Um estudo realizado pela Agência Mundial Antidoping (WADA) sobre o impacto de substâncias isentas para uso terapêutico (TUEs) no desempenho dos atletas, chegou a conclusão de que não há associação entre o emprego desses materiais e a conquistas de uma medalha olímpica.
O estudo examinou os cinco Jogos Olímpicos de 2010 a 2018, com finalidade de determinar se atletas que utilizaram essas substâncias conquistaram mais medalhas do que os que não ingeriram. Durante as Olimpíadas de Vancouver (2010), Londres (2012), Sochi (2014), Rio de Janeiro (2016) e Pyeongchang (2018), 0,9% dos atletas competiram com o uso das TUEs, conquistando 21 medalhas.
Com o estudo, a WADA concluiu que a possibilidade de um atleta ganhar uma medalha por causa dos efeitos das TUEs é de 1,13. O diretor médico da WADA, Alan Vernec, que conduziu a pesquisa ao lado do gerente de TUEs, David Healy, explicou que os dados coletados "sugerem nenhuma associação significativa" entre o uso dessas substâncias e a possibilidade de efetuar um bom resultado.
"A porcentagem de atletas com TUEs competindo no esporte de elite e a associação com medalhas conquistadas tem sido motivo de especulação na ausência de dados validados do competidor", disse Vernec em comunicado à imprensa. "Os Jogos Olímpicos oferecem uma oportunidade única de analisar o esporte ao mais alto nível, com um grupo claramente definido de atletas competidores".
“Os dados mostraram que o número de atletas que competiram fazendo uso dessas substâncias válidas (em competições individuais) nos Jogos, foi inferior a 1%", apontou Vernec. "Além disso, a análise sugere que não há associação significativa entre competir com uma TUE e a probabilidade de ganhar uma medalha", reiterou.
As isenções de substâncias para uso terapêutico são concessões que a WADA faz para permitir que atletas possam utilizar substâncias proibidas para tratamentos, desde que haja uma necessidade médica legítima e devidamente comprovada.
Foto: Divulgação/WADA
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