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Arqueiros Paralímpico e Olímpico contam em live como treinam em casa durante isolamento social e relembram competições


Os arqueiros Jane Karla e Bernardo Oliveira conversaram na última sexta-feira, 31, em uma live de do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e  sobre as diferenças da modalidade e treinamento durante o isolamento social. 

Os atletas contaram como têm realizado os treinos durante o isolamento social devido à pandemia do Covid-19. A goiana Jane Karla mora em Portugal e relatou como fez para adaptar os treinamentos. 

“No início de março, finalizei a parte indoor e logo depois fechou tudo. Improvisei um cantinho em casa para treinar a técnica, fui de 50m a 5m. Aqui é uma família de atletas, a minha filha também é atleta, do tênis de mesa, e está classificada para Tóquio também. Estamos animadas! Fico triste que aqui não temos espaço para colocar uma mesa aqui para ela”, contou Jane, mãe de Lethícia Lacerda do tênis de mesa. 

Os planejamentos de treino e competições de Bernardo também foram totalmente alterados e o atleta precisou recorrer às instalações na chácara do pai para continuar treinando. “Eu saí de casa no meio de março para treinamentos e competições, um mês fora. Quatro dias depois, eu estava em casa de novo, todas as competições foram canceladas. Meu pai se mudou para uma chácara no ano passado e a gente já tinha pensado em um espaço para eu treinar. Depois que fechou tudo, finalizamos as coisas e eu tenho a sorte de poder treinar nos 70m certinho”, relatou o atual campeão sul-americano. 

Os atletas explicaram também as principais diferenças entre o tiro com arco olímpico e o paralímpico. 

“Nos Jogos Olímpicos não há o arco composto, enquanto nas Paralimpíadas, sim. A distância do alvo muda por causa do tipo de arco, vai de 70m que é do recurvo para 50m que é a distância do composto. Eu acho muito legal que no tiro com arco os atletas paralímpicos competem nas Olimpíadas”, explicou Bernardo. 

Jane aproveitou o bate-papo para perguntar a Bernardo sobre a experiência da disputa chamada de “flecha da morte” nas quartas de finais nos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019. “Flecha da morte” acontece quando os atletas estão empatados e utilizam uma única flecha para desempatar o duelo. O atleta que fizer a maior pontuação, chegar o mais próximo do 10 (alvo), vence. 

“O combate era contra um atleta americano, top 10 ou 15, estava cinco a um para ele. Quem faz seis, ganha. Ele estava em uma posição muito confortável, se ele fizesse um nove ganhava e ele fez um oito. No último set, eu atirei muito bem e ele não conseguiu acompanhar e fomos para a flecha de morte. O técnico da Seleção me falou para eu limpar minha mente e fazer o meu, ele fez um nove. A minha mira estava no nove, quando a flecha saiu eu vi que foi bom e saiu no 10. Foi muito legal vencer dele!”, relatou Bernardo, que ficou em quarto lugar no Pan-Americano de Lima 2019. 

Jane também teve uma experiência recente com a “flecha da morte”, em 2018. 

“Foi em uma competição que eu fechei em terceiro lugar no ranking. Ela estava na frente, mas eu fui encostamos e empatamos. Fomos para a flecha de morte e a minha foi bem na mosca, no 10”, relatou a arqueira que teve poliomielite aos três anos.

Foto: CPB/MPIX

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