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Após câncer ósseo, atleta se reencontra no vôlei sentado e mira Tóquio 2020


Treze jogadoras de vôlei sentado foram convocadas para a primeira fase de treinamento da modalidade em 2020. Uma delas pratica o esporte paralímpico há menos de um ano e frequenta o Centro de Referência Paralímpico, em Goiânia. A equipe ficou no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, até o último sábado, 25. A Seleção masculina também realizou a primeira etapa de treinos no mesmo período. 

Luiza Fiorese, 22 anos, nasceu em Venda Nova do Imigrante, no interior do Espírito Santo. Aos 15 anos, ela teve um osteossarcoma no fêmur esquerdo e precisou substituir parte dos ossos da perna por uma endoprótese. A atleta praticava handebol, mas parou devido ao tratamento médico. Mudou-se para Belo Horizonte para cursar jornalismo.

“Quando o meu médico me proibiu de jogar, pareceu que ele arrancou uma parte de mim. Criou um vazio, eu queria ser atleta, ser da Seleção desde criança. Eu achei que isso não seria mais possível. Agora, eu vivo esse sonho e ele tem mais valor, pois tem muita história e luta por trás”, comentou Luíza.

Em novembro de 2018, uma das jogadoras da Seleção Brasileira de vôlei sentado viu a Luiza em um programa de televisão e entrou em contato com ela pelas redes sociais. Neste período, a capixaba havia feito duas cirurgias e, em março, aceitou o convite para conhecer a modalidade. 

Logo, o técnico da Seleção feminina conheceu a atleta e a chamou. “Ele foi visionário, quis me convocar para me moldar. Ele me viu treinar e ficou surpreso. Disse para eu ir para Goiânia treinar pois eu tenho chance de ir para os Jogos Paralímpicos de Tóquio. Eu nem acreditei na hora. Larguei tudo em Belo Horizonte e me mudei para Goiânia para me dedicar 100% ao esporte”, relatou a atleta que tem 1,77m de altura.

O Brasil já possui vaga nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. As vagas foram garantidas nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019, em que a Seleção masculina foi campeã e a feminina conquistou a prata.

Foto: CPB/Alê Cabral

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