Últimas Notícias

Letônia se oferece para sediar o Campeonato Mundial de Hóquei no Gelo caso Belarus seja destituída de ser co-anfitriã

 


O presidente da Federação Internacional de Hóquei no Gelo (IIHF), Rene Fasel, revelou que a Letônia fez uma oferta para sediar o Campeonato Mundial de 2021 por conta própria se a Belarus fosse destituída do status de co-anfitriã.

Em fala para à agencia estatal russa de notícias, a TASS, Fasel afirmou: "Recebemos uma oferta da Letônia. Eles disseram que estão prontos para receber 16 times em duas arenas em Riga."

A decisão é esperada após uma reunião do Conselho da FIHG no final de janeiro. Fasel ainda deu dicas sobre o que está por vir. "Acho que dentro de 5 a 10 dias haverá uma decisão sobre Minsk e precisemos realizar várias outras reuniões. Se cancelarmos Minsk, talvez outras federações venham até nós com uma proposta, isso também é possível", disse Fasel, também membro do Comitê Olímpico Internacional (COI).

Caso a Bielorrússia seja destituída, Dinamarca e Eslováquia se ofereceram para ser co-anfitriã. Porém, o presidente do país do leste europeu, Alexander Lukashenko, insistiu no início desta semana que "Faremos um belo evento esportivo em nosso país. Podemos fazê-lo sem a Letônia, se eles não quiserem".

Após a fala, a pressão aumentou desde que Fasel conheceu Lukashenko, que também lidera o Comitê Olímpico Nacional da Bielorrússia. Rene Fasel também foi fotografado em uma partida com o presidente da Federação de Hóquei no Gelo da Bielorrússia, Dmitry Baskov. As duas autoridades bielorrussas estão provisoriamente suspensas pelo COI e nenhuma delas pode entrar na Letônia.

Vale lembrar que Baskov também é objeto de uma investigação do FIHG) e é acusado de cumplicidade no assassinato do dissidente Raman Bandarenka, morto em novembro passado, quando foi ferido enquanto participava de um protesto pacífico.

O primeiro-ministro da Letônia, Krisjanis Karins, lançou dúvidas sobre a capacidade da Bielorrússia de continuar como co-anfitriã. “Quero dizer com clareza que, vendo o que está acontecendo na Bielo-Rússia, onde manifestantes pacíficos têm exigido eleições justas e abertas, mas a única reação das autoridades é a repressão brutal, não vejo a possibilidade de Minsk sediar o campeonato."

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas, acrescentou suas críticas às redes sociais: "Qualquer pessoa que leva a sério a solidariedade com a Bielorrússia não pode querer seriamente realizar um Campeonato Mundial de Hóquei no Gelo nesta situação.

Mass afirma ainda que manter o país como co-anfitrião "Seria o maior presente de relações públicas para Lukashenko e um sinal devastador para os manifestantes. Espero que os organizadores percebam isso.

A Nivea, uma das patrocinadoras do torneio sugeriu através de um post nas redes sociais que retiraria seu apoio caso a Bielorrússia permaneça como co-anfitriã. 

Enquanto isso, uma petição online da Change.org iniciada pela jogadora de hóquei no gelo bielorrussa Yulia Abasava, uma defensora do goleiro, já reivindicou cerca de 58.000 assinaturas após a viagem de Fasel a Minsk. 

 A petição pede que os membros do Conselho da IIHF retirem da Bielo-Rússia seus direitos de hospedagem quando se reunirem no final deste mês. 

A carta na integra

“Peço-lhe hoje que não feche os olhos ao fato de que o torneio está planejado para ser realizado no país comandado por um regime sangrento. Não comprometa o IIHF e o hóquei no gelo em geral perante a comunidade internacional. Se o regime sangrento de Lukashenko permanecer, muitas das pessoas presas ilegalmente serão condenadas e enviadas para as prisões antes do início do torneio. Nenhum torneio tem mais importância do que vidas humanas."

Se não houverem mudanças, o mundial está programado para começar em 21 de maio e Minsk deve receber oito equipes do Grupo A, incluindo os medalhistas de ouro olímpicos de 2018 da Rússia e da Suécia que conquistaram o título mundial naquele ano.

Foto: Belta.by

0 Comentários

.

APOIE O SURTO OLÍMPICO EM PARIS 2024

Sabia que você pode ajudar a enviar duas correspondentes do Surto Olímpico para cobrir os Jogos Olímpicos de Paris 2024? Faça um pix para surtoolimpico@gmail.com ou contribua com a nossa vaquinha pelo link : https://www.kickante.com.br/crowdfunding/ajude-o-surto-olimpico-a-ir-para-os-jogos-de-paris e nos ajude a levar as jornalistas Natália Oliveira e Laura Leme para cobrir os Jogos in loco!

Composto por cinco editores e sete colaboradores, o Surto Olímpico trabalha desde 2011 para ser uma referência ao público dos esportes olímpicos, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.

Apoie nosso trabalho! Contribua para a cobertura jornalística esportiva independente!

Digite e pressione Enter para pesquisar

Fechar