A retomada do circuito de tênis da WTA será cheia de novidades para Luisa Stefani. A duplista brasileira, que ocupa atualmente a 46ª posição no ranking mundial da WTA na categoria, vai reiniciar a temporada 2020 no dia 10 de agosto, se preparando para tentar disputar pela primeira vez o US Open como tenista profissional.
Ao lado da estadunidense Hayley Carter, Luisa terá o WTA de Lexington, em Kentucky, como primeiro desafio após quase cinco meses de paralisação do circuito. Posteriormente, elas seguem para a disputa do Premier 5 de Cincinnati, excepcionalmente realizado em Nova York neste ano por causa da pandemia de coronavírus. No dia 31, a expectativa é que a nona melhor dupla da temporada comece seu caminho no Grand Slam nova-iorquino.
"Eu estou muito animada para poder voltar a competir. Eu nunca joguei no US Open, então será minha primeira vez. Na verdade, tudo será muito novo, não tenho uma ideia de como serão os torneios com todas as restrições", declarou a tenista brasileira, ao Surto Olímpico.
"Mas como em todos os torneios que entro, vou jogar para ganhar o título. Eu e Hayley vamos ter algumas semanas para treinar e adquirir ritmo, já que faz quase cinco meses que a gente não se encontra. Tomara que dê tudo certo", completou.
Luisa foi semifinalista do US Open Junior em 2015 nas duplas, ao lado da estadunidense Francesca Di Lorenzo, perdendo para a dupla que conquistou o título no jogo seguinte.
Apesar do bom ranking que apresenta atualmente, é necessário aguardar a disputa dos próximos campeonatos e a lista de entrada da chave do US Open para garantir a participação da dupla na competição.
Protocolos
A brasileira deverá chegar em Lexington, no Kentucky, pelo menos três dias antes do torneio, para que possa cumprir com as normas impostas pela organização do torneio. O estado contabilizou 653 novos casos de coronavírus nesta quinta-feira (30).
"Farei o teste para Covid-19 antes de entrar no torneio. Depois vou para Nova York disputar o Premier 5 e o US Open. A lista ainda está aberta, mas acreditamos que vamos entrar. Além disso, a ideia é jogar os torneios da Europa se conseguirmos entrar. O primeiro, de Madri (Premier) vai depender do US Open, do quão bem a gente vai e das restrições de viagens na Europa", disse Luisa.
A atleta está desde maio se preparando e vinha disputando uma série de torneios de exibição na Saddlebrook Academy, Flórida, para adquirir ritmo de jogo.
Em 2020, Luisa conquistou ao lado de Hayley o título do WTA 125k de Newport Beach, nos Estados Unidos, além de chegar nas oitavas de final do Australian Open, único Grand Slam disputado até então, e nas quartas do Premier de Dubai.
Olho nos Jogos Olímpicos
Com retomada do tênis, a batalha pela classificação olímpica será reaberta. Faltando pouco menos de um ano para os Jogos de Tóquio, Luisa prevê ainda um longo caminho para ser percorrido, mas admite o sonho de disputar o evento e representar o Brasil.
"Tenho em mente as Olimpíadas, mas ainda há um caminho grande. Ainda assim, já é uma das minhas principais metas para o ano que vem. Classificar seria incrível, um sonho, algo bem importante para mim. Algumas coisas ainda estão fora do meu controle quanto a classificação, mas com certeza tenho isso em mente", afirmou.
Foto: Alexandre Loureiro/COB
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