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Surto Recapitula: como está o ciclo olímpico do judô


O ciclo olímpico começou bom para Mayra Aguiar ao conquistar o título do Mundial de Budapeste em 2017 na categoria até 78 kg, o segundo da carreira. No ano seguinte não teve grandes resultados, mas em 2019 conquistou o título do Grand Slam de Dusseldorf e foi bronze do Mundial de Tóquio.

Pela categoria até 52 kg, Érika Miranda conquistou dois bronzes nos Mundiais de Budapeste em 2017 e de Baku em 2018. Porém, no final de 2018, ela anunciou de forma surpreendente a sua aposentadoria dos tatames, alegando não ter mais paciência com o peso e com os treinos.

Campeã olímpica da Rio 2016, Rafaela Silva havia conquistado o ouro no Pan de Lima na categoria até 57 kg. Semanas depois, foi bronze no Mundial de Tóquio. Porém, no último mês de setembro ela foi flagrada em exame antidoping realizado durante o Pan de Lima, após em seu teste ter sido encontrado a substância proibida fenoterol, que costuma ser usada em tratamento em doenças respiratórias, como a asma. Ela se defendeu afirmando que a contaminação teria acontecido através de um contato com u bebê asmático. 

Em fevereiro deste ano, Rafaela foi suspensa por dois anos e estaria fora dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Porém, a atleta irá recorrer perante à Corte Arbitral do Esporte e com o adiamento da Olimpíada para o próximo ano, há esperança da judoca voltar a ser elegível para os Jogos. 


O ciclo olímpico do judô masculino brasileiro tem sido mais discreto, com poucos resultados expressivos. Na categoria acima de 100 kg, David Moura teve um grande ano de 2017 ao conquistar o título do Grand Slam de Ekaterimburgo e ser vice-campeão do Mundial em Budapeste e do Masters de St. Petersburgo. Na mesma categoria, Rafael Silva foi bronze do Mundial de Budapeste. Estas foram as duas únicas medalhas do judô masculino em mundiais neste ciclo. Outro jodoca brasileiro que vem fazendo um bom ciclo é Daniel Cargnin. O jovem de 22 anos foi 5° lugar no Mundial de Baku em 2018 e conquistou o título do Grand Slam de Brasília no ano passado.

Em fevereiro deste ano, a lenda francesa Teddy Riner perdeu uma invencibilidade de 154 lutas. Pelo Grand Slam de Paris, ele foi derrotado pelo japonês Kokoro Kageura, em luta válida pela terceira rodada da categoria acima de 100 kg. A última vez que o francês havia sido derrotado foi em setembro de 2010, quando na ocasião perdeu para outro japonês, Daiki Kamikawa.

A Olimpíada de Tóquio marcará a estreia da competição por equipes. Campeão dos três mundiais deste ciclo, o Japão pinta como principal favorito ao ouro. O Brasil foi prata no Mundial em 2017 e bronze no Mundial do ano passado. Caso Rafaela Silva consiga diminuir a sua suspensão e possa disputar os Jogos, o Brasil também aparecerá como um dos países que brigarão por medalha.

Fotos: Divulgação/IJF

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