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Seletiva de atletismo paralímpico termina com recorde mundial de Beth Gomes e novato com índice no salto em distância


A segunda Fase de Treinamento Seletiva de atletismo terminou neste sábado, 19, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, com direito a nova quebra de recorde mundial da campeã no lançamento de disco Beth Gomes, classe F52, e do índice atingido pelo atleta Aser Mateus Almeida na prova do salto em distância da classe T36. 


Campeã no lançamento de disco no último Mundial de atletismo, realizado em Dubai em 2019, Beth Gomes quebrou o próprio recorde mundial por duas vezes nesta seletiva. Na última terça, 15, a lançadora nascida em Santos (SP), da classe F52, havia quebrado a própria marca ao lançar o disco por 16,92m e superar o seu antigo recorde que era de 16,89m, registrados durante sua vitória no Mundial de atletismo em 2019.  Já neste sábado, 19, a atleta de 56 anos lançou o disco na sua quinta tentativa a 17,41m, estabelecendo novamente o novo recorde mundial da sua classe na modalidade. O índice paralímpico da prova na sua classe era de 14,93m.


O saltador em distância gaúcho Aser Mateus de Almeida, agora pela sua nova classe T36, conseguiu superar o índice paralímpico neste sábado por um centímetro – saltou 5,66m ante os 5,65 pré-estabelecidos. Agora, ele e os demais atletas aguardam a homologação dos resultados no ranking mundial e a convocação do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), que deve ocorrer até a segunda semana de julho, para confirmarem suas vagas no evento na capital japonesa.


A marca obtida pela classe voltada a atletas com sequelas físico-motora devido à lesão encefálica também foi também o novo recorde das Américas, superando os 5,62m de Rodrigo Parreira da Silva atingidos em 2016.


"Bater esse índice é a realização de um sonho. Por tanto que eu vinha treinando ao lado do meu treinador, sabíamos que iríamos alcançar esta marca. Foi incrível, todo atleta gostaria de estar aqui [na seletiva]. Indescritível a emoção que estou sentindo", desabafou Aser Mateus, que era da classe T38 e foi reclassificado para a T36 após a sua participação na etapa de Nottwil do Grand Prix de atletismo, circuito internacional organizado pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, sigla em inglês), no último mês de maio. 


A carioca Julyana Silva, da classe F57 (para amputados dos membros inferiores), foi outra atleta do dia a bater o recorde das Américas na sua modalidade. Pelo lançamento de disco, a atleta registrou 30,50m e superou os 30,35m da mexicana Floralia Bernal, de 2018.  Apesar do recorde, Julyana não conseguiu atingir o índice paralímpico da sua classe, que era de 30,99m.


Já o fundista sul-matogrossense Yeltsin Jacques, que já havia batido o índice nos 5.000m na última quinta, 17, correu mais rápido que a marca nos 1.500m neste sábado, 19 –completou a prova em 4min06s92, menor tempo do que os 4min10s48 colocados como critério. 


Pelos critérios estabelecidos do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), que também atua como confederação do atletismo paralímpico, os campeões mundiais de 2019 já estão garantidos nos Jogos de Tóquio. 


Ao todo, 13 atletas conquistaram a medalha de ouro no Mundial de Dubai e automaticamente estão classificados para Tóquio. Além de Beth Gomes, Alessandro Rodrigo (F11), Claudiney Batista (F56), Cícero Valdiran (F57), João Vitor Teixeira (F37), Thiago Paulino (F57) nas provas de campo e Petrucio Ferreira (T47), Daniel Martins (T20), Jerusa Geber (T11), Júlio César Agripino (T11), Lucas Prado (T11), Rayane Soares (T13), e Thalita Simplício (T11) nas pistas, também já possuem vaga.


Agora, ele e os demais atletas aguardam a homologação dos resultados no ranking mundial e a convocação do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), que deve ocorrer até a segunda semana de julho, para confirmarem suas vagas no evento na capital japonesa.


A segunda fase da seletiva contou com as provas de lançamentos de disco e dardo, arremesso de peso, e saltos em distância e altura, além das provas de meio e fundo de 1.500m e 5.000m. No total, 59 atletas participaram destas disputas, com a presença de campeões mundiais e alguns índices batidos nas provas de campo e pista.


Foto Ale Cabral/ CPB

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