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Argélia domina Pré-Olímpico Africano de esgrima, mas Egito e Senegal também levam vagas para Tóquio 2020

Time argelino comemora classificação Algerian Fencers celebrate Tokyo Qualification


O primeiro dos quatro pré-olímpicos continentais de esgrima aconteceu nesta sexta-feira (23) em Cairo, no Egito. A Argélia, que não tinha esgrimistas classificados aos Jogos Olímpicos, dominou as competições e garantiu quatro vagas e Tóquio. Senegal conquistou sua primeira vaga e Egito levou a outra disputa, totalizando 11 atletas no esporte. Tunísia e Marrocos classificaram seis e um esgrimistas pelo ranking, mas não obtiveram vagas adicionais. 

Uma surpresa quase veio no florete masculino, com o cabo-verdiano Victor Alvares de Oliveira. Ocupando a modesta posição de 341 no ranking da Federação Internacional de Esgrima (FIE), ele ficou em segundo na fase de grupos, e superou o marroquino Amir El Rhazzouly na semifinal por 15 a 9. 


Na fase de grupos, ele havia vencido o argelino Salim Heroui por 5 a 2, mas na final levou a revanche, caindo por 15 a 10. Heroui, número 65 do mundo, era o grande favorito, especialmente depois que Jeremy Fafa Keryhuel, da Costa do Marfim (74º), machucou seu braço em treinamento durante a semana e não viajou para o Cairo. Pelo ranking, o Egito classificou sua equipe a Tunísia obteve uma vaga individual, com Mohamed Samandi. 



No florete feminino, competição com apenas três atletas, a argelina Meriem Mebaraki perdeu por 5 a 3 para a marroquina Youssra Zakarani (116ª) na poule única, mas na grande final, onde valia a vaga venceu por 15 a 10. A 64ª melhor do mundo, principal favorita da competição, garantiu mais uma vaga para a Argélia. Assim como no masculino, a equipe egípcia participará do torneio em Tóquio enquanto a tunisiana Ines Boubakri está classificada pelo individual.

A terceira vaga para a Argélia veio com Kaouther Mohamed Belkebir no sabre feminino, Principal favorita, ela perdeu dois jogos de poule para a nigeriana Blessing Olaode e Aya Dorothee Konan (sem ranking), da Costa do Marfim. Porém, Beklebir, número 77 do mundo guardou seu melhor jogo para a hora certa e venceu Konan por 15 a 9 na semifinal e Olaode, 103ª do mundo por 15 a 13 na grande final. A Tunísia garantiu nesta modalidade sua única vaga coletiva na esgrima, enquanto o Egito contará com uma atleta pelo ranking, Nada Hafez.

Pelo sabre masculino, o senegalês Babacar Sadikh Keita era o principal favorito e passou em primeiro na fase de grupos, mas o 70º do mundo foi derrotado pelo argelino Akram Bounabi, 102º do ranking da FIE, por 15 a 11 na final. O Egito participará do evento com sua equipe, enquanto o tunisiano  Fares Ferjani conquistou a vaga pelo ranking.

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Egito leva vaga extra e contará com 11 esgrimistas em Tóquio

A espada, única modalidade que não contará com países africanos nas disputas por equipes, contou com disputas mais acirradas. 

Mohamed El Sayed conquista vaga olímpica para Egito na Esgrima
Esgrimista egípcio em ação na Copa do Mundo de Kazan, em março - Foto: Reprodução/Instagram



Entre os homens, Mohamed El Sayed é o 59º melhor do mundo e apenas quarto melhor de seu país no ranking da FIE. Aos 19 anos, ele viu seu irmão mais velho, Ahmed El Sayed, de 22, levar o bronze na Copa do Mundo de Kazan e subir ao 25º lugar do ranking, mas ainda assim garantiu sua vaga na delegação egípcia e não fez por menos. 

Principal cabeça de chave, não disputou a fase de poules e estreou direto na semifinal, com vitória diante de Bedi Paul Alex Beurgre, da Costa do Marfim por 15 a 10. Na final, uma vitória mais tranquila ainda diante de Keletigui Julien Diabate, 125º melhor do mundo do Mali, poor 15 a 7. O marroquino Houssam Elkord será o outro africano no torneio.


Senegal leva única vaga na esgrima em vitória sobre sul-africana prejudicada em 2016

O Senegal conquistou sua primeira e única vaga na esgrima e com estilo. Ndeye Vinta Diongue, 54ª melhor do mundo foi a única que passou invicta pela fase de poules e levou a vaga em todo o torneio. Ela começou o dia vencendo suas partidas de grupo com certa facilidade e garantindo sua vaga com duas vitórias por 15 a 9: primeiro na semifinal, diante da principal favorita Sara Nounou, do Egito (51ª do mundo) e diante da sul-africana Juliana Barrett, 79ª do ranking, ambas por 15 a 9.

Ndeye Vinta Diongue senegal esgrima fencing
Esgrimista senegalesa comemora primeira vaga do país no esporte em Tóquio - Foto: Reprodução / Federação Senegalesa


Barrett desta vez não conseguiu na pista a vaga que lhe foi retirada por sua confederação em 2016.  A África do Sul recusou várias vagas obtidas por critérios continentais e também não enviou atletas para os pré-olímpicos regionais na preparação para os Jogos Olímpicos do Rio. Assim, Barrett foi negada sua vaga olímpica.

Barrett então processou Confederação dos Esportes e Comitê Olímpico Sul-Africano por cerca de 5,5 milhões de rands (pouco mais de 2,1 milhões de reais) em 2017  por danos ao não aceitar sua vaga olímpica no Rio de Janeiro. Em seguida ela ainda venceu uma briga judicial para que a SASCOC a incluísse em todos os times nas quais ela fosse selecionada, mas apenas a partir do fim de 2019, o órgão máximo esportivo da África do Sul alterou sua política e a deixou de fora dos Jogos Africanos de 2019.



Neste sábado (24) e domingo (25) acontece o pré-olímpico europeu de esgrima, em Madri (ESP), enquanto no domingo também rola a competição asiática, em Tashkent, capital do Uzbequistão. São José, na Costa Rica, recebe o torneio pan-americano que dará as últimas vagas olímpicas e contará com Athos Schwantes, Bia Bulcão, Bruno Pekelman, Karina Trois representando o Brasil.


Foto ao topo: Federação Argelina de Esgrima / Divulgação

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