A Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) se pronunciou após a reportagem do programa 'Esporte Espetacular", da TV Globo, que tornou pública uma auditoria feita pelo Clube Pinheiros sobre relatos de assédio moral e racismo cometidos por atletas da instituição. Em nota ao globoesporte.com, a entidade afirmou que já pediu esclarecimentos ao clube e tomará medidas cabíveis quando necessário.
"A CBG é absolutamente intolerante e repudia todo e qualquer tipo de assédio e de preconceito. A entidade possui um Programa Permanente de Ética e Integridade justamente para combater o assédio moral, racismo, doping e demais práticas nocivas à dignidade humana. Em suas ações, a Confederação constantemente orienta toda a comunidade gímnica a encaminhar denúncias. Há no site da CBG uma área especialmente reservada para acolhê-las, com posterior análise e providências", escreveu a entidade.
Dos cinco treinadores citados na auditoria, três - Hilton Dichelli, Cristiano Albino e Danilo Bornea - já serviram ou servem a seleção adulta de ginástica. As medidas podem variar conforme a análise, com instauração de inquérito pela CBG ou encaminhando ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) - os dois órgãos são independentes da confederação.
As ocorrências da auditoria relatam, do período de 2013 até 2019, com dezesseis atletas sendo ouvidos, com relatos de abuso verbal, sem citar o nome dos ginastas para manter o anonimato dos atletas. O relatório também identificou assédio moral com a ginasta Jackelyne Silva, que morreu em janeiro de 2019 aos 17 anos vítima de infecção pulmonar, e com Ângelo Assumpção, que defendeu o clube por 16 anos e foi demitido em novembro de 2019.
"Estamos sempre monitorando e falando dos temas com nossas seleções e estimulando denúncias. O aspecto educacional tem sido a melhor forma de prevenção porém contamos com estruturas internas e órgãos judicantes para investigar, processar e se necessário punir, conforme noticiado na matéria", finalizou a nota da confederação.
Foto: Divulgação
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