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Comitês olímpicos nacionais declaram apoio à decisão de adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio


O adiamento dos Jogos de Tóquio para 2021 devido à pandemia do coronavírus foi muito bem aceito na comunidade olímpica internacional. Diversos comitês nacionais (CON) se manifestaram após o anúncio do Comitê Olímpico Internacional (COI), na terça-feira, 24, e aprovaram a decisão da entidade. 

De maneira unânime, todos os países que se expressaram apoiaram o adiamento dos Jogos. Em defesa de todo o movimento olímpico,  a Associação dos Comitês Olímpicos Nacionais (ANOC) declarou seu "total apoio" à decisão em um comunicado.

"ANOC reconhece que esta é uma complexa situação que requer consulta com os diversos colaboradores olímpicos. Entretanto, tanto o COI quanto Tóquio 2020 deixaram claro com esta decisão que a saúde de todos os atletas e de todos os colaboradores olímpicos é a prioridade número um e supera quaisquer considerações".

"Como comentaram os líderes do COI e Tóquio 2020, os Jogos Olímpicos agora servirão como um 'farol de esperança' para todos nós esperarmos com otimismo, pois pretendemos sair desses tempos difíceis, mais fortes do que nunca", pontuou Robin Mitchell, presidente da ANOC.

Pioneiro no pedido de adiamento, o presidente do Comitê Olímpico Espanhol (COE), Alejandro Blanco, comemorou a decisão e relembrou que foi ele o primeiro a alertar Bach "da impossibilidade de fazer Jogos em que não há igualdade de condições para todos os esportistas de todos os países".

Outros comitês olímpicos que solicitaram o adiamento dos Jogos nos últimos dias também agradeceram ao COI por "ouvir suas vozes", incluindo o Brasil. O Comitê Olímpico Canadense (COC), que chegou a declarar boicote caso as datas não fossem alteradas, se mostrou "agradecido pelo anúncio" e disse estar "aliviado pela clareza adicional que é fornecida aos atletas".

No caso brasileiro, o sentimento foi de alívio. “Sempre tivemos confiança de que o presidente Thomas Bach seria capaz de liderar com serenidade e segurança o Movimento Olímpico nesse momento histórico. Os atletas são o centro das preocupações do COB e do COI e, por isso, a comunidade olímpica do Brasil está bastante satisfeita com a decisão”, disse o presidente do COB, Paulo Wanderley Teixeira.

O chefe-executivo da Associação Olímpica Britânica (BOA), Andy Anson, disse que, após consultar os atletas, a entidade teve "uma visão unânime de que o impacto do Covid-19 no treinamento e na preparação dos atletas significa que seus regimes agora estão comprometidos irreparavelmente".



Muito influente no meio, o Comitê Olímpico e Paralímpico dos Estados Unidos (USOPC), lamentou, mas também concordou que a decisão foi acertada. Além de parabenizar o COI, Sarah Hirshland, CEO da entidade, disse que já pensa nos novos processos de qualificação, defendendo que "sejam justos e equitativos" e que "recebam a mesma atenção". 

"Trabalhando em parceria com atletas, comitês nacionais, federações internacionais, COI e IPC, vamos (re)definir padrões de seleção e antidoping, e garantir que os Jogos reimaginados cumpram a promessa original de Tóquio 2020", declarou Hirshland.

Responsável pelo controle antidoping, a Wada parabenizou o COI pela decisão "sensata" e afirmou que vai continuar realizando os testes, mesmo com a pandemia, evitando que as trapaças dominem o esporte: "A WADA está trabalhando em estreita colaboração com organizações antidopagem, atletas e outras partes interessadas para garantir que a integridade do programa global antidopagem seja mantida o mais longe possível durante esse período e para garantir que o sistema retorne à potência máxima com a maior rapidez e eficácia possível, depois que a crise diminuir".


Entidades continentais a favor

Órgãos continentais, como Panam Sports, Comitês Olímpicos Europeus (EOC), Conselho Olímpico da Ásia (OCA) e Associação dos Comitês Olímpicos Nacionais da África também declararam apoio à entidade internacional. 



"Estamos confiantes de que o COI oferecerá todo o apoio necessário para proteger os CONs de de quaisquer consequências financeiras em relação a acomodações, campos de treinamento, emissão de bilhetes etc, garantindo ao mesmo tempo que os atletas tenham as melhores condições possíveis para se preparar para os Jogos em 2021", disse uma nota oficial da EOC.

Para ajudar na inclusão da Olimpíada no calendário do próximo ano, a Panam Sports já adiantou, em seu comunicado, que estará aberta a modificar as datas da primeira edição dos Jogos Pan-Americanos Junior, previstos para acontecerem entre 5 e 20 de junho em Cali, na Colômbia.

Na África, o sentimento também foi de vitória. Comitês de Uganda e da África do Sul disseram que a decisão foi mais do que acertada. "Sabemos que o Japão se recuperará desse revés e fará um show ainda maior para marcar a união da humanidade depois de finalmente derrotar esse vírus", declarou executivo-chefe do comitê sul-africano, Ravi Govender. 


A Associação Olímpica da Índia - membro da OCA - se manifestou a favor, com o secretário-geral Rajeev Mehta dizendo que a decisão "alivia nossos atletas da preocupação de ter que treinar agora durante a epidemia". O vice-presidente do Comitê Olímpico de Hong Kong afirmou que "a saúde de todo atleta é o fator mais importante a ser considerado".


Foto: Jeff Swinger/USA TODAY

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