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Acusado por corrupção, ex-presidente da IAAF, Lamine Diack, terá julgamento adiado para 8 de juhno


O ex-presidente da Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF), Lamine Diack, terá o início de seu julgamento adiado para o dia 8 de junho, uma diferença de cinco dias do que foi programado a princípio. O ex-mandatário é acusado de corrupção, tráfico de influência e lavagem de dinheiro. A razão exata para o atraso de cinco dias do julgamento não foi divulgada. A audiência deverá ser realizada durante 10 dias.

Diack, 87, foi presidente da IAAF entre 1999 e 2015, período no qual está sendo acusado, de acordo com a agência France 24, por "dar e receber suborno" para acobertar casos de doping de 23 atletas russos, "quebra de confiança" e "lavagem de dinheiro organizada" e com isso, poderá enfrentar uma sentença de 10 anos caso seja condenado. 

Promotores que acompanharam todo o caso de Diack, alegam que ele obteve US$ 1,5 milhão em suborno oferecido pelos russos, para ajudar na campanha do político Macky Sall à presidência do Senegal em 2012, e em troca eles exigiram cobertura nos casos de doping de atletas russos em campeonatos IAAF. 

O caso de Diack envolve um dos membros de sua família, o filho, Papa Massata Diack, que é um dos outros cincos réus na audiência. Investigações deram conta de que "Papa Massata Diack só poderia ter enriquecido em proporções consideráveis em prejuízo da IAAF com o apoio constante e esclarecido de seu pai, que não pôde deixar a responsabilidade exclusiva para o filho", diz o documento de acusação. 

Ainda de acordo com o documento, os juízes dizem que Diack "desempenhou papel ativo, abusando da qualidade como presidente da IAAF e efetivamente colocando seu filho no centro do sistema implantado, permitindo-lhe desviar receitas dos fundos da entidade".

Além de Lamine e Papa Massata, completam o quadro de réus no julgamento: Gabriel Dollé, ex-diretor do departamento médico e antidoping da IAAF, Habib Cissé, advogado e ex-consultor jurídico de Lamine Diack, Valentin Balakhnichev, ex-presidente da Federação Russa de Atletismo (ARAF) e Alexei Melnikov, ex-treinador de corridas de longa distância. 

Lamine Diack está morando em Senegal, apesar de ter sido emitido um mandato de prisão internacional no dia 13 de fevereiro, por autoridades judiciais francesas. 

Foto: OCCRP

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