A seleção brasileira amargou a primeira derrota na Liga das Nações frente à forte seleção dos Estados Unidos. Sofrendo bastante no início, as brasileiras não conseguiram reagir a tempo e acabaram perdendo a partida por 3 sets a 0. Após o jogo, a ponteira Fernanda Garay analisou a performance da equipe, o que deu errado e, principalmente, o que precisa ser ajustado para o próximo jogo.
"Foi um jogo bem difícil. (Os EUA) É um time muito bom, de muita qualidade. Tivemos bastante dificuldade de achar as atacantes e parar o ataque delas e também sofremos um pouco na nossa saída de jogo", analisou a capitã.
De fato, as brasileiras tiveram muito mais dificuldade no ataque que as estadunidenses, que foram mais eficientes nesse fundamento. A seleção brasileira não conseguiu colocar a bola no chão e, para piorar, cometeu muito mais erros. "Não foi nosso melhor jogo, sem dúvida, mas é apenas o começo e tentaremos tomar este jogo como uma experiência", completou Garay.
Porém, o lado defensivo também deixou a desejar. As estadunidenses não aliviaram no saque e no ataque e, infelizmente, a seleção brasileira teve performance abaixo da média tanto na defesa quanto na recepção. Na linha de passe, a melhor performance da equipe foi justamente de Garay, que teve uma efetividade de 34%. Um dos fatores principais que dificultou a reação da defesa brasileira foi a velocidade de jogo da seleção estadunidense.
"É um time muito difícil, que joga com muita velocidade. Precisamos olhar para elas e pegar esse jogo como experiência pra tentar chegar nessa velocidade, (e tentar) conhecer melhor a equipe delas para uma próxima oportunidade que nos encontrarmos", avaliou a campeã olímpica em Londres-2012.
Quando questionada pelo Surto Olímpico sobre os principais aprendizados dessa derrota e quais os principais fundamentos que o Brasil deve focar em melhorar, Garay citou exatamente o lado defensivo com o bloqueio e, também, deu destaque para a falta de efetividade do contra-ataque.
"Depois desse resultado, vejo que não é apenas uma coisa que precisamos melhorar. Temos que aperfeiçoar todos os fundamentos, especialmente o bloqueio, a defesa e o contra-ataque".
Por último, a campeã olímpica também analisou as dificuldades de se participar em um campeonato no formato de "bolha", como vem sendo feito em Rimini (Itália).
"Sabíamos que a bolha não seria uma coisa fácil, mas sabemos que é necessário. Existem coisas que são essenciais pra manter a nossa segurança e a nossa saúde. É só a primeira semana, estamos nos acostumando, mas já viemos com a mentalidade preparada para este tipo de coisa. O importante é que estamos conseguindo jogar e nos sentimos segura nesse ambiente", finalizou.
A seleção brasileira agora tem três dias de pausa antes do próximo jogo, contra o Japão, no dia 31/05 às 10 da manhã.
Fotos: Divulgação/FIVB
1 Comentários
Enfrentar os EUA nunca é fácil, mas na próxima vai dar Brasil!!! Parabéns pela cobertura e pelo texto. Bom demais.
ResponderExcluir