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Professor que revelou esquema de doping russo abre investigação contra casos de manipulação no boxe na Rio-2016

 


Uma investigação contra possível casos de corrupção no boxe durante a Rio-2016 foi aberta nesta semana no Reino Unido. O processo será conduzido pelo professor de direito, Richard Mclaren, o mesmo que revelou ao mundo o esquema estatal de doping da Rússia.  O foco principal será em descobrir se os juízes podem ter sido corrompidos e manipulado os resultados.


A AIBA (Associação Internacional de boxe amador) já está suspensa pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) e é o próprio comitê quem está responsável por organizar o boxe olímpico em Tóquio. As primeiras denúncias surgiram após o evento no Brasil e ajudar o então presidente C.K.Wu a cair, em meio a acusações de irregularidades financeiras.


Mclaren deve apresentar as primeiras conclusões em agosto. A investigação levará em conta também as atividades dos gestores da AIBA. Segundo ela, a associação está colaborando com sua equipe.


"Houve várias investigações anteriores sobre o esporte que nunca foram concluídas. É hora do boxe virar a página."


"Nossa equipe fará uma investigação independente nas questões de corrupção ou manipulação dos resultados esportivos durante os Jogos do Rio , identificando os responsáveis ​​e recomendando o caminho apropriado para a apuração."- completou Richard.


Um executivo sênior da AIBA afirmou não ter dúvida que alguns juízes estariam "comprados" e ainda disse que um grupo de árbitros se reúnem antes das grandes competições para definir as pontuações de alguns confrontos.


Na Rio-2016, o irlandês Michael Conlan, do peso galo, acusou ser vítima de resultado manipulado após perder para o russo Vladimir Nikitin. Segundo ele, após o primeiro round ele percebeu que ganharia com facilidade a luta, "Tive meu sonho olímpico roubado"- disse Conlan.


Uma investigação interna da AIBA feita em 2017 concluiu que não houve interferência ativa nos resultados, porém removeu alguns juízes das competições internacional, admitindo que o poder de decisão concentrado na mão de poucos e pontos de influência indesejável afetaram a arbitragem no Rio.


A investigação de Mclaren é apontada também como uma das maneiras da entidade máxima do boxe amador tentar retornar ao cenário internacional após ter perdido os direitos de organizar o pré-olímpico da modalidade. Há a esperança de que a suspensão caia após Tóquio, porem o COI não se pronunciou sobre o assunto.


Foto em destaque: Jae C. Hong/ Associated Press

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