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Coluna Buzzer Beater - O que esperar dos brasileiros na temporada 2020/21 da NBA?

 


Dia 22 de dezembro começa uma nova temporada da NBA, que por conta da pandemia de covid-19, vai ser um pouco mais curta (72 jogos na temporada regular) e vai acabar em julho de 2021, para que a temporada seguinte enfim, comece no calendário tradicional da franquia. E a Liga americana de basquete trará 3 brasileiros: Raulzinho no Washington Wizards, Cristiano Felício e Bruno Caboclo no Houston Rockets. Mas o que esperar do trio nessa temporada?


Sem dúvida, o principal brasileiro que devemos observar é Raulzinho. O armador trocou o Philadelphia pelo Washington e vai ser o principal reserva de Russell Westbrook, trocado com John Wall. Bom defensor e com boa visão de jogo, Raulzinho vai ter que mudar o seu estilo ofensivo quando substituir Westbrook, sendo mais agressivo no ataque para a equipe da capital estadunidense não perca muito deu ritmo- O que já vimos parcialmente nas partidas de pré temporada, com Raulzinho tendo médias de 11 pontos nas 3 partidas disputadas. 


Em outras ocasiões, Raulzinho e Westbrook poderão até jogar juntos, dividindo as posses de bola e armações de jogada - dá até para fazer jogar os dois com Bradley Beal pra fazer um small ball. Com muitos minutos, será o maior desafio da carreira do brasileiro, o que poderá colocar definitivamente entre os bons Role players (coadjuvante, em tradução livre) da Liga


Bruno Caboclo vive uma incógnita no Houston Rockets. Após ser trocado para a franquia texana após boas atuações no Memphis, o ala foi pouquíssimo usado. Nova temporada, novo técnico, o Houston busca se encontrar e achar uma maneira de motivar James Harden - que está uma bolotinha no momento em que essa coluna foi feita - e com o fim do super smallball do Mike D'Antoni, Caboclo deverá ter mais minutos na posição 4- ou até na 3 - pivô é que não tem condições de Bruno jogar. 


Agora cabe a ele buscar repetir as boas atuações que teve em Memphis nos poucos minutos que terá - na pré-temporada foram até razoáveis 20 minutos de média nas 4 partidas disputadas - para assim aumentar sua importância na rotação e não ficar só esquentando o banco e entrando no último quarto quando a partida estiver decidida.


Cristiano Felício talvez seja o caso é o que mais preocupa. Ótimo protetor de aro, Felício não evoluiu o que esperava dele ofensivamente, o que deixa a torcida do (meu) Chicago Bulls bem chateada com sua já famosa falta de ímpeto ofensivo dele. Se mantiver poucos minutos em quadra com o novo técnico Billy Donovan, não sendo principal nome do garrafão na segunda unidade, vejo que será difícil que ele continue na equipe, podendo ser envolvido em alguma troca ou dispensado ao fim da temporada. 


O que ele precisa é justificar seu apelido de 'Brazilian Beast', mostrar que ele pode jogar com força e agressividade em todo o momento em que estiver em quadra, buscando rebotes, sendo ágil nos bloqueios e jogadas de pick and roll, e não só em alguns lampejos ocasionais, que foi visto nas últimas temporadas. Mas a julgar pelas partidas na pré-temporada, o seu futuro na cidade dos ventos não muito promissor. 


Em equipe que na teoria devem brigar pelo playoffs, os brasileiros Raulzinho, Caboclo e Felício terão temporadas cruciais em suas carreiras. A NBA tem ficado cada vez mais concorrida e impaciente com os que atuam na liga e não conseguem causar impacto imediato e a atuação deles na temporada será fundamental para que eles sigam na liga de maneira relevante e sejam aproveitados pelo técnico do Brasil Aleksandr Petrovic, que já demonstrou preocupação com os pouco minutos jogados pelo trio na NBA na última temporada, algo que precisa mudar nesta nova que se inicia. 


Fotos: montagem sobre imagens de divulgação

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