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Finalista de Roland Garros 2005, Mariano Puerta admite ter mentido para ter pena por doping reduzida


Flagrado no exame antidoping quatro meses depois de perder a final de Roland Garros em 2005, o ex-tenista argentino Mariano Puerta, aos 41 anos, alega ter mentido para a Corte Arbitral do Esporte (CAS) para ter sua pena reduzida. 

A ocasião marcava a segunda vez em que o ex-atleta testava positivo para uma substância proibida. Em 2003 ele foi suspenso pela primeira vez, após ser pego pelo uso de um esteroide anabolizante, ficando fora do esporte por nove meses, voltando apenas em 2004. 

Mas em 2005, tornou-se reincidente, ao ser detectado com etilefrina, um estimulante cardiorrespiratório. Por ter sido flagrado pela segunda vez, Puerta recebeu uma punição de oito anos da ITF. 

O caso foi ao CAS, que reduziu a pena para dois anos, devido uma estratégia de defesa com alegações falsas, esmiuçada durante uma entrevista cedida ao jornal argentino La Nacion, no início da semana. "A explicação que usamos como estratégia foi uma mentira", declarou Puerta. 

Puerta disse ao CAS que a substância era proveniente de um copo em que ele bebeu água e que anteriormente havia sido utilizado por sua esposa para tomar um medicamento contra cólicas menstruais que continha a etilefrina. De acordo com seus advogados, essa era a melhor saída na busca pela redução na pena, uma vez que qualquer outra "desculpa" não seria suficiente por ele ser reincidente. 

“Não tirei nenhuma vantagem esportiva. Não quero ser visto como um enganador”, disparou o argentino. 

A história real, revelada pelo ex-tenista durante a entrevista, é que as pílulas que tinham a substância proibida em sua composição, foram feitas por um amigo de seu preparador físico na época, Dario Lecman. “Eu nunca conheci a pessoa que fez as pílulas, nunca soube seu nome, ninguém da família queria saber”, reiterou Puerta.

"Não podíamos fazer nada porque as pílulas foram adquiridas, não sei como explicaria isso, não de forma legal. Meus advogados não acharam uma boa ideia dizer o que aconteceu".

Puerta afirmou ainda que o advogado Eduardo Moliné O'Connor apresentou sua defesa, conquistando a redução na pena de oito para dois anos.

O'Connor, que morreu em 2014, já teve um cargo no Supremo Tribunal de Justiça da Argentina e foi membro do CAS de 1998 a 2006.

Após seus dois anos de suspensão, Puerta voltou ao tênis, em 2007, mas sem obter o mesmo sucesso de quando chegou à final do Grand Slam parisiense, perdendo para Rafael Nadal. Em 2009 o argentino se aposentou. 

Foto: Reprodução

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