Últimas Notícias

Brasil vence a Polônia e conquista o título inédito da Liga das Nações



O Brasil é campeão da Liga das Nações 2021. Após começarem a final perdendo, os brasileiros voltaram com atuação avassaladora após o segundo set e confirmaram a vitória por 3 a 1 (22-25/25-23/25-15/25-14), confirmando o primeiro título de VNL para o país.


O título do Brasil foi o primeiro do país na competição. Até então, a Rússia havia vencido as duas edições disputadas, em 2018 e 2019. Vale lembrar que a Liga das Nações substituiu a antiga Liga Mundial, da qual o Brasil era o maior campeão, com nove conquistas.


Wallace foi o maior pontuador da partida com 22 pontos. Leal marcou 17. Do lado da Polônia, Kurek também teve 17 acertos. Grande destaque para o bloqueio do Brasil, que parou os poloneses 9 vezes.


As duas equipes agora voltam suas atenções para os Jogos Olímpicos de Tóquio. O vôlei masculino tem o início de suas disputas logo no primeiro dia após a Cerimônia de Abertura, 24 de julho. O Brasil estreia contra a Tunísia pelo Grupo B, enquanto a Polônia enfrenta o Irã pela primeira rodada do Grupo A.

Times iniciais


Brasil: Bruninho, Wallace, Leal, Lucarelli, Lucão, Maurício Souza e Thales (L). Técnico: Carlos Schwanke. Entraram: Alan, Douglas Souza, Isac

Polônia: Fabian Drzyzga, Bartosz Kurek, Wilfredo León, Michal Kubiak, Piotr Nowakowski, Mateusz Bieniek e Pawel Zatorski (L). Técnico: Vital Heynen. Entraram: Lukasz Kaczmarek, Kamil Semeniuk, Alexander Sliwka

O jogo


Como era de se esperar de um duelo entre as seleções líderes do ranking mundial, o primeiro set começou com um grande equilíbrio entre Brasil e Polônia. As duas equipes mostraram muita concentração na defesa e força na virada de bola. Até que Lucão jogou um ataque para fora e cometeu o primeiro erro do jogo, permitindo aos poloneses chegar à primeira parada técnica com 8 a 6 de vantagem.

A Polônia seguiu administrando a liderança. Em novo erro de ataque, desta vez de Wallace, o placar chegou a 14 a 11 para os europeus. Logo depois, foi a vez de Kubiak isolar um ataque, e o Brasil voltou para o set com 15 a 14 contra. Em contragolpe definido por Wallace, a seleção empatou em 16 a 16.

A tensão subiu na reta final, e Leal colocou o Brasil de novo à frente em 19 a 18. A resposta veio logo depois, com Kubiak virando e reassumindo a liderança em 20 a 19, para não sair mais. Com León fazendo estrago no saque, a seleção brasileira sofreu e viu os adversários fecharem a parcial em 25 a 22.

Carrasco do Brasil na final do Mundial de 2018, Kurek marcou 06 pontos no primeiro set (Foto: Reprodução/FIVB)

Um bloqueio de León sobre o Leal abriu o segundo set para a Polônia. O Brasil não se abalou e fechou a porta de Kurek no ponto seguinte. Mais ligada na rede, a seleção abriu 6 a 3 e forçou o técnico Vital Heynen a parar o jogo. Aos poucos, os poloneses cresceram na parcial e empataram em 9 a 9. Novamente, o time verde e amarelo não perdeu o foco, controlou os rivais e voltou a abrir. Com ace de Maurício Souza, o placar chegou a 16 a 12 na segunda parada técnica.

Porém, o time polonês não desistiu e se manteve na perseguição. Com ataque de Kurek, os atuais campeões mundiais empataram em 18 a 18. Com dificuldade na virada de bola, Schwanke acionou Douglas Souza do banco, e o ponteiro já entrou pontuando no ataque. Depois, Lucarelli conseguiu um ace em 20 a 18. Por fim, Leal assumiu a responsabilidade na reta final e ajudou a seleção a empatar o jogo: 25 a 23.

Leal virou os três últimos ataques do Brasil no segundo set (Foto: Reprodução/FIVB)

Na terceira etapa o Brasil saiu na frente novamente, mostrando que não havia sinais de desacelerar. A Polônia teve um baque importante, quando Kurek, aparentemente machucado, sentiu dores e precisou sair da quadra. Mesmo tendo retornado após um tempo, seguiu aparentando que estava incomodado. Com esse desconforto de uma das principais peças polonesas e um bloqueio brasileiro imparável, o Brasil abriu uma vantagem confortável e a segurou até o final do set.

O treinador polonês até tentou mudar a história do set, sacando praticamente todos os atletas em quadra e substituindo por suplentes, mas não adiantou. Com Wallace inspirado, com 7 pontos somente nesse set, os brasileiras não tiveram dificuldade alguma em fechar o terceiro set por 25 a 16.

Foto: Reprodução/FIVB


O quarto set começou da mesma forma que o anterior terminou, com Maurício Souza fechando os portões no bloqueio e a dupla Leal e Wallace colocando a bola no chão. Porém, a Polônia, que retornou com os titulares na quarta parcial, entrou muito mais concentrada e manteve o jogo bastante equilibrado. Após bela bola de Kurek, o jogo estava praticamente empatado em 5 a 4. Equilibradas, as duas seleções seguiam trocando pontos, mas após um belo ace de Drzyzga e um polêmico desafio vencido pela Polônia, o jogo empatou em 7 pontos.


Após o empate polonês, porém, os brasileiros voltaram a encontrar um ritmo extremamente eficiente de ataque com Wallace, Leal e Lucarelli, voltando a abrir vantagem confortável. Em momento crucial, Leon foi para o saque, mas desperdiçou logo de cara, permitindo que os brasileiros seguissem confortáveis no placar em 16 a 12. E a partir daí não teve mais conversa, os poloneses conseguiram marcar somente mais dois pontos antes do Brasil ter seu primeiro match point em 24 a 14. Primeiro e único, já que a seleção matou o jogo após ataque consciente de Wallace em uma diagonal curta. O Brasil venceu a Polônia e foi campeão da Liga das Nações pela primeira vez.


Fotos: FIVB

0 Comentários

.

APOIE O SURTO OLÍMPICO EM PARIS 2024

Sabia que você pode ajudar a enviar duas correspondentes do Surto Olímpico para cobrir os Jogos Olímpicos de Paris 2024? Faça um pix para surtoolimpico@gmail.com ou contribua com a nossa vaquinha pelo link : https://www.kickante.com.br/crowdfunding/ajude-o-surto-olimpico-a-ir-para-os-jogos-de-paris e nos ajude a levar as jornalistas Natália Oliveira e Laura Leme para cobrir os Jogos in loco!

Composto por cinco editores e sete colaboradores, o Surto Olímpico trabalha desde 2011 para ser uma referência ao público dos esportes olímpicos, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.

Apoie nosso trabalho! Contribua para a cobertura jornalística esportiva independente!

Digite e pressione Enter para pesquisar

Fechar