificatória: 30/08, às 01h15
final: 30/08, às 03h45

pistola de ar 10m fem SH1

qualificatória: 30/08, às 21h30
final: 31/08, às 00h

pistola de ar 10m masc SH1
qualificatória: 31/08, às 00h
final: 31/08, às 02h30

carabina de ar deitado 10m misto SH1

qualificatória: 31/08, às 21h30
final: 31/08, às 23h30

Tiro esportivo brasileiros resultados
Geraldo Rosenthal e Sergio Vida fizeram dobradinha na pistola de ar 10m SH1 no Parapan de Lima, mas não se classificaram para Tóquio (Foto: Daniel Zappe/Exemplus/CPB)

carabina de ar deitado 10m misto SH2
qualificatória: 31/08, às 23h30
final: 01/09, às 01h45

pistola 25m mista SH1
qualificatória de precisão: 01/09, às 20h45
qualificatória rápida: 02/09, às 00h30
final: 02/09, às 03h30

carabina de três posições fem SH1
qualificatória: 02/09, às 21h30
final: 03/09, às 01h30

carabina de ar três posições masc SH1
qualificatória: 02/09, às 21h30
final: 03/09, às 03h15

pistola 50m misto SH1
qualificatória: 03/09, às 21h30
final: 04/09, às 00h15

carabina deitado 50m misto SH2
qualificatória: 04/09, às 00h30
final: 04/09, às 02h45

carabina deitado 50m misto SH1
qualificatória: 04/09, às 21h30
final: 04/09, às 23h30

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