A morte do ex-segurança norte-americano George Floyd, um homem negro, por asfixia causada após um policial branco ajoelhar brutalmente em seu pescoço por quase dez minutos, na cidade de Mineápolis, nos Estados Unidos, causou comoção e uma onda de protestos por todo o mundo. Atletas e entidades esportivas declararam apoio ao combate contra o racismo.
A World Athletics, entidade que comanda o atletismo, foi contundente em uma postagem em sua conta no Twitter. "Por mais de 50 anos, nossos atletas e nosso esporte apoiaram os direitos de uma sociedade justa e igualitária, uma sociedade onde todas as vidas são iguais. O fato disso ainda não ser a realidade de muitos, é inaceitável".
"Estamos ao lado de nossos atletas e de todas as pessoas que estão exigindo mudança", disse a organização, que colocou o comunicado ao lado do recorte de uma foto de Tommie Smith e John Carlos, representantes da organização Panteras Negras e que protestaram contra o racismo durante os Jogos Olímpicos da Cidade do México, em 1968.
— World Athletics (@WorldAthletics) June 1, 2020Já a CEO do Comitê Olímpico e Paralímpico dos Estados Unidos, Sarah Hirshland, escreveu uma nota extensa à imprensa, declarando incredulidade com os fatos ocorridos nos últimos dias.
"Como muitos de vocês, vi os eventos da semana passada se desenrolarem com um profundo sentimento de desespero e desamparo, questionando o que posso fazer, o que nós da comunidade olímpica e paralímpica podemos fazer e o que todos nós em nossa comunidade local. As comunidades podem promover conversas honestas e realizar as mudanças necessárias", afirmou Hirshland.
"Condenamos absolutamente a desigualdade sistêmica que afeta desproporcionalmente os negros norte-americanos. Isso não tem lugar na nossa ou em qualquer outra comunidade. É claro que não existem forças tão feias, prejudiciais e degradantes quanto o racismo e a marginalização praticadas por alguns daqueles em posições de autoridade. Aconteceu em Mineápolis da maneira mais trágica e desmedida que se possa imaginar. Está sendo sentido intensamente nos Estados Unidos dia após dia", dizia um dos trechos do comunicado.
Pelo Twitter, o Comitê Paralímpico Internacional também se manifestou a favor dos movimentos antirracistas. "No IPC, estamos comprometidos em criar um mundo inclusivo. Um mundo com zero discriminação. Um mundo onde estamos todos unidos e os direitos de todas as pessoas são respeitados e não violados. Atos de racismo não podem continuar. A mudança deve acontecer", diz a mensagem do órgão.
At the IPC we are committed to make for an inclusive world.— Paralympic Games (@Paralympics) May 31, 2020
A world with zero discrimination. A world where we are all united and the rights of all people are respected and not violated.
Acts of racism cannot go on. Change must happen. pic.twitter.com/D7hYGXMRu0
A Federação Internacional de Futebol (FIFA) republicou uma postagem de Weston McKennie, jogador do clube alemão Schalke 04, que usou uma braçadeira com dizeres "Justice for George", na rodada passada da Bundesliga.
"Ser capaz de usar minha plataforma para chamar a atenção para um problema que vem ocorrendo há muito tempo é bom. Temos que defender o que acreditamos e acredito que é hora de sermos escutados", disse McKennie na publicação.
De acordo com a agência de notícias Associated Press, a FIFA solicitou ainda que as federações nacionais da modalidade tenham bom senso antes de aplicar punições aos atletas que realizarem manifestações durante as partidas. "A FIFA entende totalmente a intensidade dos sentimentos e preocupações expressadas por muitos jogadores à luz das trágicas circunstâncias do caso George Floyd. A aplicação das leis do jogo aprovadas pela International Board (que proíbem manifestações políticas em jogos de futebol) fica a critério dos organizadores das competições, que devem usar o bom senso e considerar o contexto que envolve os eventos", disse a FIFA.
O Comitê Olímpico do Brasil (COB) também declarou apoio em uma postagem no Instagram. "No esporte e na vida não há espaço para o racismo! A todo momento, em diversos lugares do mundo, tem alguém sofrendo ou até mesmo morrendo por causa da intolerância racial. Não podemos nos calar".
A Associação de Tênis Feminino (WTA) compartilhou um vídeo produzido pelo tenista norte-americano Frances Tiafoe, que convidou nomes como Serena Williams, Sloane Stephens e Cori Gauff para protestarem contra o racismo. "Apoiamos nossos jogadores e nos unimos contra todas as formas de discriminação, injustiça e racismo", disse a WTA.
Foto: Reprodução/World Athletics
To be able to use my platform to bring attention to a problem that has been going on to long feels good!!! We have to stand up for what we believe in and I believe that it is time that we are heard! #justiceforgeorgefloyd #saynotoracism pic.twitter.com/TRB1AGm0Qx— Weston McKennie (@WMckennie) May 30, 2020
De acordo com a agência de notícias Associated Press, a FIFA solicitou ainda que as federações nacionais da modalidade tenham bom senso antes de aplicar punições aos atletas que realizarem manifestações durante as partidas. "A FIFA entende totalmente a intensidade dos sentimentos e preocupações expressadas por muitos jogadores à luz das trágicas circunstâncias do caso George Floyd. A aplicação das leis do jogo aprovadas pela International Board (que proíbem manifestações políticas em jogos de futebol) fica a critério dos organizadores das competições, que devem usar o bom senso e considerar o contexto que envolve os eventos", disse a FIFA.
O Comitê Olímpico do Brasil (COB) também declarou apoio em uma postagem no Instagram. "No esporte e na vida não há espaço para o racismo! A todo momento, em diversos lugares do mundo, tem alguém sofrendo ou até mesmo morrendo por causa da intolerância racial. Não podemos nos calar".
A Associação de Tênis Feminino (WTA) compartilhou um vídeo produzido pelo tenista norte-americano Frances Tiafoe, que convidou nomes como Serena Williams, Sloane Stephens e Cori Gauff para protestarem contra o racismo. "Apoiamos nossos jogadores e nos unimos contra todas as formas de discriminação, injustiça e racismo", disse a WTA.
Foto: Reprodução/World Athletics
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