A epidemia mundial do novo coronavírus segue atrapalhando os eventos esportivos no ano olímpico. E mais uma vez foi no judô. Na noite desta segunda-feria, 09, a Federação Internacional de Judô (IJF) anunciou o cancelamento de todos os eventos do Circuito Mundial até abril.
Entre os eventos cancelados, se destacam o Grand Slam de Ecaterimburgo e os Grand Prix de Tbilisi e de Antalya. No último final de semana, o Grand Prix de Rabat, no Marrocos, também foi cancelado pelo governo do país.
O Grand Slam de Ecaterimburgo já seria iniciado na sexta-feira, 13. Ao todo, 25 judocas brasileiros estavam inscritos no evento. A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) informou que o embarque internacional da delegação estava previsto para essa terça-feira, 10, mas foi cancelado a tempo. Alguns membros da delegação já haviam realizado trechos domésticos da viagem, mas nenhum chegou a embarcar para a Rússia.
Em reta final de qualificação olímpica, as competições eram fundamentais para aqueles atletas que buscavam somar pontos e ainda sonhavam com uma vaga a Tóquio. Cada Grand Prix daria até 700 pontos aos competidores, enquanto o Grand Slam daria mil.
Como forma de evitar possíveis prejuízos aos judocas, a IJF transformará o Grand Prix de Budapeste, a ocorrer em junho, em Grand Slam. A entidade anunciou que o Grand Slam de Baku, no Azerbaijão, e o Masters de Doha, no Catar, estão mantidos a princípio. Ambos os torneios acontecerão conforme o planejado em maio, desde que a situação global de saúde melhore.
Confira a nota oficial da IJF:
"À luz dos contínuos novos desenvolvimentos na crise do COVID-19 e da deterioração da situação em muitos países, as viagens se tornaram cada vez mais arriscadas e, assim como reuniões públicas.
Estamos na posição infeliz em que devemos tomar uma decisão drástica para proteger a família do judô e também cumprir as medidas gerais de segurança em todo o mundo.
O Comitê Executivo da IJF tomou a decisão de emergência de cancelar com efeito imediato todos os eventos de qualificação olímpica do calendário até 30 de abril de 2020. Isso inclui o Grand Slam de Ecaterimburgo, na Rússia, e o Grand Prix de Tbilisi, na Geórgia, e de Antalya, na Turquia, e os eventos continentais.
Infelizmente, a situação agora é perigosa e crítica sob muitos pontos de vista. É de suma importância manter a família do judô segura nesses tempos difíceis, assim como garantir chances justas para todos os atletas envolvidos na qualificação olímpica".
Foto: Wander Roberto/COB
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