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Semenya leva batalha contra World Athletics ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos


Campeã olímpica dos 800m em Londres 2012, a sul-africana Caster Semenya levou sua luta contra a World Athletics para o Tribunal Europeu de Direitos Humanos. A entidade que comanda o atletismo quer que a corredora reduza obrigatoriamente seus níveis naturais de testosterona, ou deixe de competir em provas entre 400m e 1.500m, como exige o regulamento imposto desde 2018.

Semenya é considerada uma atleta com diferenças no desenvolvimento sexual (DSD) e produz naturalmente elevados níveis de testosterona. Com isso, a World Athletics quer que ela se submeta a alguma intervenção cirúrgica ou use medicamentos para a redução deste hormônio. 

Apesar de perder recursos no Tribunal Arbitral do Esporte (CAS) e no Tribunal Federal Suíço (SFT), Semenya segue prometendo que sempre lutará contra este tipo de regulamento. 

"Continuamos esperançosos de que a World Athletics veja o erro que cometeu e reverta as regras proibitivas que restringem a Sra. Semenya de competir", disse o advogado de Semenya, Greg Nott.

A entidade afirma constantemente que esse tipo de regulamento foi adotado para nivelar as competições. "A World Athletics sempre defendeu que seus regulamentos são legais e legítimos e que representam um meio justo, necessário e proporcional de garantir os direitos de todas as atletas femininas de participar em termos justos e iguais", disse o órgão em um comunicado após o caso parar na corte suíça. 

Mas em 2019 a Associação Médica Mundial aconselhou que profissionais da área não realizassem esses tipos de procedimento. 

"Achamos que é extremamente delicado que as regulamentações esportivas internacionais exijam que os médicos façam prescrições de medicamentos 'hormonalmente' ativos para atletas a fim de reduzir as condições normais de seus corpos", disse a associação. 

Semenya está se preparando para disputar os Jogos Olímpicos de Tóquio, adiados para 2021 e além de correr nos 800m, ela tem feito treinamentos em provas de 200m, que não são cobertas pelo regulamento hormonal da World Athletics. 

Foto: Athit Perawongmetha/Reuters

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