O presidente do Comite Olímpico Internacional, Thomas Bach e seu colega, Yamashita Yasuhiro, presidente do Comitê Olímpico do Japão (JOC), conversaram nesta semana sobre formas de combater o abuso e o assédio dentro do esporte japonês.
A discussão surge pouco dias após a divulgação do relatório "Fui atingido tantas vezes que não posso contar: abuso de crianças atletas no Japão", que documentou como os jovens atletas do país são frequentemente colocados em situações de abuso físico, verbal e sexual. O relatório diz que alguns chegaram a tirar suas próprias vidas.
Para lutar contra esses casos e preservar a integridade das crianças governantes do Japão estabeleceram em 2019 o Código de Governança para Organizações Esportivas, que entrará em vigor ainda neste ano. Tais regras estipulam que tanto treinadores como os jovens atletas deverão receber educação em conformidade, incluindo sobre temas como assédio e abuso.
Com isso, o JOC, a Japan Sports Association e a japonesa ParaSports Association estão fazendo o monitoramento dos órgãos governamentais para todos entrem em conformidade com o código. O Comitê Olímpico do país se comprometeu a tomar ações para combater o abuso no esporte nacional, segundo Yasuhiro.
Bach prometeu que especialistas na área de proteção de atletas estariam disponíveis para ajudar no combate ao abuso. Toda a entidade concordou em trabalhar de forma conjunta em apoio aos comitês olímpicos nacionais.
Aproximadamente 300 treinadores e atletas já foram capacitados pelo JOC com as sessões do curso de conformidade e integridade da organização.
Após a publicação do relatório, a Human Rights exigiu que o Japão tomasse uma pedida "decisiva" para cessar casos de abuso dentro do esporte nacional.
Tais casos já haviam sido relatados muito antes desta documentação. Após as Olimpíadas de Londres 2012, o ex-treinador da seleção feminina de judô, Ryuji Sonoda, foi acusado de agressão e assédio contra 15 atletas.
Foto: COI/Christophe Moratal
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