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Oficiais de Los Angeles 2028 solicitam permissão para protestos de atletas


Os organizadores das Olimpíadas de Los Angeles em 2028 pediram aos líderes do Comitê Olímpico Internacional (COI) uma mudança nas regras da Carta Olímpica que permitisse aos atletas protestar contra atos de racismo.

Para isso, o presidente do Comitê Organizador de Los Angeles 2028, Casey Wasserman escreveu uma carta que foi entregue ao presidente do COI, Thomas Bach, no fim de junho. Com críticas ao atual formato das regras e a forma de interpretar um tipo de posicionamento, o chefe do Comitê registou:

"O desporto não é separado ou livre de racismo; é um microcosmo do nosso mundo onde o racismo existe", escreveu Wasserman. "Peço-vos que permitam e encorajem os atletas a defenderem-se contra o racismo onde quer que possam, incluindo dentro e fora do campo de jogo", disparou. 

A discussão pelo direito de protestar em eventos esportivos ganhou mais força após a morte de George Floyd, uma pessoa negra, sob custódia de um policial branco, que ajoelhou-se sobre seu pescoço. Essa pressão durou por quase dez minutos e resultou no óbito do ex-segurança. 

Atletas de diversas modalidades foram às ruas mesmo durante a pandemia, para manifestar a indignação diante tantos casos de racismo nos Estados Unidos, assim como em todo o mundo. 

A NBA, liga norte-americana de basquete, que retomou as atividades na última quinta-feira (30), está permitindo e incentivando seus atletas a participarem dessa batalha pela busca da igualdade e respeito.

Wasserman também condenou em sua carta os atos racistas e ressaltou a importância de dar voz aos atletas diante a luta contra os preconceitos. "Ser anti-racista não é político. Ser anti-racista é central para os nossos princípios humanos fundamentais e, portanto, uma encarnação de tudo o que os Jogos Olímpicos simbolizam".

A Regra 50 da Carta Olímpica declara que: "Nenhum tipo de manifestação ou propaganda política, religiosa ou racial é permitido em quaisquer locais, recintos ou outras áreas olímpicas". Também são proibidos sinais, faixas e gestos como ajoelhar-se ou não cumprir com os protocolos rigorosos durante a cerimônia do pódio. 

"Cabe a todos nós decretar a mudança e criar um futuro que queremos ver. Estou a contar com a sua liderança para tomar a decisão certa", finalizou Wasserman na carta, que foi enviada dia 19 de junho, data em que é comemorada o fim da escravatura nos Estados Unidos. 

Clique aqui para ler a Regra 50 na íntegra (em inglês). 

Foto: COI/Christophe Moratal

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