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Decisão sobre o futuro dos Jogos de Tóquio sairá no segundo trimestre de 2021, diz vice do comitê organizador


Um dos seis vice-presidentes do Comitê Organizador dos Jogos de Tóquio, Toshiako Endo, disse nesta sexta-feira (05) que uma decisão sobre o futuro da Olimpíada deverá ser tomada na primavera do hemisfério norte de 2021 (segundo trimestre do ano). Segundo ele, os organizadores devem monitorar a situação do coronavírus até lá e avaliar os impactos sobre o megaevento.

"Selecionar atletas até o próximo mês de março será um grande desafio. O comitê organizador precisará tomar algum tipo de decisão, considerando a situação naquele momento", disse Endo, em um encontro do de seu Partido, o Liberal Democrático, de acordo com a agência japonesa Kyodo News.

Após as preocupações de um possível cancelamento, esta é a primeira vez que um membro da organização fala abertamente sobre quando uma decisão será tomada. Na semana passada, John Coates, coordenador-chefe do COI (Comitê Olímpico Internacional) para Tóquio-2020, indicou que outubro seria uma data crucial para os organizadores pensarem no futuro do megaevento.

Vale ressaltar que os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio estavam programados para este ano, mas tiveram que ser adiados para o ano que vem, por conta da crise sanitária global gerada pela pandemia. Há o temor de que uma vacina contra a Covid-19 não seja encontrada até julho do próximo ano, dificultando a realização do evento.

O presidente do COI, Thomas Bach, declarou anteriormente, em entrevista à BBC, que os Jogos serão cancelados caso não fossem realizados em 2021. O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, também mantém o discurso de que um novo adiamento não está nos planos do Japão, por questões financeiras.

"Ainda existem muitas estimativas, e não está claro qual será a nova situação do coronavírus no próximo verão. Ainda é muito cedo para discutir se os Jogos serão realizados", indicou Endo, que também é ex-ministro olímpico.

Os organizadores locais estão pensando em diferentes maneiras para que a Olimpíada não seja cancelada, propondo sua realização em formato alternativo, como o público reduzido nas competições, testagem em massa dos envolvidos e controle de entrada e saída na Vila dos Atletas. Uma reunião para discutir os novos planos com o Conselho Executivo do COI acontecerá na próxima semana.

Além disso, as cerimônias de abertura e encerramento da Olimpíada e da Paralimpíada deverão ser unificadas e reduzidas, como forma também de reduzir os custos gerados pelo adiamento do evento. O revezamento da tocha olímpica e outros setores "não essenciais" também serão alterados, como forma de enxugar os gastos.

Ainda nesta sexta-feira, os organizadores barraram uma proposta para realizar um evento em 23 de julho deste ano, data "comemorativa" que marcará um ano para a Olimpíada, também como forma de reduzir os custos. Na celebração, mensagens motivacionais deveriam ser transmitidas para os atletas em todo o mundo, segundo a rede NHK.

Foto: AFP/JIJI

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