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Em Saitama, arremessador Darlan Romani realiza últimos preparativos para os Jogos


Darlan Romani é o principal nome do atletismo brasileiro no arremesso do peso, com destaque mundial. O catarinense está em Saitama, no Japão, junto com outros integrantes da seleção brasileira, animado para disputar os Jogos Olímpicos de Tóquio, que tem cerimônia de abertura marcada para sexta-feira (23/7). A qualificação da prova do arremesso do peso está marcada para as 7:15 do dia 3 de agosto e a final para as 23:05 do dia 4 de agosto, ambas no horário de Brasília.

O atletismo brasileiro estreia no programa olímpico dos Jogos de Tóquio no dia 29/7, pelo horário de Brasília, e Darlan Romani é um dos destaques da equipe que tem 54 atletas no Japão.

Apesar de todos os contratempos provocados pela pandemia da COVID-19, que o impediu de competir no exterior contra os seus principais adversários em 2020 e 2021, o recordista sul-americano mantém sua posição de destaque na delegação brasileira de atletismo.

E motivos para isso não faltam. Afinal, Darlan tem uma carreira vitoriosa. É decacampeão brasileiro, campeão sul-americano, dos Jogos Pan-Americanos, do Mundial Militar e da Copa Continental da World Athletics, quando representou a seleção das Américas. Tem 22,61 m como recorde brasileiro, sul-americano e da Liga Diamante, o principal circuito de competições do atletismo mundial. Ele ficou em quarto lugar no Mundial de Doha, em 2019, na prova mais disputada de toda a história da competição, depois de ter terminado na quinta colocação nos Jogos do Rio-2016.

Com a marca de 22,53 m, obtida em seu segundo arremesso em Doha, ele seria campeão mundial e olímpico de todas as edições anteriores das competições. “Pelas projeções do meu treinador, com mais de 22,50 m, seria medalha”, lembrou Darlan, referindo-se ao especialista cubano Justo Navarro, que viajou para o seu país em dezembro e não retornou ao Brasil por causa da pandemia. “A situação é difícil porque o olho do treinador faz toda a diferença.”

“Foram tempos difíceis, de improvisação. O Centro Nacional de Desenvolvimento do Atletismo, em Bragança Paulista, fechou. Fiz um setor de arremessos num terreno ao lado de casa, montei uma academia na minha residência com equipamentos emprestados pela Confederação, usei material do meu projeto social”, contou o arremessador, nascido em Concórdia, de 30 anos.

“Não fico satisfeito com os resultados. Quero sempre mais. Não estou feliz com as marcas de 2020, de 21,52 m, nem de 2021, com 21,56 m. Sei que posso conseguir mais."

Darlan ficou seis meses sem competir por ter enfrentado uma lesão nas costas e depois teve COVID-19. A superação é uma marca de sua personalidade. “Embora não satisfeito, tenho convicção de que voltei arremessando bem”. Retomou as competições no Troféu Brasil Loterias Caixa, em junho, em São Paulo, e engatou quatro vitórias seguidas. Abriu mão do camping que estava previsto para a Espanha, novamente por causa das restrições, mas segue confiante. “A minha expectativa é muito boa para a Olimpíada. Quero fazer boa qualificação e boa final. Trazer bons resultados para o Brasil”, afirmou.

O arremessador, que pensava em ser motorista de ônibus quando criança – seu pai tinha uma empresa de transporte no Oeste de Santa Catarina -, não gosta de fazer previsões. “Não falo de marcas. Eu entro para competir comigo, não com ninguém. Tenho visto que o pessoal tem arremessado bem, o americano Ryan Crouser bateu recorde mundial”, comentou, referindo-se ao campeão olímpico do Rio de Janeiro, que obteve a marca de 23,37 m na seletiva dos Estados Unidos. Para dominar o estresse do dia a dia, Darlan tem um remédio. "Pego meu caminhão e dou uma voltas por Bragança Paulista", revelou o atleta, que tem uma empresa de transportes, gerenciada por sua esposa, a ex-saltadora com vara, Sara Romani, mãe de Alice, de 6 anos.

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