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Por Onde andam: Os jogadores de Brasil e Cuba, final do mundial do vôlei masculino de 2010




Em 10 de outubro de 2010, a seleção brasileira de vôlei masculino se tornava tricampeã mundial de forma consecutiva em uma final contra a seleção de Cuba, que tinha uma jovem geração de alto nível, que ficou conhecida na ilha caribenha como a 'Geração do milagre'.


O Brasil foi aos trancos e barrancos na final. Era um um grupo renovado, que sofreu os com problemas médicos com o levantador Marlon- o que acabou fazendo Bruninho despontar como titular -, e a polêmica toda do 'jogo da vergonha' contra a Bulgária onde as duas equipes jogaram para perder para poder enfrentar adversários mais fracos na próxima fase - que o Brasil conseguiu fazendo, perdendo o jogo com o oposto Theo improvisado de levantador. 


O Brasil tinha sido derrotado por Cuba na primeira fase, partida esta que acionou o radar de que os cubanos poderiam ir longe no campeonato. Mas no reencontro contra o Brasil, a juventude cubana pesou e o Brasil venceu por fáceis 3 a 0 (25/22,25/14 e 25/22), o terceiro e último título mundial do Brasil, que ainda esteve presente nas finais de 2014 e 2018, mas saiu derrotado para a Polônia duas vezes.


E que os jogadores presentes naquela final estão fazendo 10 anos depois? Muitos ainda jogam, outros encerraram a carreira e outros ficamos sem informação mesmo (se você souber, pode nos ajudar a completar). Confira abaixo:


Brasil



1 - Bruninho - levantador reserva, Bruninho aproveitou a chance que teve com a lesão de Marlon e assumiu a titularidade da equipe, que não perdeu durante esses dez anos, se tornando o capitão da equipe após a aposentadoria de Serginho da seleção após a Rio 2016. Foi prata em Londres , ouro no Rio de Janeiro e vice mundial em 2014 e 2018. Atualmente joga no Taubaté e é um dos líderes da seleção que se classificou para os Jogos olímpicos de Tóquio que acontecerão em 2021.


4 - Alan - Um dos líberos chamados para substituir o contundido Serginho, Alan Revezou com Mário Júnior pela titularidade da equipe. Acabou não ficando no grupo que foi a Londres e sua última grande conquista com a seleção foi o vice da Liga mundial em 2013. Continuou jogando regularmente e sua última equipe foi o Fonte do Bastardo de Portugal na temporada 2019/2020. Atualmente está sem clube 


5 - Sidão - Após o título mundial em 2010, o central esteve em Londres e no mundial de 2014, onde ficou com a prata em ambas as competições. Deixou de ser chamado pela seleção e seguiu carreira nos clubes. Autuou no SESI-SP na temporada 2019/20 interrompida pela pandemia de covid-19 e encerrou a carreira aos 38 anos para ficar com a esposa  Dani Lins - que atua no SESI - e a filha do casal, de dois anos de idade.  


6 - Leandro Vissotto - Um dos principais jogadores da conquista do tri mundial, Vissotto foi prata em Londres 2012 e após o vice mundial em 2014, deixou de ser chamado para a seleção. Mas ele continuou jogando regularmente e atualmente joga no Campinas/Vôlei Renata aos 37 anos.


7 - Giba - Reserva na conquista do tri mundial, Giba se despediu da seleção com a prata em Londres 2012. Se despediu das quadras em 2014 e atualmente trabalha na Federação internacional de voleibol (FIVB) e mora na Polônia.


8 - Murilo - Craque do time, Murilo foi eleito melhor jogador do mundial de 2010, Murilo foi prata em Londres 2012 e ficou de fora da rio 2016. Após  sofrer com lesões, se reencontrou na posição de líbero, função que exerce no SESI-SP


9 - Theo - Oposto que ficou marcado  ter sido improvisado de levantador do polêmico jogo entre Brasil x Bulgária, Theo não teve muitas oportunidades com a seleção novamente, tendo como últimos grandes resultados  pelo Brasil os vices da Liga Mundial em 2011 e 2014. Theo continua em atividade e joga desde de 2018 no Benfica.


12- João Paulo Tavares - Após 2010, o ponteiro não teve mais chances na seleção e jogou em clubes do Brasil, Itália e Japão. Se aposentou em 2015, mas dois anos depois voltou às quadras para jogar por Ribeirão Preto e Campinas/Vôlei Renata antes de encerrar a carreira definitivamente em 2019.


13- João Paulo Bravo - Outro que não teve muitas oportunidades após o título mundial de 2010 com 2011 sendo seu último ano na seleção principal. rodou por alguns clubes e na Turquia se reencontrou na posição de líbero, onde joga até hoje aos 41 anos. Atualmente ele joga no Arkas Spor Izmir.


14 - Rodrigão - Um dos líderes daquele time, o campeão olímpico em Atenas foi ao lado de Giba e Dante, um dos que estiveram presentes nas três conquistas mundiais do Brasil. Rodrigão foi prata em 2012 e depois se despediu da seleção, jogando até 2014 nas quadras. Após disputar um breve período no vôlei de praia. Atualmente trabalha como técnico do Santos Praia Grande. 


16 - Lucão - O central virou um dos pilares do Brasil após o mundial e é o lado de Bruninho, um dos nomes experientes da seleção brasileira. Foi prata em Londres e ouro no Rio de Janeiro e vice-mundial mais duas vezes em 2014 e 2018. Se tudo correr bem estará na olimpíada de Tóquio. Atualmente joga no Taubaté. 


17 - Marlon - Era o levantador titular no início do mundial, mas uma colite aguda o fez atuar muito pouco na conquista, o que acabou consolidando Bruninho entre os titulares. Esteve presente na seleção até 2011, e quando ficou de fora do grupo que foi aos Jogos de Londres, se aposentou da seleção. Jogou na Rússia por 3 anos e depois voltou ao Brasil. Aos 43 anos, jogará no Vôlei Campos na temporada 2020/2021 da Superliga C 


18 - Dante - O terceiro remanescente dos títulos mundiais de 2002 e 2006, Dante foi aos Jogos de Londres e ficou com a medalha de prata. o brasileiro continuou jogando até 2018 e depois virou dirigente do vôlei Anápolis, que disputa a Superliga B


19 - Mario Júnior - Líbero que era considerado o 'reserva' de Serginho por muitos anos foi o titula rem boa parte dos jogos no mundial. Após os jogos de Londres, Mário Júnior virou o titular da posição e foi vice da Liga Mundial em 2013 e 2014 e vice mundial em 2014. Em 2015 Serginho voltou e Mário Júnior não foi mais aproveitado. Continuou jogando em clubes e encerrou a carreira em 2019. Agora ele é empresário e dono de barbearia em Bocaíuva- MG



Cuba



1- Wilfredo Leon - Joia cubana e ao lado de Leal e Simon, um dos líderes da 'Geração do Milagre' cubana. Tinha 17 anos na época do mundial e e defendeu a seleção cubana até 2013. Em 2015, estava liberado para jogar no exterior e ganhou a cidadania polonesa, expressando o desejo de jogar pela seleção do país, o que só aconteceu em 2019. Deverá estar na olimpíada de Tóquio com a Polônia, atual bicampeã mundial (2014 e 2018).


4 - Yoandy Leal - Outro craque daquele time, Leal veio jogar no Brasil em 2012 - após cumprir o período de 2 anos sem atuar imposto para a federação cubana de vôlei para liberá-lo -  e rapidamente virou ídolo do Sada Cruzeiro, em 2015 ganhou cidadania brasileira e em 2017 iniciou o processo de naturalização para jogar pela seleção. Em 2019 ele foi autorizado a competir pelo Brasil - primeiro jogador naturalizado da seleção - e rapidamente se tornou um dos principais jogadores da equipe de Renan Dal Zotto. Deverá estar na olimpíada de Tóquio representando o Brasil.


6 - Keibel Gutierrez - O líbero da seleção cubana foi um dos que não desertaram e seguiram defendendo a seleção cubana até 2015, quando se aposentou aos 28 anos.


7 - Osmany Camejo - Um dos mais experientes de Cuba naquela final também esteve presente na seleção cubana até 2012. Mas não representou nenhuma seleção posteriormente. Atualmente está em atividade aos 37 anos e joga no voleibol da Indonésia.


8 - Rolando Cepeda - Único dos grandes craques que permaneceu defendendo a seleção cubana, Cepeda acabou se envolvendo em um caso de estupro na Finlândia durante a Liga Mundial de 2016, onde ele e mais 3 jogadores foram condenados a 5 anos de prisão. Mas ele conseguiu um acordo e cumpriu 2 anos e meio da pena, voltando a jogar em 2018 na Turquia, onde está até hoje atuando, aos 32 anos.


11 - Rafael Ortiz - Presente na seleção cubana até 2012, não foram encontradas informações sobre a carreira de Ortiz após esse período.


12 - Yenry Bell - Mai experiente da equipe, Bell jogou pela seleção de Cuba até 2012, sendo mais outro a rumar para outro país para jogar profissionalmente. Jogou na rússia, Turquia, Indonésia e hoje aos 39 anos defende o Maccabi Tel Aviv de Israel. 


13 - Robertlandy Simon - O central era capitão da seleção cubana na final do mundial e foi eleito o melhor bloqueador do campeonato. Após o vice-campeonato foi um dos primeiros a migrar para outros países. Tentou se naturalizar canadense, brasileiro - onde fez muito sucesso no Sada Cruzeiro ao lado de Leal, que foi o escolhido pelo Brasil, já que cada seleção só pode ter um jogador naturalizado - e búlgaro, e enfim voltou para tentar ajudar Cuba  em 2019 - que já aceita jogadores que atuam no exterior para sua seleção -  a se classificar para os jogos olímpicos de Tóquio, mas não foi bem sucedido. Agora, aos 33 anos, ele atua no voleibol italiano e pretende levar Cuba para os jogos de Paris 2024.


14- Raydel Hierruzuelo - Levantador daquela seleção, Hierruzuelo foi outro jogador que saiu da seleção cubana em 2012, mas retornou- com autorização de Cuba - em 2019 para tentar levar a seleção para os Jogos de Tóquio, sem sucesso. Atualmente Raydel tem 33 anos e joga no Piacenza da Itália. 


16 - Isbel Mesa - O central foi cubano foi outro a se apresentar no vôlei brasileiro em 2016 no Taubaté e e Montes Claros, após atuar pela seleção cubana até 2014. jogou no país até 2019 e em 2019/2020 atuou no voleibol do Egito. Nessa temporada está no voleibol francês, no Amiens.


18  Yosmandy Díaz - Levantador reserva no mundial, manteve essa condição até 2012 na seleção e depois não foram encontradas mais informações sobre esse jogador.


19 - Fernando Hernandéz - Outro jogador que ficou na seleção cubana até 2012. Depois rodou jogando em clubes do Japão, Itália e Turquia, onde joga atualmente aos 31 anos.


Fotos: FIVB/Divulgação

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