Belarus nomeou na sexta-feira (26) Viktor Lukashenko, filho do presidente Alexander Lukashenko, para substituir seu pai no comando do Comitê Olímpico Nacional do país, depois que ambos foram proibidos de participar dos Jogos Olímpicos.
Alexander Lukashenko, que serviu como chefe do Comitê Olímpico Bielorrusso desde 1997, reivindicou seu sexto mandato presidencial em agosto do ano passado em uma votação que a oposição diz ter sido fraudada e marcada por violações.
O governante de 66 anos, que nega fraude eleitoral, foi acusado de orquestrar uma repressão massiva aos manifestantes que tomaram as ruas após a eleição contestada do ano passado, além de ter como alvo atletas de elite que apoiavam abertamente a oposição.
O Comitê Olímpico Internacional (COI) disse em dezembro do ano passado que a liderança do Comitê Olímpico da Bielorrússia "não protegeu adequadamente os atletas bielorrussos da discriminação política".
Proibiu Lukashenko e seu filho Viktor, primeiro vice-presidente do órgão olímpico nacional na época, de comparecer aos Jogos e os excluiu de todas as outras atividades do COI.
"O COI aguardará o relatório oficial sobre os resultados da eleição e os avaliará no devido tempo", disse o COI à agência de notícia Reuters em resposta a um pedido de comentário sobre a nomeação de Viktor Lukashenko.
Falando em uma reunião do órgão olímpico da Bielorrússia, Alexander Lukashenko disse que não planejava permanecer no comando do comitê por mais um mandato e sugeriu que seu filho Viktor, que também atua como assessor de segurança nacional, assumisse o cargo.
"Eu ainda não estarei muito longe para questões relacionadas ao esporte", disse a agência de notícias Belta, citando Alexander Lukashenko.
Alexander Lukashenko é um ávido fã de esportes e regularmente joga hóquei no gelo com altos funcionários do país e ocasionalmente com o presidente russo Vladimir Putin.
Belarus perdeu o direito no mês passado de co-sediar o campeonato mundial de hóquei no gelo deste ano devido a preocupações de segurança com a agitação política e a pandemia de COVID-19 por lá.
Foto: Nikolai Petrov/AP
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