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CBV usa termo racista para condenar protesto de 'fora Bolsonaro' de Carol Solberg

Carol Solberg  e Talita em comemoração do bronze na primeira etapa do Circuito Brasileiro

A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) não gostou nada do protesto apresentado por Carol Solberg após garantir a medalha de bronze na primeira etapa do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia, terminado neste domingo (20). A jogadora de vôlei de praia gritou "fora Bolsonaro" em transmissão ao vivo do SporTV e recebeu uma nota de repúdio da CBV criticando sua atitude.


"A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), vem, através desta, expressar de forma veemente o seu repúdio sobre a utilização dos eventos organizados pela entidade para realização de quaisquer manifestações de cunho político", diz a nota.


Segundo a entidade, o ato de Carol "não condiz com a atitude ética que os atletas devem sempre zelar" e continuou, afirmando que a etapa de abertura do Circuito Brasileiro, em meio à pandemia, "foi manchada por um ato totalmente impensado praticado pela referida atleta".


Em um tom de censura, a CBV disse que tomará medidas cabíveis para que atos não voltem a acontecer. O uso do termo racista "denegrir" também foi apresentado no texto, um verbo que tem sua definição como "fazer ficar mais negro; tornar mais escuro", mas que é amplamente usado no sentido figurado de "manchar a reputação de; difamar".



Em entrevista ao blog Olhar Olímpico, Carol Solberg disse que a decisão estava engasgada na garganta. "Tá engasgado esse grito. Me sinto, como atleta, na obrigação de me posicionar", disse.


Essa não é a primeira vez que um atleta de vôlei se posiciona. No ano passado, no Mundial de vôlei masculino, Wallace e Mauricio Souza tiraram fotos com o número 17 formado nas mãos. O ato foi repudiado na época pela CBV, mas com um tom bem mais ameno, dizendo acreditar na "liberdade de expressão".


"A CBV repudia qualquer tipo de manifestação discriminatória, seja em qualquer esfera, e também não compactua com manifestação política. Porém, a entidade acredita na liberdade de expressão e, por isso, não se permite controlar as redes sociais pessoais dos atletas, componentes das comissões técnicas e funcionários da casa. Neste momento, a gestão da seleção irá tomar providências para não permitir que aconteçam manifestações coletivas", disse na época.


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Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV

1 Comentários

  1. A manifestação de apoio de Wallace a Bolsonaro, com a camisa da seleção brasileira, foi incoveniente, na minha opinião. A manifestação da Solberg, em redes sociais, não merece qualquer crítica. Se foi em evento da CBV, aplicando o mesmo raciocínio, foi incoveniente também. Essa é a minha opinião. Manifestação política deve ser feita de forma privada. Quando representamos uma empresa ou um grupo, não devemos manifestar esse tipo de opinião.

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