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Ex-colhedor de café e servente de pedreiro, líbero Maique busca construir sua obra olímpica visando Tóquio




Quem vê as belas defesas de Maique, do Minas, não imagina que ele já suou muito a camisa bem longe das quadras. Se hoje o jogador de 23 anos se destaca como um dos melhores líberos do vôlei brasileiro, pouca gente sabe que ele já foi colhedor de café e servente de pedreiro em sua cidade, Santo Antônio do Amparo (MG).

“Minha infância foi muito boa, brincava na rua como qualquer outra criança, de pique bandeira, pega-pega. Mas isso foi até aos 10, 11 anos. Depois não tive muito tempo para brincar porque parte desse tempo eu dividia entre os estudos e o trabalho. Trabalhava com meu pai como servente de pedreiro carregando tijolos e nas férias ia com minha mãe para as lavouras de café ajudar na colheita. Mas foi uma infância maravilhosa. Tive o gostinho de ser criança, de aprontar, e também de ver e lidar com a realidade dos meus pais para colocar comida em casa. Saudades desses momentos”, disse Maique.

Por pouco o líbero do Minas não desistiu do sonho de se tornar jogador de vôlei, mas, no final, tudo deu certo. “O caminho é longo e difícil, mas não impossível. Basta acreditar no seu potencial e no seu trabalho do dia a dia”.

Nas estatísticas da Superliga, Maique ocupa o terceiro lugar na recepção. Após a sétima rodada do returno, ele tem 74% de eficiência, com 200 recepções perfeitas em 269 bolas recebidas. Atrás dele, na quarta posição, aparece Thales, do Taubaté, e principal “rival” na luta pela vaga na seleção brasileira.

“Acho que é uma disputa bem acirrada. Depende muito de momentos e de ambos os trabalhos. O Thales tem um trabalho excepcional e está na seleção faz tempo. Mas estou focado no meu presente, em terminar bem a Superliga, ser campeão com o Minas. Estamos trabalhando para buscar o título e tenho buscado evoluir cada vez mais. Uma convocação será consequência lá na frente do que estou fazendo agora”, afirmou Maique. Com a seleção brasileira adulta, o líbero fez parte das conquistas das medalhas de ouro na Copa do Mundo do Japão e do Sul-Americano, no Chile, ambos em 2019, e de prata no Campeonato Mundial 2018.


Foto: Wander Roberto/INOVAFOTO/CBV

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