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Nadador de Mianmar desiste dos Jogos Olímpicos em protesto contra golpe militar no país


Win Htet Oo, nadador de Mianmar, publicou uma carta nas redes sociais anunciando que deve desistir de participar dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020. O motivo da decisão do atleta é o golpe militar ocorrido no país.

O Golpe de Estado em Mianmar teve início em 1º de fevereiro deste ano, quando o presidente do país, Win Myint, e a Conselheira de Estado, Aung San Suu Kyi, foram detidos pelo exército do país entregando o poder para  Min Aung Hlaing, comandante-chefe das forças armadas do país. 

No texto da carta, o nadador afirma que o Comitê Olímpico de Mianmar (MOC) está sob controle do Ministério de Saúde e Esporte do país, que é regido por um militar indicado por Min Aung Hlaing. Para Oo, “o MOC é uma entidade fantoche de um governo militar que faz ataque aéreos sobre civis indefesos e ordena a morte de protestadores pacíficos”.


O golpe desencadeou uma série de manifestações no país, com alta repressão militar. De acordo com o Escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas, ao menos 707 pessoas foram mortas pelo exército birmanês. Entre as pessoas mortas nos ataques, está a atleta de Taekwondo, Ma Kyal Sin, de apenas 19 anos, que recebeu um tiro na cabeça durante um protesto pacífico. A jovem vestia uma camiseta escrito “Tudo ficará bem”, que virou um símbolo nas manifestações pelo país. 

O atleta cobrou um posicionamento do Comitê Olímpico Internacional (COI) sobre a situação do MOC, após receber uma correspondência do COI dizendo que o comitê nacional pretendia enviar uma equipe para Tóquio 2020. Para Win Htet Oo, o COI deveria não reconhecer a entidade esportiva de Mianmar. “Aceitar o MOC como é atualmente liderado é reconhecer a legitimidade de um regime assassino”, afirma o nadador.

Foto: Reprodução/Facebook

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