Alison Santos, que fechou os últimos 400 m com um sprint sensacional para garantir a medalha de prata ao revezamento 4x400 m misto do Brasil no Mundial de Revezamentos da Silésia, na cidade de Chorzow, Polônia, não retornará ao Brasil antes de competir nos Jogos Olímpicos de Tóquio, de 23 de julho a 8 de agosto. Especialista nos 400 m com barreiras, Alison, de 20 anos, a maior revelação do atletismo brasileiro nos últimos anos (campeão sul-americano, pan-americano, da Universíade e finalista no Mundial de Doha-2019, no Catar), comemorou a medalha até no avião, a caminho dos Estados Unidos, nesta segunda-feira (3/5).
Alison, atleta nascido em São Joaquim da Barra (SP) e que compete pelo Pinheiros, curte a medalha de prata do Brasil, conquistada no domingo (2/5), a caminho de Chula Vista, na Califórnia, no condado de San Diego, onde dará sequência no momento à preparação para a Olimpíada - segundo o seu treinador Felipe de Siqueira já tem competição marcada para o dia 9/5, nos 400 m com barreiras, o Mt. Sac World Challenge, nos Estados Unidos.
O Brasil ganhou a prata sob um frio de 7 graus, com sensação térmica de 3, com Anderson Henriques, Tiffani Marinho, Geisa Coutinho e Alison Santos, em 3:17.54. A Itália ficou com o ouro (3:16.60) e a República Dominicana com o bronze (3:17.58).
"Estou muito feliz pelo resultado e pela medalha e muito ansioso pelos Jogos Olímpicos. Quero muito fazer essa prova do revezamento na Olimpíada", disse Alison. O revezamento 4x400 m misto é uma prova nova no programa olímpico e será disputada pela primeira vez nos Jogos de Tóquio.
O Brasil já estava qualificado para a Olimpíada - foi finalista no Mundial de Doha-2019 - mas ratificou essa condição no Mundial de Revezamentos, com o desempenho de Alison, que pegou o bastão de Geisa na quinta colocação e foi superando os adversários até a linha de chegada, com o segundo lugar.
"O resultado que a gente fez, ainda mais nas condições climáticas que encontramos, com muito frio, foi bom e fico feliz. Por ser um revezamento, uma prova de equipe, tem muito sentimento e muita energia envolvidos, o que deixa a gente ainda mais eufórico. E fiquei feliz também com o meu desempenho individual, por ter corrido bem e pela chegada. E agora é melhorar cada vez mais o nosso individual para que o revezamento melhore como um todo", comentou Alison.
Com o resultado, o Brasil melhorou o sexto lugar no Mundial de Yokohama, em 2019, e agora surge como uma força para brigar por boa colocação nos Jogos de Tóquio.
"Somos o segundo melhor do mundo hoje e estou muito feliz. Também estou feliz com o meu desempenho individual e dos meus colegas de equipe. E acho que em relação às Olimpíadas temos boas expectativas e a torcida é para que cada um melhore o seu desempenho pessoal para que no momento certo e hora certa consiga fazer junto o que fizemos no Mundial", disse Tiffani Marinho, carioca de Duque de Caxias - completa 22 anos neste dia 6 de maio -, e compete pela Orcampi, foi a segunda na passagem do bastão em Chorzow. Treina com Evandro Lazari em Campinas (SP), também treinador da equipe do 4x400 m misto no Mundial.
Tiffani já embarcou para o Brasil (3/5). E retornam ao País também Anderson Henriques e Geisa Coutinho, titulares, bem como Tabata Carvalho e João Falcão, reservas do 4x400 m misto que foram à Polônia para o Mundial.
Foto: CBAt/Wagner Carmo
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