Em uma live realizada com o jornalista Carlos Altamirano, o argentino Ruben Magnano, ex-técnico da seleção brasileira de basquete masculino, citou a falta de comprometimento dos jogadores como motivo dele não ter repetido o sucesso da seleção argentina, onde foi campeão olímpico e vice mundial durante sua passagem, com uma seleção comprovadamente talentosa.
"Ter comprometimento com uma seleção nacional é um elemento determinante para conseguir um bom resultado.(...)Uma coisa muito curiosa que sempre digo é que o compromisso é o que te permite chegar ao objetivo que você quer. Precisa ter gente realmente comprometida. Se não tiver, será extremamente difícil, por mais talento que você tenha", disse o treinador.
Magnano ainda citou que tentou criar uma base de jovens para a seleção, mas foi impedido, sem dar muitos detalhes do porquê. "Eu tentei, por isso eu convoquei o Raulzinho para o mundial de 2010 com 18 anos, encontrei talentos prontos para incorporar ao time, mas tive portas fechadas. Não consegui o pronto compromisso que eu queria fazer um time de jovens para formar parte da seleção", revelou.
Magnano citou também que os jogadores brasileiros que atuavam na liga americana tinham um cultura muito arraigada do basquete disputado nos Estados Unidos e que os jogadores que jogavam na Europa tinham uma base melhor, dando como exemplo a vaga olímpica em 2011, com nenhum jogador que atuava na NBA à época.
A confederação brasileira de basquete (CBB) emitiu uma nota com palavras duras e criticas ao treinador argentino: "Nunca faltou comprometimento aos nossos atletas. Vestir a camisa do Brasil é motivo de orgulho para todos eles. Ao invés de se eximir da culpa, Rubén Magnano precisa aceitar que os sete anos de trabalho à frente da Seleção Brasileira masculina adulta não deixaram qualquer legado para o basquete brasileiro, mesmo com o salário astronômico que recebia. Mais do que isso, precisa explicar o motivo disso. Culpar seus comandados durante todo esse período é saída fácil, baixa e covarde."
Ruben Magnano foi o técnico responsável por fazer o basquete brasileiro voltar aos Jogos Olímpicos após 16 anos ausente e chegou às quartas de final do Mundial de 2014, mas recebeu críticas por eliminações precoces na Copa América de 2013 e 2015 e na Rio 2016.
foto: Divulgação
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