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Dez países que podem conquistar uma medalha de ouro em Olimpíadas pela primeira vez

Joseph Schooling singapura natação ouro rio 2016
Joseph Schooling, de Singapura, ouro na Rio-2016 (Foto: AFP)

As Olimpíadas podem ser repletas de momentos históricos não só para o Brasil, mas para muitos atletas e delegações estrangeiras. Hoje listaremos os dez países que já conquistaram medalhas olímpicas e finalmente têm chances de levar um ouro inaugural, em Tóquio-2020, que começa na próxima sexta-feira (23). Países que ainda não têm medalhas entrarão em uma nova listagem, a ser publicada em breve, mesmo que possam levar o ouro.

Na Rio 2016, Vietnã, Singapura, Porto Rico, Bahrain, Tajiquistão e Costa do Marfim já eram medalhistas e levaram seu primeiro ouro. Joseph Schooling (foto acima), nadador, levou o prêmio de 1,5 milhão de dólares dado ao governo do país para todos os medalhistas de ouro - no caso, só ele, que não dividiu o bolo com ninguém.

Antes da lista, um décimo-primeiro integrante, que foi retirado a força da lista final: a Namíbia estava na lista, após uma temporada incrível de Beatrice Masilingi e Christine Mboma nos 400m rasos. Porém, elas foram retiradas por apresentarem níveis altos de testosterona, regra que curiosamente, apenas está em vigor nos 400m e 800m, prova em que a sul-africana Caster Semenya é a atual bi-campeã olímpica e não pode mais correr. 

Sem elas, a Namíbia já levou quatro pratas, todas com Frankie Fredericks, nos 100m e 200m rasos de Barcelona 1992 e Atlanta 1996, tem poucas chances de subir no pódio. Vamos então às 10 maiores chances, na ordem de favoritismo:

1- Catar

1 prata e 4 bronzes na história 
Weightlifting tokyo 2020
Famoso por seus cachos e pelo recorde mundial juvenil no levantamento de pesos, Fares El-Bakh é favorito ao ouro em sua categoria - Foto: Qatar Tribune
O Catar tem investido bastante dinheiro em instalações de altíssimo nível e trouxe muitos profissionais de ponta do exterior, além de atletas que tenham interesse em participar do programa esportivo deles. Tudo isso gerou a realização de vários mundiais e eventos importantes nos últimos anos.

Doha é cotada como uma futura sede dos Jogos Olímpicos, em que se pese as duras condições climáticas. A Copa do Mundo de Futebol que será realizada no ano que vem é vista como um importante termômetro para o tema. Em Tóquio, o hino catari poderá tocar pela primeira vez na cerimônia de medalhas. Um bom exemplo esportivo e engajamento do público local é tipo como fundamental para as ambições do país. 

Bicampeão mundial e recordista mundial juvenil, Fares El-Bakh foi bronze no Mundial adulto de 2017 e vice-campeão em 2019 e aparece como o maior favorito ao ouro na categoria 96kg do kevantamento de pesos. Nos últimos Mundiais, ele ficou atrás de atletas de China e Irã que não estarão no Japão. Yauheni Tsikhantsou, de Belarus, e Anton Pliesnoi, da Geórgia, devem ser os principais adversários.

Se não vier no halterofilismo, o Catar ainda tem outra grande chance. A dupla-sensação do vôlei de praia masculino nos últimos meses é Cherfi Younousse e Ahmed Tijan. Eles começaram o ano com uma vitória no torneio 1 estrela em Doha e ainda chegaram em cinco finais nos sete torneios 4 estrelas disputados em 2021.

No atletismo, dois cataris chegam com boas chances de medalha. O ouro poderá vir com Mutaz Essa Barshim, do salto em altura. Depois de quatro bronzes na história, Bardim conseguiu o melhor resultado da história do país, uma prata na Rio 2016. Bronze em Londres 2012, ele tentará sua terceira medalha.

Já, nos 400m com barreiras, Abderrahman Samba era um dos favoritos a medalha e rival de Alison dos Santos, mas não está em uma boa fase e precisará surpreender.

Anote na sua agenda: Fares El-Bakh tentará ser o primeiro campeão olímpico do Catar em 31/07. Mutaz Essa Barshim espera ser uma das estrelas na final do Salto em Altura masculino, dia 01/08. A final dos 400m com barreira será no dia 03/08. A última chance de ouro para o país deverá ser no dia 07/08, se Cherif Younousse e Ahmed Tijan alcançarem a final do vôlei de praia.

2- Quirguistão

1 prata e 3 bronzes na história
Aisuluu Tynybekova wrestling quirguistão
Estrela local, Aisuluu Tynybekova (de rosa) é recebida em aeroporto para treinar na Índia com seleção (Foto: divulgação)
Ex-república soviética, o Quirguistão já ganhou uma prata e três bronzes em sua história, todas em esportes de luta: foram três no wrestling e uma no judô. Desta vez, Aisuluu Tynybekova é a grande favorita na categoria 62kg da luta livre feminina. Por outro lado, o país tem nela sua única esperança real de ouro.

Ela foi campeã mundial em 2019 e levou o ouro também nos Jogos Asiáticos de Jakarta 2018. Foi campeã ainda na Copa do Mundo de Belgrado, em dezembro e no Aberto da Polônia em junho. Sua única queda desde agosto de 2019 foi no Asiático de 2020 quando levou o bronze e desde Rio 2016, quando terminou em quinto, ela só ficou de fora do pódio no Torneio de Sassari em 2019.

Anote na sua agenda: As decisões de medalha do wrestling acontecem no dia 04/08.


3- Filipinas

3 pratas e 7 bronzes na história
Carlos Yulo ginástica
Carlos Yulo, ginasta especialista em solo.
Um dos países que mais medalhou mas ainda não subiu no lugar mais alto do pódio tem tudo para quebrar o jejum em Tóquio. Eles chegam ao Japão com dois campeões mundiais: o ginasta especialista em solo Carlos Yulo e a boxeadora Nesthy Petecio, da categoria 57kg. O curioso é que eles venceram seus títulos no mesmo fim de semana: Yulo foi medalhista de ouro no sábado, 12 de outubro de 2019, e Pestecio foi campeã no domingo, dia 13.

O ginasta de apenas 21 anos foi bronze no solo, feito inédito para um ginasta do Sudeste Asiático. Em 2019, ele foi melhor ainda e levou o ouro no solo. Nos Jogos do Sudeste Asiático, que aconteceram nas Filipinas, ele foi uma das estrelas levando todas as sete medalhas possíveis, inclusive ouro no individual geral e solo, além de prata nos outros aparelhos.
 
Anote na sua agenda: Yulo terá sua chance de brilhar em 01/08, enquanto Petecio pode lutar pelo ouro em 03/08.


4- Botsuana

1 prata na história
Nigel Amos é rei de Mônaco e foi prata em Londres 2012, mas precisa ainda se provar fora do principado (Foto: fr.trace.tv)
Botsuana só tem uma medalha em toda sua história, a prata alcançada por Nijel Amos nos 800m em Londres 2012. Também em 2012, Amantle Montsho chegou cotada ao ouro após o título mundial nos 400m feminino em 2011, mas terminou apenas em 4° lugar nas Olimpíadas.

Amos é dono da melhor marca deste ano (1:42.91), alcançada no Diamond League de Mônaco. Ele foi o único a baixar dos 1:43 desde 2020 e marcou também a melhor marca de 2019, sempre na Diamond League de Mônaco. Com a ausência do campeão mundial - o norte-americano Donovan Brazier -, a corrida em Tóquio estará aberta e será a chance de provar que consegue correr bem fora de Mônaco.

Anote na sua agenda: A grande final dos 800m masculino no Estádio Olímpico será em 04/08.

5- Chipre

1 prata na história
Pavlos Kontides chipre vela tóquio 2020
Pavlos Kontides no Mundial de Aarhus 2018, onde conquistou o bicampeonato (Foto: Pedro Martínez / Sailing Energy) 
Ainda que nenhum cipriota seja exatamente favorito ao ouro, a delegação tem vários campeões mundiais e alguns atletas com boas marcas nos últimos anos. Pavlos Kontides, dono da única medalha olímpica da história do Chipre, prata em Londres 2012, foi campeão mundial em 2017 e 2018 e é um dos principais rivais de Robert Scheidt, da Laser.

Na ginástica artística, Marios Georgiou venceu a barra paralela na Copa do Mundo de Doha e busca surpreender os favoritos Uchimura Kohei, Epke Zonderland e Arthur Nory.

Andri Eleftheriou, uma das porta-bandeiras, foi campeã nos Jogos da Comunidade Britânica no skeet do tiro esportivo. Georgios Achilleos, outro representante do skeet, já foi campeão mundial em 2007, na principal cidade do país, Nicosia. Ele ainda ficou em quinto lugar em Pequim 2008, terceiro melhor resultado da história da ilha nos Jogos Olímpicos, à época.

Anote na sua agenda: As finais do skeet feminino e masculina serão em 26/07. A regata da medalha da laser na vela será em 01/08. A final da barra horizontal na ginástica artística será no dia 03/08.


6- Montenegro

1 prata na história
Montenegro Water Polo team
Montenegro se sagrou tetracampeão da Liga Mundial em julho (Foto: Divulgação/FINA)
Enquanto alguns montenegrinos já foram campeões olímpicos representando a Iugoslávia ou Sérvia e Montenegro, o país declarou independência em 3 de junho de 2006 e esta será a quarta edição Olímpica como nação. Sua única medalha foi a de prata com a equipe de handebol feminina em Londres 2012.

A grande chance de um ouro é com a equipe de polo aquático masculino. Tanto em Pequim 2008, Londres 2012 e Rio 2016, Montenegro terminou em quarto lugar. Nas últimas semanas, Montenegro venceu Grécia e EUA rumo ao título da Super Final da Liga Mundial de Polo Aquático.

Anote na sua agenda: A grande final do pólo aquático masculino será a última disputa de medalha dos Jogos Olímpicos de Tóquio, começando às 16h30 em 08/08 (horário de Tóquio).

7- Malásia

7 pratas e 4 bronzes na história
Saltadoras da Malásia são vice-campeãs mundiais em 2019, mas adversárias da China são quase imbatíveis (Foto: Manan Vatsyayana / AFP)
País que mais ganhou medalhas e ainda não levou ouro faturou 4 pratas e 1 bronze na Rio 2016 e coleciona 11 medalhas no total: 7 pratas e 4 bronzes. Em Tóquio, não tem muitas chances de levar ouro. As principais esperanças do país do sudeste asiático estão com Mohd Azizulhasni Awang, no ciclismo, e Pandelela Rinong e Leong Mun Yee, na plataforma sincronizada em 10m dos saltos ornamentais. Elas foram vice-campeãs mundiais em 2019, mas além de ter uma dupla chinesa quase imbatível, não tiveram bons resultados na temporada. Já Awang pode surpreender no keirin do ciclismo e já foi bronze nesta modalidade na Rio 2016.

Anote na sua agenda: as finais da plataforma sincronizada em 10m dos saltos ornamentais acontecem em 27/07. Mohd Azizulhasni Awang disputa a final da velocidade individual em 06/08 e a prova de keirin, sua especialidade - em que foi bronze na Rio 2016 - no dia 08/08, último dia de competições.


8- Arábia Saudita

1 prata e 2 bronzes na história
Representante da Arábia Saudita não é considerado um dos favoritos mas pode surpreender (Foto: World Karate Federation)
O reino islâmico do Oriente Médio ganhou uma prata e um bronze em Sidney 2000 e um novo bronze em Londres 2012. Bicampeão asiático, Tareg Hamedi dominou o Pré-Olímpico Mundial de caratê na categoria acima de 75kg, vencendo adversários de melhor ranking, e poderá surpreender na estreia da modalidade nos Jogos Olímpicos, contra adversários europeus.

Anote na sua agenda: A disputa dos 75kg do caratê acontecerá em 07/08.

9- Bermuda

1 bronze na história
Flora Duffy Bermuda Triatlo
Flora Duffy, de Bermuda, no triatlo. (Foto: World Triathlon)
Campeã do Mundial de Triatlo em 2016 e 2017, Flora Duffy tornou-se a primeira medalhista de ouro nos Jogos da Comunidade Britânica em 2018. Indo para sua quarta Olimpíada, a veterana atleta de 33 anos terminou em 8° lugar na Rio 2016 e em uma prova sempre imprevisível pode levar o ouro. Por enquanto a ilha do caribe, pertencente ao Reino Unido, só venceu um bronze, com Clarence Hill em Montreal 1976.

Anote na sua agenda: O triatlo feminino conhecerá seus vencedores em 27/07

10- Níger

1 prata e 1 bronze na história
Issaka Daborg Issoufou Niger
Principal atleta da atualidade, Issoufou pode ser o primeiro multimedalhista ou campeão olímpico (Foto: Reuters/Issei Kato)
Depois de 44 anos da primeira medalha da história do Niger, o bronze de Issaka Daborg no boxe em Munique 1972, Abdoul Razak Issoufou levou uma medalha de prata na categoria acima de 80kg do taekwondo.

Em 2017, ele foi campeão mundial e em 2019 foi bicampeão dos Jogos Africanos, chegando como um dos cotados ao ouro olímpico.

Anote na sua agenda: A categoria +80kg do taekwondo será disputada em 27 de julho.

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