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Pandemia no Brasil: Restrições de viagens impedem que seleção brasileira de tiro com arco dispute Copa do Mundo

Marcus D'Almeida na final do Campeonato Pan-Americano de Tiro com Arco

O Brasil continua sofrendo para poder competir internacionalmente no esporte por conta das restrições de viagens impostas aos brasileiros. Desta vez, a seleção brasileira de arco recurvo, no tiro com arco, foi impedida de entrar na Guatemala para a Copa do Mundo após o governo fechar a fronteira para o Brasil. O motivo é o desenvolvimento da pandemia em nosso país, que tem detectado novas variações da Covid-19.


Os brasileiros Marcus D'Almeida, Bernardo Oliveira, Marcelo Costa, Ane Marcelle dos Santos, Sarah Nikitin e Ana Luiza Caetano descobriram um dia antes de embarcarem para a primeira etapa da Copa do Mundo, que seriam barradas na entrada. 


A situação pegou a Confederação Brasileira de Tiro com Arco (CBTARCO) de surpresa, que também confirmou nesta segunda (20) que os atletas brasileiros não estarão na segunda etapa da Copa do Mundo, programada para Lausanne, na Suíça, de 17 a 23 de maio, além de um evento na Colômbia, também marcado para maio.


Ane Marcelle esteve na Rio-2016 e tem tudo para estar em Tóqui-2020 - Foto: Divulgação/World Archery


Arqueira melhor ranqueada do Brasil no feminino, Ane Marcelle dos Santos lamentou a situação vivida por ela e seus companheiros.


"Ah desanima né, porque a gente está treinando, se dedicando tanto tempo, e faltando um dia do embarque para a competição a gente saber que o Brasil tá impedido de entrar no país é bastante complicado. Mas estamos firmes e fortes, não dá pra deixar isso abalar a gente porque o nosso foco é Tóquio-2020", destacou Ane Marcelle em um bate-papo com nossa reportagem.


Ane tem a vaga garantida nas Olimpíadas após o título conquistado no Pré-Olímpico das Américas. Apesar de ser uma vaga garantida para o país, Ane Marcelle deve ser oficializada em breve pela CBTARCO, principalmente após a não ida da seleção para as próximas etapas.


"O foco olímpico que está me motivando e dando esperanças, com muito treino e acompanhamento da psicóloga. Isso que me dá forças para não desanimar", finalizou Ane.


Brasil pode ter problemas no badminton


O badminton brasileiro pode ser mais uma modalidade prejudicada na preparação olímpica. O Campeonato Pan-Americano será realizado de 29 de abril a 02 de maio na Cidade da Guatemala, capital da Guatemala. Como citado acima, todos os brasileiros estão barrados de entrar no país, com exceção daqueles que vivem no exterior.


A Confederação Brasileira de Badminton (CBBd) convocou 12 atletas para a competição continental de olho em conquistar vagas olímpicas para o Brasil. Ygor Coelho é melhor atleta ranqueado e não tem sua vaga ameaçada, mas os brasileiros ainda buscam estar em Tóquio-2020 no individual feminino e nas duplas. 


É bom lembrar que o ranking olímpico fecha no dia 02 de maio, exatamente na data em que termina o Pan-Americano de badminton, ou seja, a competição é a última para os brasileiros conseguirem melhorar seus rankings e garantir o passaporte olímpico. Uma não ida dos atletas do Brasil para a competição poderia definir vagas olímpicas a menos para o Time Brasil.


Fabiana Silva está no limite da vaga olímpica e pode ficar de fora caso não compita na Guatemala - Foto: Wander Roberto/COB


A nossa reportagem pediu um posicionamento ao Comitê Olímpico Brasil com questionamentos de como eles trabalham para minimizar os impactos aos atletas e se havia possibilidade de levar as delegações para novas estadias na Europa.


Segue o posicionamento do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) na íntegra:


O Comitê Olímpico do Brasil (COB) trabalha em duas frentes. Uma é manter o Centro de Treinamento Time Brasil em funcionamento. O COB, desde a reabertura do CT em julho de 2020, adota um rígido protocolo de limpeza e de divisão de horários, buscando o distanciamento seguro nas atividades e o limite de pessoas na instalação. Além disso, realiza testes semanais em todos os usuários do Centro de Treinamento com objetivo de manter o ambiente seguro e a integridade física de todos os atletas, técnicos e funcionários. Assim, qualquer atleta ou equipes com chances de classificação para Tóquio podem usar as instalações para suas atividades.


A segunda é buscar lugares do mundo onde há boas condições de treinamento, de intercâmbio e competições. O COB e as Confederações Brasileiras Olímpicas estão fazendo todos os esforços para criar situações para que os atletas consigam interagir, realizar intercâmbios para possibilitar que entrem em um nível de competição melhor do que estão hoje. Cada modalidade tem uma realidade diferente e o nosso objetivo é prover todas as condições para minimizar qualquer tipo de consequência.  A Missão Europa, que levou 238 atletas de 24 modalidades para treinar fora do país, foi um sucesso e inspira as ações atuais.


Dessa forma, acreditamos que os atletas chegarão bem preparados em Tóquio.


Foto em destaque: Divulgação/World Archery


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