Com a crescente ameaça da exclusão do levantamento de pesos do programa olímpico, ganham força os pedidos de renúncia em massa de dirigentes da Federação Mundial da modalidade (IWF).
No domingo (9), o Comitê Olímpico Internacional (COI) fez emendas na carta olímpica, aumentando os seus poderes para excluir do programa esportes cujas federações não se adequam as decisões da mesa executiva do COI ou ajam de maneira que venham a manchar o movimento olímpico. O COI também pode suspender a modalidade ou disciplina caso a federação não se adeque a uma decisão.
Após essa nova medida, um movimento ganhou corpo para que todos os líderes da IWF renunciem imediatamente para evitar a iminente exclusão dos Jogos. Entre os que estão no movimento estão nomes importantes como o do grego Pyros Dimas, tricampeão olímpico da modalidade entre 1992 e 2000.
Federações de Bélgica, Estados Unidos, Grécia, Samoa e Alemanha também pedem a saída dos dirigentes. Dimas, que é presidente da federação grega e membro da mesa executiva da IWF, disse que está disposto a renunciar ao posto.
"A realidade é que temos um mês para salvar o esporte e convocamos as liderança para colocar o esporte acima deles", disse o grego. "Temos de fazer isso".
Para o presidente da federação dos Estados Unidos, Phil Andrews, é "matar ou morrer". Aceitar a nova constituição e permanecer nos Jogos, ou rejeitá-la e aceitar a exclusão do programa.
O levantamento de peso pode seguir o caminho do boxe, que foi retirado pelo COI do controle da Associação Internacional de Boxe (AIBA) após as polêmicas do Rio 2016 e as duvidas sobre a eleição presidencial e criou uma força tarefa para organizar o esporte em Tóquio. Em Tóquio, o boxe foi regido por uma força-tarefa criada pelo próprio Comitê Olímpico Internacional.
A nova constituição do COI deve ser votada no congresso da modalidade, que começará em 28 de agosto, em Doha (QAT).
Foto: COB/Wander Roberto
0 Comentários