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SurtoLista - Apelidos marcantes na história olímpica brasileira




Em toda olimpíada eles estão presentes na delegação brasileira. E em Tóquio, ‘Cachorrão’, ‘Ferrugem’, ‘Netinho’e ‘Mamute’ deverão estar brigando por medalhas olímpicas para o Brasil. Sim, são os apelidos que alguns atletas brasileiros carregam e muitos deles ora são mais conhecidos pelo apelido, ora eles já viraram parte do nome.


E na história brasileira, temos muitos medalhistas olímpicos que ficaram conhecidos por seus apelidos do pelo seus nomes. E o SurtoLista dessa semana vai relembrar dos ‘codinomes’ mais marcantes e inusitados que subiram ao pódio em Jogos olímpicos, a história por detrás deles.


E antes de começarmos a lista, se vocês não sabem quem são os donos dos apelidos acima, a gente fala para vocês: Guilherme Costa, o 'cacohrrão' (natação), Leonardo Terçariol 'Ferrugem' (Handebol), Edival 'Netinho' Marques (Taekwondo) e Alison 'Mamute' (vôlei de praia).  Agora sim, vamos a lista:


- Rosa Branca


Apesar do apelido, estamos falando de um homem, jogador de basquete masculino de 1,89m chamado Carmo de Souza, pivô de origem, mas polivalente em quadra. Rosa Branca foi medalhista olímpico em Roma 1960 e Tóquio 1964, além do bicampeão mundial em 1959 e 1963. Mas de onde veio esse apelido tão inusitado?


Carmo passou a ser chamado de Rosa Branca ainda jovem, após seus amigos notarem a semelhança dele com o motorista pessoal do ex-presidente do Brasil Getúlio Vargas, que tinha o mesmo apelido pois sempre andava com uma Rosa Branca na Lapela do Paletó.


Aquela seleção de basquete masculino que fez história entre o fim dos anos 50 e início dos 60 tem outros apelidos notáveis que merecem menções honrosas:  Algodão, bronze em 48 e 60 ( ganhou o apelido por ser muito ‘leve’) e Mosquito, bronze em 60 e 64 (ganhou a alcunha por ser rápido e com as pernas finas quando jovem)


- Formiga


A interminável volante da seleção brasileira de futebol feminino, a medalhista de prata em 2004 e 2008 e presentem em seis edições de jogos olímpicos, Miraildes ganhou o apelido no início da carreira na Bahia, quando alguém ao vê-la correndo rápido por todo o campo, a comparou com uma formiga. O apelido pegou a contragosto de Miraildes no início, mas depois ela aceitou de bom grado a alcunha que passou a ser sua marca registrada, uma meio-campista incansável e operária, como uma boa formiga.


A seleção feminina de futebol tem alguns outros apelidos famosos que também merecem menção, como Pretinha (apelido de cunho racista ganho na época que a jogadora jogava ‘peladas’ na Baixada Fluminense), Maravilha (apesar de todos pensarem ser algo egocêntrico, o apelido por conta de sua cidade natal ) e Maycon ( que ganhou o apelido pela semelhança com uma das pioneiras do futebol feminino, a atacante Michael Jackson, e a meio-campista apenas mudou a grafia da alcunha)


- Rafael Silva ‘Baby’


O judoca Rafael Silva ganhou seu apelido na base, quando acharam que ele tinha as bochechas parecidas com o personagem ‘Baby’, que fazia sucesso no seriado ‘Família Dinossauro’. Seguindo a velha máxima de quando a gente se importa aí que o apelido pega, Rafael teve que suportar ser chamado assim até assumir o apelido, que agora fazer parte de seu nome. Até porque ninguém mais consegue associar o judoca bronze em Londres 2012 e Rio 2016 de 2,03m e 165 quilos se não tiver o apelido ‘fofo’ após seu nome.

 

- Fernando Scherer, o ‘Xuxa’


Um dos grandes velocistas brasileiros na história da natação, Fernando Scherer ganhou um apelido na juventude que ostenta até hoje, mesmo nunca ter sido  parecido com a original, digamos assim. Por conta de suas madeixas loiras quando jovem, o nadador medalha de bronze nos 50m livre em Atlanta 96 e no revezamento 4x100m em Sydney 2000 ganhou o apelido que remetia a famosa apresentadora infantil nos anos 80 e 90.  Quando passou a competir em alto nível, ele já portava uma bela careca, mas o seu apelido já era parte do seu nome 


- Fofão


A maior medalhista brasileira do vôlei feminino com 1 ouro em 2 bronzes em 5 olimpíadas disputadas, Hélia Souza ficou imortalizada com apelido do famoso personagem de programa infantil nos anos 80 por conta de um dos seus primeiros treinadores dar o apelido por Hélia ter ‘bochechas boas de se apertar’, igual ao 'fofão' original. Como sempre acontece, o apelido foi odiado inicialmente por Hélia, mas depois virou marca registrada da levantadora que virou a ‘fofa’ para as companheiras de clube e seleção, e uma das maiores levantadoras da história.


- Doda

Foto: Wander Roberto/COB

O Cavaleiro Álvaro de Miranda Neto, medalhista de bronze com a equipe de hipismo saltos em Atlanta e Sydney, viu seu apelido ganhar uma proporção tão grande que ele passou a fazer do seu nome – Álvaro ‘Doda’ Miranda. E seu apelido foi dado por seu pai, que passou a chamá-lo de Doda para diferenciar do avô Álvaro de Miranda Filho: “não me pergunte como, mas Doda deriva de 'filhote' e fui eu que dei.", explicou Ricardo Miranda em entrevista ao portal UOL anos atrás.


‘Magic’ Paula


Maria Paula era uma das grandes armadoras da seleção de basquete feminino e aos 22 anos, já encantava nas quadras com passes desconcertantes. Mas em 1983, na disputa do campeonato mundial disputado em São Paulo, Paula encantou um jornalista – Juarez Araújo – que após mais uma atuação de gala da armadora fez a manchete no jornal ‘A Gazeta Esportiva’: ‘Com show de Magic Paula, Brasil Ganha segunda partida no Ibirapuera’. 


A comparação com Earvin ‘Magic’ Johnson, armador que era um dos líderes do Showtime do Los Angeles Lakers e que fez parte do dream team original campeão olímpico em Barcelona 1992 pegou e a partir de então, ele teve que dividir o apelido com a nossa armadora campeã mundial em 94 e prata em Atlanta 96 , que assim como Earvin, levou a alcunha para o seu nome após o fim da carreira.


João do Pulo



João Carlos de Oliveira desembarcou na Cidade do México para a disputa dos Jogos Pan-americanos de 1975 como grande esperança no atletismo. Aos 21 anos, ele já tinha batido o recorde mundial júnior e vinha com a missão de manter a tradição do Brasil no salto triplo me jogos olímpicos. E no México, seu salto foi impressionante, 17,89m, novo recorde mundial e 45 centímetros acima da marca anterior.


A procura dos jornalistas para falar com João foi tão grande e foi nessa busca que surgiu o famoso apelido: Segundo o seu técnico 'Pedrão', um repórter procurando por João perguntou a um atleta brasileiro que o nome se perdeu na história - que respondeu: "Ah, o João do Pulo?". E desde então esse seria o apelido que o marcaria até sua partida precoce, aos 45 anos em 1999.




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