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Guia Tóquio 2020: Esgrima

Como funciona a esgrima

FICHA TÉCNICA
Local de disputa: Makuhari Messe
Data do evento: 24 de julho a 1º de agosto
Número de países participantes: 42
Atletas participantes: 212
Brasil: 2 atletas (Nathalie Moellhausen, na espada feminina; e Guilherme Toldo, no florete masculino)

HISTÓRICO
Uma das cinco modalidades que estiveram em todas as edições dos Jogos Olímpicos, a esgrima é um esporte de combate com três disciplinas: espada, florete e sabre, nomes dados às armas usadas em cada duelo. Acredita-se que a esgrima tenha origem egípcia, no entanto, o desenvolvimento de regras, mecânica e técnicas, foi feito na Itália, e tempos depois passou por aprimoramentos na França.

E esses dois países responsáveis pela evolução do esporte são exatamente as maiores potências, somando juntas 91 títulos olímpicos. Porém, cada uma das disciplinas da esgrima conta com suas próprias peculiaridades e tradições em diferentes países.

Por exemplo, no sabre masculino individual, a grande potência olímpica é a Hungria, que obteve 11 ouros entre Londres 1908 e Tóquio 1964. O húngaro Áron Szilágyi (FOTO) é inclusive o atual bicampeão olímpico nesta prova. Já na espada individual, países de fora da Europa, como Cuba, Venezuela e Coreia do Sul, já subiram ao lugar mais alto do pódio.
Áron Szilágyi é o atual campeão olímpico no sabre
Foto: Hungary Today
Mas você sabia que nem sempre as três disciplinas da esgrima estiveram nos Jogos Olímpicos? A única que marcou presença em todas as edições foi o sabre. O florete foi integrado ao programa esportivo em Atenas 1896, mas ficou ausente em Londres 1908. Já a espada foi inserida a partir de Paris 1900. As mulheres começaram a participar de competições de esgrima no megaevento poliesportivo apenas em Paris 1924, no florete.

BRASIL
A primeira participação olímpica do Brasil na esgrima ocorreu em Berlim 1936. Seis esgrimistas (cinco homens e uma mulher), com destaque para Henrique de Aguilar, na competição de espada. Na época o evento tinha um formato de pontos corridos por fases e o brasileiro atingiu a semifinal (com dois grupos de dez atletas cada).

Mas os melhores resultados do país em Jogos Olímpicos nesta modalidade vieram das pontas das armas de Guilherme Toldo e Nathalie Moellhausen. No torneio de florete no Rio 2016, Toldo obteve três vitórias, caindo apenas na quartas de final, diante o italiano Daniele Garozzo, por 15 a 8.

Já na espada feminina, Moellhausen saiu de bye na primeira rodada, fazendo sua estreia na fase de 32 avos. Depois disso, embalou duas vitórias, por 15-12, mas sucumbiu nas quartas, contra a francesa Lauren Rembi, também por 15-12, ficando com o sexto lugar.
Foto: Moellhausen em combate. Foto: AFP
Em Tóquio 2020, Moellhausen e Toldo novamente representarão o país. A primeira entrará nos Jogos Olímpicos com chances de colocar a bandeira do Brasil em um inédito pódio. Ela foi campeã mundial da modalidade em 2019 e ocupa atualmente a quarta posição no ranking mundial feminino de espada. Toldo, por sua vez, é o 17º na classificação internacional do florete masculino.
Curiosidades esgrima nas Olimpíadas

FORMATO DE DISPUTA
As competições de esgrima individual na espada, florete e sabre contaram com 36 atletas cada. Os 28 melhores já avançam para a fase de 32 avos, enquanto os oito restantes disputam uma das quatro vagas restantes. Os confrontos são de eliminação simples, sem repescagem e com disputa pela medalha de bronze.

Já os torneios por equipes contarão com oito equipes de três esgrimistas cada (espada feminina e florete feminino) e nove times de três atletas cada (espada, florete e sabre masculino e sabre feminino), também com partidas de eliminação simples. No caso das competições com nove times, uma fase prévia será disputada, para definir a última vaga nas quartas de final.

Vale lembrar que cada jogo de esgrima conta com três turnos de três minutos. Ao fim desses três períodos, quem tiver marcado mais pontos, vence a disputa. No entanto, se algum atleta chegar à marca de 15 toques no adversário, a batalha é automaticamente encerrada. Em caso de empate, um minuto extra será disputado, com a vantagem definida por sorteio. Quem marcar o primeiro ponto, vence. Se persistir o empate, o sorteado avança.

Nos torneios por equipes, as disputas ocorrem em nove rounds de três minutos ou 45 pontos.

Cada disciplina conta com sua própria área de pontuação.

Espada: corpo inteiro
Florete: torso e uma pequena parte do pescoço (1,5 a 2 cm)
Sabre: tudo acima da cintura, com exceção das mãos e nuca

ANÁLISE

ESPADA

ESPADA MASCULINO - INDIVIDUAL
Eliminatórias: 24/07, às 21h55
Final: 25/07, às 09h10

Favoritos ao ouro: Gergely Siklósi (HUN), Sergey Bida (ROC)
Candidatos ao pódio: Park Sang-young (KOR), Igor Reizlin (UCR) e Yamada Masaru (JPN)
Podem surpreender: -
Brasil: Não tem

Atual líder do ranking mundial de espada, Gergely Siklósi (foto) chega nos Jogos Olímpicos com certo favoritismo. Aos 23 anos, ele conquistou um título mundial (Budapeste 2019) e conta com três medalhas em Copas do Mundo, sendo a prata em Kazan, na Rússia, a mais recente (2021).

Foto: Szem Lelék
O principal adversário de Siklósi na busca pela medalha de ouro será o russo Sergey Bida. Número 2 do mundo, ele foi vice-campeão mundial em Budapeste 2019, perdendo exatamente para o rival húngaro. Ele também chega com três medalhas em Copas do Mundo, sendo um ouro, uma prata e um bronze.

Quem chega em baixa (se comparado com os principais adversários) para a defesa do título olímpico é o sul-coreano Park Sang-young. Atual número 8 do mundo, o esgrimista já chegou a ser número 3 do mundo, no auge de sua carreira, entre 2916 e 2018. Desde então, estabilizou-se no top-10. Seu principal resultado nos últimos anos foi a medalha de prata em uma etapa da Copa do Mundo.

ESPADA FEMININO - INDIVIDUAL
Eliminatórias: 23/07, às 21h
Final: 24/07, às 08h45

Favoritas ao ouro: Ana Maria Popescu (ROM) e Choi In-jeong (KOR)
Candidatas ao pódio: Sun Yiwen (CHN), Nathalie Moellhausen (BRA) e Mara Navarria (ITA)
Podem surpreender: -
Brasil: Nathalie Moellhausen

Prata na espada individual em Pequim 2008 e campeã olímpica com a equipe romena no Rio 2016, a experiente Ana Maria Popescu (foto) desembarca em Tóquio 2020 com a liderança no ranking mundial.

Espada feminina Olimpíada de Tóquio
Foto: Romania Journal
Sua vantagem é de 16 pontos para a principal adversária pelo título olímpico, a Choi In-jeong, prata individual em Londres 2012. Se a romena não sai do top-10 desde 2017, a sul-coreana não deixa o posto da lista de 20 melhores do mundo desde a temporada 2009/2010.

Correndo um pouco por fora na disputa pelo título olímpico, aparece Nathalie Moellhausen. Competindo pelo Brasil desde 2014, a ítalo-brasileira ocupa atualmente a quarta posição no ranking mundial, sendo a campeã mundial de espadas mais recente (Budapeste 2019).

Vale ressaltar que no mundial vencido por Moellhausen, ela contou com quedas precoces das adversárias citadas acima. No mesmo ano ela foi medalhista de bronze nos Jogos Pan-americanos de Lima, no Peru.

Disputam um lugar no pódio, a chinesa Sun Yiwen, sete vezes medalhista em etapas de Copa do Mundo e a italiana Mara Navarria, campeã mundial em 2018, batendo na final ninguém mais, ninguém menos que Popescu por 13-9.


ESPADA MASCULINA - EQUIPES
Eliminatórias: 29/07, às 22h
Final: 30/07, às 07h30

Candidatos ao ouro: França (FRA) e Itália (ITA)
Candidatos ao pódio: Ucrânia (UKR) e Coreia do Sul (KOR)
Podem surpreender: -
Brasil: Não tem

Contando com dois dos 12 melhores esgrimistas do mundo (Yannick Borel e Alexandre Bardenet), a França segue como favorita ao ouro na competição por equipes masculinas nas espadas. São três títulos olímpicos em sequência (Atenas 2004, Pequim 2008 e Rio de Janeiro 2016 - não houve competição em Londres 2012).

Mas se há um time que pode quebrar essa hegemonia francesa, é a Itália. Última nação campeã olímpica antes do domínio da principal adversária, a equipe é a segunda melhor no ranking mundial e vem de uma prata no Rio 2016. Porém, precisa apagar o resultado ruim no último mundial, disputado em 2019, quando caíram nas quartas de final diante da Ucrânia.

Aliás, a Ucrânia pode eventualmente aparecer numa final olímpica ou pelo menos garantir as expectativas de pódio em Tóquio 2020. Terceira melhor equipe do mundo nas espadas, o país conta com o terceiro melhor do mundo (Igor Reizlin) e vem de um vice-campeonato mundial em 2019, além do quarto lugar no Rio 2016, após derrota por 39-37 na disputa pelo bronze.

ESPADA FEMININA - EQUIPES
Eliminatórias: 26/07, às 23h25
Final: 27/07, às 7h30

Candidatas ao ouro: China (CHN) e Comitê Olímpico Russo (ROC)
Candidatas ao pódio: Polônia (POL), Itália (ITA) e Coreia do Sul (KOR)
Podem surpreender: -
Brasil: Não tem

Buscando a retomada do trono olímpico, a equipe feminina de espada da China é a melhor do mundo atualmente. Venceu o Campeonato Mundial de 2019 e conta com duas atletas do top-5 (Sun Yiwen e Lin Sheng), além de Zhu Mingye, 14ª colocada. De quebra, contam com a ausência da Romênia, equipe campeã olímpica no Rio 2016.

Comandada por Violetta Kolobova (13ª no ranking individual), o time do Comitê Olímpico Russo também entra com chances de ouro na competição. Elas ocupam atualmente a terceira posição no ranking mundial e contam com integrantes da equipe vice-campeã mundial em 2019.

Correndo por fora surgem a surpreendente Polônia, com duas representantes do top-30, e a tradicional Itália, bronze no Mundial de 2019, mas que sequer disputou os Jogos do Rio de Janeiro, em 2016. Outra forte equipe é a Coreia do Sul, que conta com Choi In-jeong (3ª) e Kang Young Mi (8ª).

FLORETE

FLORETE MASCULINO - INDIVIDUAL 
Eliminatórias: 25/07, às 23h35
Final: 26/07, às 21h10

Candidatos ao ouro: Alessio Foconi (ITA) e Gerek Meinhardt (USA)
Candidatos ao pódio: Enzo Lefort (FRA), Alexander Massialas (USA) Danielle Garozzo (ITA)
Podem surpreender: -
Brasil: Guilherme Toldo

Uma das competições mais equilibradas em Tóquio 2020 deverá ser no florete masculino. Isso porque os protagonistas da disciplina mudaram ao longo dos anos neste ciclo olímpico e enquanto antigos campeões chegam em níveis mais baixos, outros esgrimistas pedem passagem.

Foconi tentará superar a decepção do Mundial de 2019. Foto: Sporterni
Alessio Foconi, por exemplo, foi campeão mundial individual em 2018 e lidera o ranking de florete. No entanto, vem de uma queda na primeira rodada do Mundial de 2019, para o britânico Marcus Mepstead, hoje, número 14 do mundo.

Falconi ainda terá outros adversários de renome, como o campeão mundial de 2019, Enzo Lefort, atual número 3 do mundo. Em sequência pode surgir ainda o estadunidense Gerek Meinhardt, número 2 do ranking, bronze por equipes no Rio 2016 e campeão do Grand Prix de Doha.

Medalhista olímpico de prata há cinco anos atrás, Alexander Massialas é outro atleta que pode aparecer entre os principais competidores em Tóquio 2020, ao lado do italiano, Danielle Garozzo, campeão no Rio 2016.

Nessa disciplina, teremos a participação do brasileiro Guilherme Toldo, 17º melhor esgrimista do mundo no florete masculino. Ele garantiu sua vaga pela cota continental das Américas graças ao seu bom posicionamento no ranking mundial. Essa será a terceira participação olímpica de Toldo, que busca a primeira medalha do Brasil na esgrima.

FLORETE FEMININO - INDIVIDUAL
Eliminatórias: 24/07, às 21h
Final: 25/07, às 08h45

Candidatas ao ouro: Inna Deriglazova (ROC)
Candidatas ao pódio: Arianna Errigo (ITA), Ysaora Thibus (FRA) e Lee Kiefer (USA)
Podem surpreender: Alice Volpi (ITA) e Ines Boubakri (TUN)
Brasil: Não tem

Simplesmente dominante. É assim que podemos resumir o ciclo olímpico de Inna Deriglazova (foto), atleta do Comitê Olímpico Russo. Após o título olímpico no Rio 2016, ela ainda venceu os Mundiais de 2017 e 2019.

Agora, a russa aplica uma vantagem de 116 pontos para a segunda colocada no ranking mundial, a italiana Elisa Di Francisca, que não estará em Tóquio 2020, pois está grávida.

Foto: Reprodução/Twitter FIE
Com a ausência de Di Francisca, campeã individual em Londres 2012, outras candidatas ao pódio surgem com força, como a própria italiana Arianna Errigo, prata em Londres, a francesa Ysaora Thibus, vice-campeã mundial em 2018 e atual terceira colocada no ranking da Federação Internacional de Esgrima (FIE).

É importante ficar de olho nas campanhas da ítalo-brasileira Alice Volpi (que compete pela Itália) e da estadunidense Lee Kiefer, que já foi bronze individual no Mundial de 2011 e agora ocupa o quinto posto no ranking da FIE.

A competição ainda contará com a presença da tunisiana Ines Boubakri, bronze nos Jogos Olímpicos Rio 2016 e no Mundial de 2018.

FLORETE MASCULINO - EQUIPES
Eliminatórias: 31/07, às 21h
Final: 01º/08, às 07h50
 
Candidatos ao ouro: Estados Unidos (USA) e Itália (ITA)
Candidatos ao pódio: França (FRA), Hong Kong (HKG) e Comitê Olímpico Russo (ROC)
Podem surpreender: -
Brasil: Não tem

Com três integrantes no top-10 individual e a liderança do ranking mundial por equipes, os Estados Unidos são os principais favoritos ao ouro no torneio de florete. Todos os atletas da equipe tem menos de 30 anos e mostraram neste ciclo olímpico, que têm força para estabelecer um domínio na disciplina. Foram campeões mundiais em 2019, quebrando uma série de três títulos italianos.

Mas para isso os estadunidenses precisam combater exatamente seus principais rivais na busca pelo título olímpico. A Itália vem de medalha de bronze do Mundial em 2019, e uma amarga derrota na disputa pelo terceiro lugar no Rio 2016, contra os Estados Unidos. Mas com dois títulos mundiais (2017 e 2018) neste ciclo, os italianos também chegam fortes na disputa de mais uma Olimpíada.

Brigando por um lugar no pódio, surgem França, Comitê Olímpico Russo e até mesmo Hong Kong, com bons destaques individuais em suas respectivas equipes. As duas primeiras equipes citadas, por exemplo, fizeram a final olímpica há cinco anos, com título para os russos, que, no entanto, não levarão seus principais atletas do florete para Tóquio 2020 (como é o caso de Timur Safin).

FLORETE FEMININO - EQUIPES
Eliminatórias: 28/07, às 22h50
Final: 29/07, às 07h55

Candidatas ao ouro: Comitê Olímpico Russo (ROC) e Itália (ITA)
Candidatas ao pódio: França (FRA) e Estados Unidos (USA)
Podem surpreender: -
Brasil: Não tem

Mais uma competição por equipes deverá contar com o protagonismo do Comitê Olímpico Russo, que possui duas das oito melhores do mundo (incluindo a número 1, Inna Deriglazova). E para variar, suas principais concorrentes são Itália, França e Estados Unidos.

Das russas medalhistas de prata em Londres 2012 (não houve competição de equipes femininas no florete durante o Rio 2016) apenas Deriglazova e Larisa Korobeynikova permanecem no time, que agora contará com a adição de Adelina Zagidullina. Já a Itália, última campeã olímpica na disciplina, tentará superar a doída derrota para as russas no Mundial de 2019, por apenas um ponto (43-42).

França e Estados Unidos devem competir pelo bronze, salvo alguma surpresa no megaevento poliesportivo, assim como ocorreu no mundial, há dois anos, quanto as estadunidense venceram a disputa pelo terceiro lugar por 45-43.

SABRE

SABRE MASCULINO - INDIVIDUAL
Eliminatórias: 23/07, às 21h30
Final: 24/07, às 09h15

Candidatos ao ouro: Oh Sanguk (KOR) e Áron Szilagyi (HUN)
Candidatos ao pódio: Eli Dershwitz (USA), Luca Curatoli (ITA) e Max Hartung (GER)
Podem surpreender: -
Brasil: Não tem

A competição de sabre masculino individual tem um nome a ser batido: o fenômeno olímpico Áron Szilagyi. E ele pode ser chamado dessa forma exatamente por seu crescimento dentro da Olimpíada. Ele não tem títulos mundiais individuais e seu melhor resultado neste evento foi um bronze em 2013. Mas nos Jogos Olímpicos o esgrimista húngaro se transforma. Não à toa ele é o atual bicampeão olímpico (Londres 2012 e Rio de Janeiro 2016).

Mas desta vez o húngaro terá um forte adversário na busca pelo ouro. O sul-coreano Oh Sanguk (foto), número 1 do mundo e campeão mundial de 2019 na disciplina. São 72 pontos de vantagem na liderança do ranking e de quebra um recente título de etapa da Copa do Mundo (2021).
Foto: Reprodução/Twitter FIE
Caso não ocorram zebras no caminho, podem lutar por um lugar no pódio, Eli Dershwitz (vice-campeão mundial em 2018), Luca Curatoli (bronze no Mundial de 2019), ou até mesmo Max Hartung, esgrimista sempre muito sólido no top-10 do ranking.

SABRE FEMININO - INDIVIDUAL
Eliminatórias: 25/07, às 21h
Final: 26/07, às 08h45

Candidatas ao ouro: Olga Kharlan (UCR) e Sofya Velikaya (ROC)
Candidatas ao pódio: Manon Brunet (FRA) , Shao Yaqi (CHN) e Anna Marton (HUN)
Podem surpreender: -
Brasil: Não tem

Duas atletas dividem as atenções quando o tema é favoritismo no sabre feminino: a ucraniana Olga Kharlan e a russa Sofya Velikaya. Elas definiram o título no Mundial de 2019 e estiveram no pódio de Londres 2012 e Rio 2016, ficando com bronze e prata, respectivamente, nas duas oportunidades.

Kharlan é a atual campeã mundial. Foto: Reprodução/Embaixada da Ucrânia no Brasil
Kharlan entra com a confiança de ser a atual número 1 do mundo no sabre, além de ter sido campeã mundial no detalhe (15-14) diante de Velikaya. Tóquio 2020 tem tudo para ser uma espécie de tira-teima entre essas experientes esgrimistas.

Sem receber o mesmo holofote, Manon Brunet, da França, pode alcançar um lugar no pódio, abrindo assim a possibilidade de dar ao seu país a primeira medalha olímpica feminina no sabre.

Correndo ainda mais por fora, aparecem Shao Yaqi, da boa escola chinesa, e Anna Marton, da tradicional Hungria, que também nunca foi ao pódio olímpico nesta disciplina específica.

SABRE MASCULINO - EQUIPES
Eliminatórias: 27/07, às 22h
Final: 28/07, às 07h30

Favoritos ao ouro: Coreia do Sul e Hungria
Candidatos ao pódio: Itália e Alemanha
Podem surpreender: -
Brasil: Não tem

Última campeã olímpica no sabre masculino por equipes, a Coreia do Sul volta com força total, após a ausência desta prova no Rio 2016. Eles foram os responsáveis pela quebra da sequência dos franceses, campeões em Atenas 2004 e Pequim 2008.

A Coreia do Sul conta com três atletas no top-15 do ranking, além de ser a atual campeã mundial, quando bateram os húngaros por 45-44, sacramentando a terceira conquista em três anos.

O time húngaro por sua vez, conta com o bicampeão olímpico Áron Szilagyi e o atual vice-campeão mundial Andras Szatmari, como grandes nomes.

Brigando por um lugar no pódio, pode aparecer Itália (não fica fora do pódio nesta disciplina desde Sydney 2000) e Alemanha (que foi pela última vez ao pódio, justamente na última edição australiana dos Jogos).

SABRE FEMININO - EQUIPES
Eliminatórias: 30/07, às 22h
Final: 31/07, às 07h30

Candidatas ao ouro: Comitê Olímpico Russo (ROC)
Candidatas ao pódio: Itália (ITA), França (FRA) e Coreia do Sul (KOR)
Podem surpreender: -
Brasil: Não tem

Mesmo com um ciclo olímpico equilibrado e com três campeãs mundiais diferentes, é a equipe do Comitê Olímpico Russo quem desponta como favorita ao título em Tóquio 2020. A delegação conta com três das 20 melhores do mundo, além de ter sido a nação campeã mundial em 2019.

Buscando surpreender a principal adversária, aparece a França, que perdeu a final do Mundial de 2019 para as russas por 45-40. Coadjuvantes no evento, Itália e Coreia do Sul decidiram o bronze naquela ocasião, com as sul-coreanas levando a melhor.

Já as ucranianas, prata no Rio 2016, não tiveram um bom ciclo olímpico, com destaque para a queda nas quartas de final no Mundial de 2019, diante da França. Com o mal desempenho, elas sequer se qualificaram para Tóquio 2020.

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