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Com novidades, Rebeca Andrade e Flávia Saraiva se apresentam no treino de pódio da ginástica artística


A quinta-feira (22) foi de treino de pódio para as atletas da ginástica artística feminina. O treinamento é uma espécie de ensaio-geral da competição, onde as ginastas testam os aparelhos de competição e os árbitros conhecem o que vai ser apresentado para guiar os trabalhos da arbitragem durante os Jogos. As brasileiras Rebeca Andrade e Flávia Saraiva se apresentaram com algumas novidades em suas série.


A maior expectativa era para os saltos de Rebeca Andrade. Para competir na final do salto sobre a mesa, é preciso apresentar dois saltos de grupos diferentes na qualificação e Rebeca mantinha um mistério sobre o assunto. 

Mas no treino, ela não só fez os dois saltos como ainda fez um upgrade. A brasileira vez um Cheng (Yurchenko com meia pirueta antes de tocar a mesa e uma pirueta e meia no ar). O salto, que leva o nome da chinesa Cheng Fei - tem valor 6.0 de dificuldade e coloca Rebeca como candidata à medalha na prova. O segundo salto deve ser um Yurchenko com dupla pirueta (5.4 de dificuldade) que a ginasta costuma ter uma execução excelente. 

Nos outros aparelhos, Rebeca também fez boas apresentações. No solo, seu baile de favela deve ter um duplo mortal esticado no lugar do duplo mortal grupado que ela fez no Pan-Americano em junho. A expectativa é que sua nota de dificuldade fique entre 5.9 e 6.1. Nas barras assimétricas, Rebeca fez uma nova conexão que deve aumentar sua dificuldade para 6.3.

Rebeca Andrade na trave - Foto: Gaspar Nóbrega/COB
A novidade nas apresentações de Flávia Saraiva é no solo, onde a ginasta vai se apresentar com uma nova trilha sonora. É um medley de ritmos brasileiros, produzido por Rafael Castilho, que também é produtor da cantora Anitta. No treino, a ginasta não fez alguns elementos de dificuldade mais alta que costuma fazer. Já na trave, onde Flávia foi finalista na Rio 2016, a ginasta fez boas apresentações que devem colocar ela como uma possível finalista também em Tóquio.

Flávia Saraiva na trave - Foto: Gaspar Nóbrega/COB

Sobre os solos das ginastas, o Surto Olímpico conversou com Rhony Ferreira, coreógrafo das duas apresentações. A apresentação de Rebeca começa com música clássica - Tocata e Fuga de Johann S. Bach - e parte para o funk carioca com Baile de Favela. “Quis  fazer uma mistura ousada mesclando um clássico da música erudita com a modernidade do funk, mostrando a capacidade da Rebeca de transitar nesses dois estilos muito diferentes. Ela começa numa dança muito sóbria e termina na batida alegre do funk brasileiro”, contou o coreógrafo.

Já a série de Flávia Saraiva tem como principal música Garota de Ipanema, com alguns trechos de outros clássicos da MPB: Aquarela do Brasil, Canto das Três Raças e Canta Brasil. “Como ela tem um andamento lento, porque é bossa nova, eu tive que transformar isso numa coisa mais dinâmica, mais pop”, comentou Ferreira. O medley de Flávia, também inclui algumas batidas de funk carioca. “Ela vai mostrar uma coisa bem animada. A Flávia é super carismática e acho que ela tá bem bacana na coreografia”, complementou.

As ginastas brasileiras competem em Tóquio pela primeira vez na qualificação, agendada para  domingo (25) às 8h20, no horário de Brasília. Essa primeira etapa define as finalistas do individual geral e das finais por aparelhos, além da competição por equipes (Brasil não se classificou).

Foto de capa: Divulgação/CBG

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