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Presidente do comitê organizador de Tóquio-2020 rebate comentários sobre possível adiamento dos Jogos


Uma nova polêmica referente ao futuro dos Jogos Olímpicos tomou conta das pautas dos jornais esportivos do mundo nesta quarta-feira, 11. Um membro do conselho executivo de Tóquio-2020 afirmou que a Olimpíada poderia ser adiada. Yoshiro Mori, presidente do comitê organizador de Tóquio-2020, rebateu os comentários e reafirmou que o planejamento dos Jogos segue ocorrendo normalmente.

Haruyuki Takahashi disse ao Wall Street Journal que a Olimpíada poderia ser adiada em um ou dois anos. “Eu não acho que os Jogos seriam cancelados, mas adiados. O COI teria problemas em caso de cancelamento. Os direitos televisivos nos EUA geram sozinhos uma enorme quantia de dinheiro”.

Yoshiro Mori tratou de abafar a situação e convocou uma rápida entrevista coletiva para a mídia local nesta quarta, na qual reafirmou não haver mudanças no planejamento dos Jogos. "Nossa posição básica é sediar uma Olimpíada segura e protegida. No momento, não estamos pensando em fazer mudanças na direção ou na programação dos jogos", disse ele.

Segundo Mori, Takahashi estava falando "por si próprio" e deu uma opinião pessoal, o que não é válida neste momento. O presidente chamou sua atenção para que tivesse mais cuidado com suas palavras. Takahashi se desculpou por "causar problemas".

De acordo com a Carta Olímpica, em seu capítulo 5, artigo 32, os Jogos devem ser celebrados no primeiro ano da Olimpíada, que é o período de quatro anos entre os Jogos. Ou seja, o evento deve ocorrer em 2020 e não existe quaisquer possibilidades de levá-lo para 2021 ou 2022.

Caso o coronavírus impeça a realização da Olimpíada de Tóquio em seu cronograma previsto, entre 24 de julho e 9 de agosto, o evento deve ser cancelado. Pelo contrato firmado entre o COI e Tóquio, a entidade máxima do esporte mundial tem total liberdade para cancelar o contrato.

No mais otimista dos cenários, haveria um adiamento para o final do ano de 2020, mas esta questão é um pouco mais complexa, uma vez que envolve patrocínios e contratos televisivos (cerca de 91% das receitas do COI) - só a rede americana NBC paga mais de U$ 1 bilhão pelos direitos de transmissão.

Em toda a história, os Jogos Olímpicos só foram canceladas em três oportunidades: em 1916, devido à Primeira Guerra Mundial; e em 1940 e 1944, em decorrência da Segunda Grande Guerra.


O coronavírus

Em todo o mundo, a Covid-19 matou 4.585 pessoas e infectou quase 125 mil em todo o mundo. O vírus já está em forte expansão na Europa e na América, o que fez a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar uma pandemia global.

No Japão, o número chega a 15 mortos e 639 casos da doença. O país tenta controlar a epidemia de todas as maneiras possíveis para evitar a quebra do contrato olímpico. Todas as escolas no país, por exemplo, foram fechadas até o início de abril, sob ordens do primeiro-ministro Shinzo Abe.

Mesmo não havendo um cancelamento dos Jogos, é válido destacar que o coronavírus já fez um grande estrago na preparação olímpica dos atletas. Diversos torneios qualificatórios à Olimpíada e outros eventos esportivos tiveram que ser adiados, suspensos ou cancelados.


Foto: Associated Press

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