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Em forma, apesar da quarentena, Aldemir Junior mantém foco nos Jogos de Tóquio


O velocista carioca Aldemir Gomes da Silva Júnior (Pinheiros), qualificado para a prova dos 200 m na Olimpíada de Tóquio, em 2021, garante estar em boa forma, esperando o fim das restrições da quarentena e, principalmente, da pandemia da COVID-19 para voltar aos treinos normais e às competições.

"A situação é complicada por não poder treinar na pista. Estou fazendo musculação em casa, graças ao empréstimo de materiais do Comitê Olímpico do Brasil. Quando preciso corro um pouquinho perto de casa, com toda a segurança que a pandemia exige. Graças a Deus ainda estou em forma, esperando a mudança do cenário", disse o atleta nascido no dia 8 de junho de 1992 no Rio de Janeiro.

Aldemir Junior, como é conhecido, corre além dos 200 m as provas de 100 m e integra o revezamento 4x100 e eventualmente o 4x400 m. Primeiro colocado no Ranking Brasileiro nos 200 m de 2019, com 20.17 (0.9), ainda é quarto nos 100 m, com 10.13 (1.6) e o sexto nos 400 m, com 46.37.

Pentacampeão dos 200 m no Troféu Brasil Caixa (2014, 2015, 2017, 2018 e 2019), o velocista treina normalmente no Centro Olímpico do Mato Alto, chamado oficialmente de Vila Olímpica Professor Manoel José Gomes Tubino, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. "É um lugar tranquilo e consigo fazer boa preparação", disse Aldemir, que integrou o revezamento 4x100 m, medalha de prata no Pan de Toronto-2015.

Orientado pela técnica Vania Maria Ferreira Valentino da Silva, desde os 12 anos, o carioca foi campeão dos 200 m e do revezamento 4x100 m dos Jogos Mundiais Militares, disputados em outubro, em Wuhan, na China, lugar onde a COVID-19 começou. A primeira medalha foi nos 200 m, com 20.31 (0.1), recorde da competição. No mesmo dia, com Rodrigo Nascimento, Derick Souza e Paulo André de Oliveira, formou a equipe que venceu os 4x100 m.

Aldemir obteve a marca de 20.17 (0.9), índice para o Mundial de Doha e para a Olimpíada, com a medalha de bronze no Meeting de Londres da Liga Diamante, realizado em julho, na Grã-Bretanha.

Na live que fez pelo instagram da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) recentemente, Aldemir contou alguns detalhes de sua carreira. Na Olimpíada de Londres-2012, por exemplo, disputou a preliminar dos 200 m na mesma série do jamaicano Usain Bolt, recordista mundial e grande estrela do atletismo.

"Ainda muito jovem, na hora pensei que ele teria de me ganhar porque iria com tudo. Acabei ficando em segundo lugar, atrás dele, que era um superatleta e extremamente carismático", lembrou. Aldemir havia completado 20 anos e estava pela terceira vez numa seleção brasileira.

Aluno de Administração do Centro Universitário Celso Lisboa, no Rio, Aldemir diz que a carreira é curta e tem de pensar na vida de pós-atleta. Quanto ao convívio com treinadora Vania, ele é muito grato. "Tenho muito a agradecer. Ela me conhece desde os 12 anos e me ajudou muito em momentos difíceis da minha vida. Ela é uma mãe, não só pra mim, mas para todos os atletas. Faz o possível e o impossível para ajudar", lembrou.

Aldemir começou no atletismo de competição aos 15 anos, embora frequentasse as pistas desde os 8, quando chegou a participar de torneios na Vila Olímpica. Fazia salto em distância e salto em altura. "Adoro salto em distância e por mim seria saltador até hoje. Mas logo acabei mudando para as provas de velocidade porque tinha resultados melhores", disse o atleta que começou no Vasco da Gama aos 10 anos.

"Por causa da pandemia, a maior parte de nosso trabalho é feita em casa. Nós tivemos apoio do COB e ele faz os treinamentos necessários para manter a forma. Não deixo a pegada cair. Continuo exigindo bastante dele. Com os treinos para os 200 m, ele continua bem para competir nos 100 m e para ajudar o Pinheiros e a seleção brasileira nos revezamentos 4x100 m e 4x400 m. Ele pode ajudar com qualidade e em alto nível", concluiu Vania, a treinadora de Aldemir, campeão sul-americano sub-23 de 2014 e integrante da seleção na Olimpíada do Rio-2016.

Foto: CBAt/Marcelo Machado

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