O Japão vai permitir a entrada em seu território de atletas estrangeiros durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio no meio do ano que vem, desde que eles cumpram uma série de requisitos para evitar a disseminação do coronavírus.
De acordo com a agência Kyodo News, a informação foi confirmada por um painel do governo nesta quarta-feira. O painel, formado por políticos e membros do Comitê Organizador dos Jogos, concordou que aqueles que atendam a certos critérios terão livre permissão para entrar no Japão, mesmo se o país de onde vier estiver proibido de realizar viagens para o país-sede, por conta da pandemia.
Para participar desse "programa", os atletas deverão apresentar resultados negativos para a Covid-19 antes e depois de entrar em território japonês. Além disso, devem consentir e obedecer as restrições impostas pelo governo local.
Outra aprovação do painel foi que os esportistas não precisarão passar pela quarentena de 14 dias exigido para viajantes estrangeiros ao chegarem no Japão, desde que cumpram todas as medidas preventivas. Um dos itens especificados nessa lista de "medidas preventivas" é que os atletas deverão ter um aplicativo de rastreamento em seus smartphones.
Yoshiside Suga e Thomas Bach realizam primeiro contato formal
Também nesta quarta-feira, o primeiro-ministro japonês, Yoshiside Suga, e o presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), Thomas Bach, conversaram cerca de 15 minutos por meio de uma ligação telefônica e discutiram propostas acerca da Olimpíada de Tóquio. Eles concordaram em trabalhar juntos para que o megaevento seja um sucesso, segundo a Kyodo.
Bach e Suga concordaram em promover a segurança durante os Jogos, para proteger os atletas e os espectadores. O premier japonês assegurou que seu governo está trabalho firme para conter a pandemia do coronavírus e está se comunicando com Tóquio para também manter a cidade-sede sob controle, almejando um sucesso da Olimpíada no próximo ano.
Vale lembrar que, por conta da crise sanitária, o COI e o Comitê Organizador dos Jogos de Tóquio concordaram em simplificar o megaevento para reduzir os custos gerados pelo adiamento e garantir a segurança dos envolvidos. Há a expectativa de que as duas partes consigam acertar alguns itens específicos referentes à redução de gastos ainda neste mês, como número de pessoas envolvidas nos eventos e cerimônias.
Foto de capa: Kiyoshi Ota/Bloomberg
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