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Com 'infiltrado' entre os melhores do mundo, tênis de mesa quer fazer história em Tóquio


Não dá pra negar. Apesar de o tênis de mesa ter sido criado na Inglaterra, são os chineses que dominam o cenário competitivo da modalidade há muitos anos. Eles ganharam 28 dos 32 títulos olímpicos possíveis e 53 das 100 medalhas já disputadas desde que a disputa estreou nos Jogos de Seul 1988.

No Brasil, a modalidade teve uma influência muito grande dos japoneses. Na década de 1940, os imigrantes passaram a praticar tênis de mesa nos clubes da colônia e impulsionaram a prática no país. O reflexo disso está seleção brasileira que vestirá verde e amarelo nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020. Bruna Takahashi, Carol Kumahara, Jéssica Yamada, Gustavo Tsuboi e Vitor Ishiy, além de Eric Jouti e Giulia Takahashi, mostram que a ligação Brasil-Japão no esporte é muito forte.

Mas quem comanda a tropa do tênis de mesa brasileiro é Hugo Calderano. O carioca vem quebrando recordes e chamando a atenção do mundo para a América do Sul. Depois de ficar entre os 16 melhores do mundo em sua primeira participação olímpica, Calderano é o atual número 7 do mundo, o melhor não-asiático da lista. Cabeça-de-chave número 4 em Tóquio, ele está preparado para ir mais longe.

“Em 2016, eu não tinha muita expectativa de conseguir um bom resultado. Cheguei nas oitavas de final sendo 50 e pouco do ranking mundial, não estava realmente na briga por medalha. Agora já estou no top 10 há alguns anos”, Hugo Calderano, medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos da Juventude Nanjing 2014. Ele estará ao lado de Gustavo Tsuboi, que tem 3 participações em Jogos Olímpicos, e do estreante Vitor Ishiy.

Na equipe feminina também há uma mescla de experiência e juventude. A equipe é liderada por Bruna Takahashi, primeira brasileira a chegar no top 50 do ranking mundial e que vai para a segunda participação em Jogos Olímpicos. Ela estou no Rio 2016 aos 16 anos.

“Em 2016, eu joguei só por equipes e foi contra a China. Então, foi bom pra ter oportunidade de participar dos Jogos Olímpicos, de ter uma ideia de como é a competição, e, agora no Japão, como vou jogar o individual, já trago uma experiência e me sinto mais preparada”, disse Bruna, que além do individual, disputará a competição por equipes, ao lado de Carol Kumahara, que vai para a terceira edição de Jogos, e de Jéssica Yamada, que fará sua estreia olímpica.

O torneio começa no sábado, 24, a partir das 9h do Japão (21h de sexta no horário brasileiro), no Tokyo Metropolitan Gym, um dos legados dos Jogos Olímpicos de 1964.

As seleções masculina e feminina se reuniram no Japão no dia 13, na base de Hamamatsu, a cidade mais brasileira do país, com cerca de 10 mil habitantes brasileiros. No dia 20, já aclimatada, a equipe partiu para a capital japonesa e entrou na Vila Olímpica. Com tantas ligações com a Terra do Sol Nascente, as memórias são bastante positivas e inspiram a participação dos brasileiros em Tóquio 2020.

“Meu primeiro Mundial adulto foi em Yokohama, no Japão. Em 2014, fomos campeãs mundiais da segunda divisão em Tóquio. Tive o Toshio Takeda, que foi meu técnico por muitos anos. Foi ele que me fez acreditar que era possível esse sonho de jogar uma Olimpíada. O Japão está muito envolvido com minha carreira no esporte. Poder estrear em Jogos Olímpicos no Japão não é coincidência. É um reconhecimento de todo o meu trabalho. Me dediquei muito por esse esporte, por esse sonho, e ele está vindo agora”, contou Yamada.


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