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Coluna Gran Willy: Após pandemia, tênis mundial também não será mais o mesmo


O circuito mundial de tênis é apenas um dos milhares de setores afetados pela pandemia do coronavírus. Mas assim como a nossa sociedade está passando por um momento de transformação e deverá ser diferente após a crise, o tênis também poderá nunca mais ser o mesmo.

Com o circuito paralisado, nenhum tenista está jogando. Consequentemente, eles não estão ganhando dinheiro proveniente de seu resultado dentro de quadra, que são reconhecidos com as premiações. Só os melhores do mundo contam com reserva econômica, patrocinadores e apoio das federações de seu país. Já a maioria dos tenistas "joga hoje para pagar o amanhã".

Foi por isso que na última semana, os três maiores tenistas deste século, Novak Djokovic, Rafael Nadal e Roger Federer se uniram para definir que esforços poderiam ser feitos para ajudar jogadores entre a posição 250 e 700 no ranking mundial. Antes, a Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), havia planejado ajudar apenas os jogadores classificados entre 150 e 400 no ranking.

A proposta do Big Three é que os 100 melhores tenistas do mundo em simples e os 20 melhores duplistas, criem um fundo de auxílio para os demais jogadores. Veja na arte abaixo, como ficaria a distribuição sugerida.

Arte: Lucas Bueno/Surto Olímpico
Além disso, é esperado que cada um dos quatro Grand Slams possa contribuir com US$ 5 milhões para o fundo. E o Big Three não parou por aí. Sugeriram ainda que a ATP possa direcionar 50% da premiação do World Tour Finals para o fundo de auxílio. Caso o Finals não possa ser realizado neste ano, a ideia seria optar pelo redirecionamento da premiação do Australian Open de 2021.

Em relação à distribuição do dinheiro, o plano é que a própria ATP realize esse trabalho, analisando cada situação, pois há tenistas no grupo abaixo dos 250 melhores que estiveram recentemente no top 50 e têm condições mais favoráveis.

Foto: João Pires/Fotojump

Isso apenas reforça que o tênis mundial não vive do glamour dos Grand Slams, Masters 1000 e ATP 500 e nem das grandes premiações, carrões e patrocinadores reconhecidos mundialmente.

Tenistas com ranking abaixo dos 200 melhores do mundo, raramente participam desses eventos e sobrevivem do circuito básico, arriscando-se em em qualificatórios para ATPs 250 e essencialmente disputando o circuito Challenger e Future, fazendo longas viagens, ficando sem alojamento e alimentação correta, para jogar torneios que dão menos pontos e consequentemente menos dinheiro.

Se for um sucesso, esse movimento de reestruturação pode mudar a história do tênis e da distribuição de premiação, mudando também a vida de atletas com ranking mais baixo.

SMASH

Querido leitor, o segmento "SMASH" será para fazer breves comentários sobre outros assuntos da semana no tênis.

- Djoko antivacina?

Não poderia deixar passar a fala de Djokovic no fim de semana, sobre ser contrário à aplicação obrigatória da vacina contra o coronavírus nos tenistas. Ao mesmo tempo que ele é heroico ao ajudar o mundo do tênis, pensando no auxílio para tenistas menos favorecidos, ele pode se tornar vilão ao prestar o desserviço de pôr em dúvida a importância de uma vacina durante essa grande crise causada pela pandemia do coronavírus.

Vale lembrar que outra figura importante da modalidade, o ex-tenista russo Marat Safin, declarou acreditar que "está destinado que as pessoas serão vacinadas com micro-chips rastreadores". 

Foto: Torneio de São Domingo

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