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Em live, vice-presidente do COB destaca ações da entidade durante a pandemia do coronavírus


O vice-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Marco La Porta, participou no último dia 7 de live a convite da associação Sou do Esporte, para debater os impactos da pandemia do coronavírus nas ações da entidade. Na conversa com a jornalista Fabiana Bentes, presidente da Sou do Esporte, o também Chefe da Missão brasileira dos Jogos Olímpicos de Tóquio reafirmou que a prioridade do COB neste momento é com a saúde dos atletas e garantiu que a entidade possui um fundo de reserva para atravessar a crise atual.

“Conseguimos fazer um bom contingenciamento com as ações de austeridade adotadas pelo presidente Paulo Wanderley desde que assumiu o COB. Elas permitiram manter todo o funcionamento da estrutura. Além disso, fizemos um corte de 40 milhões de eventos que não irão mais acontecer”, explicou Marco La Porta.

Com o adiamento dos Jogos Olímpicos, cancelamentos de competições e falta de locais para treinar, a atenção atual do COB é para oferecer ferramentas e suporte para que os atletas mantenham a preparação dentro do possível.

“O maior desafio hoje é a parte mental. Por isso, disponibilizamos toda a estrutura para terem o acompanhamento dos psicólogos do COB. Estamos acompanhando de perto”, assegura La Porta, que revelou que a área de Esportes do COB já realiza um monitoramento para identificar países que já estão voltando às condições de normalidade para enviar os atletas brasileiros para treinamentos. “Já começamos a elaborar protocolos de treinos para quando tudo isso acabar. Trabalhando com cenário de haver ou não competições esse ano. Somos realistas e faremos tudo com muita calma. A preocupação número um é com a saúde do atleta".

La Porta confirmou ainda que toda a complexa logística da missão brasileira em Tóquio será mantida no ano que vem. “Nosso trabalho é para manter o mesmo planejamento que seria feito em 2020 para 2021. Por isso, as nove bases de treinamento do Time Brasil no Japão estão asseguradas. Conversamos também com a empresa de alimentação, que fornecerá comida brasileira em todos os locais, e com a companhia aérea, responsável pela viagem de quase 800 pessoas. Já acertamos tudo com eles e não haverá nenhum impacto financeiro”, destacou La Porta, admitindo preocupação apenas com a alta do dólar. Ele também reforçou que as conversas com os atuais patrocinadores do COB estão bem avançadas para que tudo siga como planejado para 2021.

O isolamento social da população trouxe uma consequência direta para o esporte brasileiro. Com a diminuição de apostas nas loterias federais, as entidades esportivas passaram a arrecadar menos. “Ninguém estava preparado para uma situação como esta. O volume de apostas das loterias diminuiu bastante e representou uma queda de 35 a 40% na nossa arrecadação. Como neste momento não temos gastos para a nossa atividade fim, que é o esporte, temos conversado com a Secretaria Especial do Esporte para explicar esse problema. Ela foi muito sensível aos nossos apelos. Todos os setores serão impactados e o nosso objetivo é diminuir esse impacto. Temos que vencer essa questão de saúde e manter a estrutura”, afirmou.

O vice-presidente do COB admitiu preocupação com o corte de orçamentos de alguns clubes no esporte olímpico, mas elogiou a iniciativa do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), que abriu edital para investimento nas equipes multidisciplinares. Ele também destacou outros dois projetos recentemente lançados de fomento ao esporte, como a de uma empresa de engenharia, que está montando um time de atletas, e a do medalhista olímpico José Carlos Moreira, o Codó, que criou uma equipe de velocistas no Maranhão.

Para fechar a conversa, agradeceu à parceria com a Sou do Esporte e enviou uma mensagem aos atletas. “Quero tranquilizar nossos atletas. Temos uma equipe muito competente de profissionais e não faltará apoio, mas no momento fiquem em casa”.

Foto: Rafael Bello/COB

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