A Federação Italiana de Futebol (FIGC) anunciou nesta segunda-feira (08) o encerramento definitivo da temporada 2019-2020 da Série A Femminile, principal liga de futebol feminino do país, que estava suspensa devido à crise do novo coronavírus.
"Decidimos cancelar o campeonato de futebol feminino e, no que me diz respeito, esta é uma nota negativa”, declarou o presidente da FIGC, Gabriele Gravina. “Teria sido excelente para todo o movimento dar igual dignidade às mulheres em relação à conclusão de seu campeonato mais importante".
A Série A está paralisada desde o início de março, quando a pandemia de COVID-19 começou a atingir fortemente a Itália. Segundo o comunicado da FIGC, uma reunião do Conselho da entidade no dia 20 de maio definiu que a federação seguiria avaliando as condições de recuperação do campeonato. O protocolo de retorno chegou a ser discutido, incluindo o procedimento de testagens e a proposta de disputa dos jogos restantes em uma sede única.
No entanto, o posicionamento fragmentado dos clubes e das jogadoras em relação à retomada das competições fez com que a entidade preferisse suspender definitivamente a temporada. Não será decretada uma equipe campeã, e os times que se classificariam para a Liga dos Campeões e os que seriam rebaixados serão definidos por um algoritmo que considera o aproveitamento de cada clube.
Até a suspensão, haviam sido disputadas 16 rodadas. A Juventus liderava a competição com 44 pontos, nove a mais que a vice-líder Fiorentina. As duas equipes estavam na zona de classificação para a Liga dos Campeões da Europa.
A Série A italiana não foi a primeira liga de futebol feminino a ser encerrada antes do fim na Europa. França e Espanha já haviam decretado o cancelamento dos jogos restantes, anunciando Lyon e Barcelona, respectivamente, como campeões. A Inglaterra fez o mesmo, com o Chelsea conquistando o título. Por outro lado, Alemanha e Suécia tiveram a retomada de seus torneios estabelecida.
Foto: Reprodução/Instagram: @figcfemminile
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