Na ginástica artística, toda vez que um ginasta faz um elemento novo em uma competição internacional, ele é incluído no código de pontuação e recebe o seu nome. Atualmente, existem nove elementos com nomes de brasileiros (cinco no feminino e quatro no masculino). Nos Jogos Olímpicos de Tóquio, nove ginastas inscreveram elementos novos para serem incluídos no código e eles irão receber seus nomes caso os ginastas os executem na Olimpíada.
O mais famoso deles é o novo salto de Simone Biles, estrela da equipe dos Estados Unidos. O Yurchenko com duplo mortal carpado vai ser o elemento mais difícil do salto sobre a mesa feminino, com valor 6.6 de dificuldade. Biles ficou insatisfeita com a nota (ela e seu técnico já disseram em entrevista que a nota deveria ser 6.8) mas, mesmo assim, deve executá-lo em alguma das fases de competição em Tóquio. Esse deve ser o quinto elemento com o nome de Simone Biles no código.
Outra acrobacia de nível difícil que podemos ver em Tóquio é o duplo mortal esticado com três piruetas de Jade Carey, dos Estados Unidos. Com exceção do salto sobre a mesa, em todos os aparelhos os elementos recebem uma letra que indica o seu valor. Um elemento A vale 0,1. Um B vale 0,2 e assim sucessivamente. Carey ultrapassa os limites atuais do código com o primeiro elemento com valor K, equivalendo a 1,1 ponto na nota de dificuldade da ginasta.
No feminino ainda tem outras três ginastas que devem tentar novos elementos. Nas barras assimétricas, Ava Stewart vai tentar um duplo mortal carpado para frente (E) como saída do aparelho. Sanne Wevers dos Países Baixos deve tentar um duplo giro e meio (D) na trave. Já sua irmã gêmea, Lieke Wevers, vai fazer dois novos tipos de giros no solo: um giro quíntuplo e um triplo giro com a perna na horizontal (ambos de valor E).
No masculino, quatro ginastas inscreveram novos movimentos para tentar incluir seus nomes no código de pontuação. Nas argolas, o francês Samir Ait Said vai fazer uma espécie de rolamento à parada de mão com grau de dificuldade E (os elementos recebem letras de A a J, com A valendo 0.1 ponto na nota de dificuldade e aumentando um décimo a cada letra do alfabeto).
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Movimento inédito do francês - Ilustração: Koichi Endo/Divulgação/FIG |
Nas barras paralelas, Brody Malone dos Estados Unidos e Ludovico Edalli da Itália inscreveram o mesmo elemento (que se chamará Malone-Edalli se ambos fizerem na competição). É uma subida à parada de mão seguida de três quartos de pirueta. O grau de dificuldade definido é E (0.5).
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Ilustração: Koichi Endo/Divulgação/FIG |
Já o ucraniano Ilia Kovtun inscreveu um mortal de costa seguido de parada de mão apoiando em apenas uma das barras. O elemento foi avaliado com valor F (0.6).
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Ilustração: Koichi Endo/Divulgação/FIG |
Foto de capa: Divulgação/FIG
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