Aos 56 anos, Elizabeth Gomes sagrou-se campeã paralímpica do lançamento de disco na classe F53. Ela não só venceu a prova, disputada nesta segunda-feira (30), como também bateu o recorde mundial, com 17,62m. Agora, o Brasil tem 12 ouros em Tóquio 2020 e está a um de chegar à 100ª medalha dourada na história dos Jogos Paralímpicos.
Beth já era a recordista mundial e também campeã mundial e, por isso, era a favorita a conquistar o ouro e não deu chances para as adversárias. Ela foi a última competidora a entrar em ação, já sabendo o que precisava fazer para vencer: bater 15,48m, da ucraniana Iana Leviedieva.
Não deu nem graça: Beth passou a marca logo em sua primeira tentativa, com 15,68m, já batendo o recorde paralímpico da classe F52 e faturando o ouro. Na segunda rodada, melhorou ainda mais e emplacou um 16,35m. Ela queimou as duas tentativas seguintes e o show ficou para o final: na quinta tentativa, bateu o recorde mundial com 17,33m e aumentou a marca na sequência, com 17,62m.
Sem margens para dúvida, a brasileira confirmou o favoritismo e sagrou-se campeã paralímpica. Lediedieva, da classe F53, ficou com a prata (os 15,48m foram recorde paralímpico), enquanto a também ucraniana Zoia Ovsii fechou o pódio, com 14,37m, também recorde paralímpico da classe F51.
Natural de Santos, Beth Gomes tem esclerose múltipla. Ela participa de sua segunda edição paralímpica, a primeira no atletismo. A atleta competiu em Pequim-2008, mas representando a seleção brasileira de basquete em cadeira de rodas.
Vale destacar que, além de Beth, Claudiney Santos também faturou o ouro no lançamento de disco nesta segunda-feira, na classe F56 masculino. Com os dois pódios dourados, o Brasil já tem 12 medalhas de ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, 99 somando todas as edições da história.
Foto de capa: Alê Cabral/CPB
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