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"Nosso objetivo é ser o melhor time da América do Sul", afirma ponteira colombiana Margarita Martinez


O Brasil domina o voleibol feminino na América do Sul há mais de duas décadas. Desde o título peruano em 1993, ninguém "amedronta" a seleção brasileira no continente. Mas, se depender da ponta colombiana Margarita Martinez, os dias estão contados para o reinado do Brasil terminar. Em entrevista ao portal peruano Puro Voley, a atacante contou do ambicioso sonho de sua seleção.

"Talvez não pareça realista para os outros, mas nosso objetivo é ser o melhor time da América do Sul", afirmou. “Quando conhecemos Rizola, ele perguntou se pensávamos que poderíamos vencer o Brasil. Ninguém sabia como responder e ele disse que, se não acreditávamos que poderíamos, ele estava no lugar errado. Todos os dias treinando com ele, vemos que, quando trabalhamos duro, as coisas acontecem a nosso favor, por que não deveríamos ter esse tipo de ambição?”, disse a atleta, de 25 anos.

O sonho é comandado pelo brasileiro Antonio Rizola, ex-técnico da base brasileira por mais de 15 anos. "Las Cafeteras" (As Fabricantes de café, em português) têm evoluído nos últimos anos e conquistaram títulos internacionais após a chegada do técnico brasileiro, em 2017. Dentre os triunfos, destaque para o vice-campeonato da Challenger Cup 2018, torneio de classificação para a Liga das Nações, e para as medalhas de prata em 2019 no Campeonato Sul-Americano e nos Jogos Pan-Americanos (batendo o Brasil na semifinal).

"A mudança de mentalidade que ele trouxe tem feito diferença para nós", confessou Martinez, que passou toda a sua carreira de jogadora na França. “Ele nos deu muita confiança e apoio para trabalhar e perseguir nossos objetivos. Obviamente, também melhoramos técnica e taticamente com ele, mas o aspecto mental foi o que teve mais impacto. No passado, quando jogávamos na Argentina ou no Peru, não acreditávamos poder vencê-los por causa da história desses países no vôlei. Mas isso mudou agora. Sabemos que podemos escrever nossa própria história".

Com Rizola, a Colômbia voltou a disputar os Jogos Pan-Americanos no vôlei após 48 anos - Foto: Divulgação/FIVB


A Colômbia por pouco não conseguiu a sonhada classificação para Tóquio-2020. No torneio de classificação sul-americano, derrota para a Argentina em apertados 3 sets a 1 diante de um ginásio lotado em Bogotá, capital da Colômbia.

"Ver a arena completamente lotada e super barulhenta foi incrível. Sempre lutamos para ter esse nível de apoio e atenção do nosso país e agora temos. Ele vem com responsabilidade extra, mas também é uma grande motivação para buscarmos melhores resultados. Nossos fãs sempre querem mais e mais e queremos dar mais a eles", completou.

Mostrando confiança e sabendo dos próximos passos, Martinez finalizou comentando sobre a vontade da equipe colombiana em disputar torneios com as melhores seleções do mundo, de olho em Paris 2024.

"Será um longo caminho para Paris", reconheceu. “A melhor maneira de continuarmos crescendo e chegarmos lá é jogar nos principais torneios. Qualificar-se para o Campeonato Mundial ou jogar pela primeira vez na Liga das Nações de Vôlei e enfrentar os melhores times do mundo seria um sonho. O objetivo é sempre fazer melhor do que já fizemos. Não achamos que poderíamos ganhar uma medalha nos nossos primeiros Jogos Pan-Americanos em vários anos ... e conseguimos. Portanto, nada está fora de alcance se nos comprometermos e trabalharmos duro", finalizou.

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Errata: Inicialmente foi postado que Margarita Martinez seria oposta. Martinez, na verdade, é ponteira da seleção colombiana. O erro foi corrigido às 15:58h. Pedimos desculpas pelo erro.

Foto: Divulgação/FIVB

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