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Atletas paralímpicos seguem motivados para Tóquio 2020 e direção técnica aponta principais desafios para os Jogos


O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)  organizou uma live no último dia 26 que teve como tema os Jogos Paralímpicos de Tóquio, adiados para o ano que vem devido à pandemia do Covid-19, e no bate-papo atletas e diretor técnico contaram suas expectativas para o maior evento paradesportivo do planeta na capital japonesa. 

Participaram da transmissão o velocista Petrúcio Ferreira, o mesa-tenista Paulo Salmin, a taekwondista Silvana Fernandes e o diretor técnico do CPB, Alberto Martins. 

Os atletas continuam otimistas quanto as suas participações na capital japonesa e acreditam que ganharam mais tempo para se preparem para os Jogos. “As expectativas são sempre as melhores. Eu vi o lado positivo do adiamento, a gente ganhou mais um ano para se preparar, para treinar mais forte e conseguir um resultado melhor”, disse a taekwondista Silvana Fernandes, campeã parapan-americana na categoria até 58kg. 

Já o mesa-tenista Paulo Salmin, dono de uma das vagas nominais do Brasil na modalidade, acredita que o nível do evento será o mais alto da história. “Eu acredito que esses Jogos Paralímpicos terão um nível altíssimo. O esporte paralímpico se profissionalizou muito nos últimos anos e aumenta cada vez mais. Essa será minha terceira Paralimpíadas, participei de Londres 2012 e Rio 2016, mas é a que estou na melhor fase da minha carreira, estou jogando o melhor tênis de mesa da minha vida. O sonho, a expectativa, a vontade foram adiados, mas continuam fortes”, comentou. 

No início do isolamento social, o velocista Petrucio Ferreira foi para o interior da Paraíba para ter mais espaço para treinar em casa e quando os treinos em pistas forem liberados em João Pessoa o desafio será o inverso. 

“O sonho continua, e o objetivo maior para nós, atletas, é estar nessa competição e dar o nosso melhor. Eu estava em um ótimo pique no ano passado, tivemos esse imprevisto esse ano, mas o trabalho continua para retomar de onde eu parei. Eu parei de treinar em pista de borracha, adaptei os treinos em casa, no interior, e quando for possível retornarei à pista. Daí virá o desafio de me readaptar. Acredito que vou sentir o impacto, a diferença entre chão de terra e pista, mas faz parte”, relatou o campeão paralímpico e mundial dos 100m na classe T47. 

Para o diretor técnico do CPB e chefe da missão brasileira em Tóquio, o Brasil está em seu mais alto rendimento para uma edição dos Jogos Paralímpicos, inclusive nas modalidades estreantes. 

“As expectativas não mudaram, foram adiadas. Fundamentado nos resultados que nós tivemos nos Mundiais e torneios como o Parapan no ano passado, eu acredito que essa edição dos Jogos fosse a que o Brasil mais estivesse preparado. No parataekwondo, o Brasil teve resultados muito bons em todas as competições que participou e isso nos deixa com uma boa expectativa para a estreia da modalidade”, contou o diretor técnico. 

Alberto Martins também ressaltou os impactos psicológicos da pandemia nos atletas, principalmente em comparação ao resto do mundo. ”Já temos competições acontecendo na Europa e atletas batendo recorde mundial. Os nossos atletas estão querendo tudo também e a gente precisa acalmá-los, orientá-los porque não adianta a gente fazer agora e não poder ir para Tóquio. Os cenários são diferentes ao redor do mundo e isso eu acho que vai o maior desafio para o comitê organizador, internacional e para os países porque cada um vai estar em nível da pandemia, um nível de preparação”, finalizou.

Foto: Divulgação

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