A Pride House Tokyo Legacy, um centro de informações e conscientização ligado a comunidade LGBTQ+ (que engloba lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, entre outras orientações sexuais e identidades de gênero) deverá abrir suas portas no próximo mês, antes mesmo da realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio, reagendados para 2021. O movimento faz parte de um dos legados que serão deixados para o país após as Olimpíadas.
A instalação estará disponível para uso gratuito e contará com materiais para pessoas LGBTQ+ bem como espaço para aconselhamento. O local tem como data provisória de inauguração o dia 11 de outubro, no bairro de Shinjuku, na capital japonesa.
"Decidimos abri-lo mais cedo depois que algumas pessoas nos disseram que é difícil passar um tempo dentro de casa com uma família que não te entende", disse Gon Matsunaka, chefe do Pride House Tokyo Consortium."Queremos fazer deste um lugar para esses jovens".
O novo centro foi reconhecido como um "programa oficial Tóquio 2020" e permanecerá no local mesmo após o término dos Jogos Olímpicos.
"Isso permitirá que mais pessoas saibam sobre a importância da diversidade", disse Shiho Shimoyamada, uma jogadora de futebol feminino de 25 anos que faz parte do consórcio.
O Japão, mesmo considerado um país progressista na luta LGBTQ+, ainda não reconhece o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A adoção de crianças por esses casais também é liberada na nação.
A Pride House
O movimento foi lançado durante os Jogos Olímpicos de Inverno de Vancouver, em 2010, por organizadores locais sem fins lucrativos. Eles tinham como intuito promover a existência de grupos de acolhimento LGBTQ+, bem como aproveitar a oportunidade de conscientizar as pessoas em relação à comunidade.
Desde então, a única edição de Olimpíada que não ganhou uma Pride House, foi Sochi 2014. O Ministério de Justiça da Rússia anulou o projeto, devido as leis anti-LGBTQ+ que existem no país.
Foto: Reprodução
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